Tente recomeçar admitindo seus erros

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Por Cloe Smith

Depois da discussão no Pub parecia que não só o time de futebol como uma boa parte da faculdade sabia da minha armação para prejudicar a Elle. Porque onde andava sentia olhares pesados direcionado a mim, ou seria minha consciência tentando me chamar para realidade?

Até o Denis que sempre arrumava um pretexto para puxar conversa tem evitado esbarrar comigo. No começo pensei que era paranoia minha mas nos dias que temos aulas nas salas próximas me comprovou que estava certa na cisma. Encontrei com ele três vezes no corredor nas trocas de horários e todas as vezes ele ao notar minha presença sem disfarçar dava meia volta e olha que estava próxima sala que ele teria aula.

Os amigos do Noah tomaram a dor dele e agora estão no time de ignorar a Cloe, para terem uma ideia do nível da rejeição eles recusaram todos os convites das lideres de torcidas para qualquer evento na fraternidade Beta. Para minha sorte (só que não) as lideres de torcida foram a fundo saber do motivo das recusas, contaram o nome do santo mas não o milagre dele. Agora toda fraternidade Beta viraram as costas para mim, só não me expulsaram porque sou uma herança e não sabem o que realmente aconteceu para os rapazes estarem agindo dessa forma.

A Monique poderia ter me entregado para elas já que foi ela que me ajudou na armação, mas tenho a sensação que não me entregou por medo de sofrer as consequências. Hoje percebo como gostava de ter sua companhia, não importo por está sendo isolada pelas demais, mas a Monique era minha confidente quando mais precisava.

Meu irmão tenta entrar em contato comigo mas tenho evitado. Não me surpreenderia se ele aparecesse para uma visita e questionar minha lealdade a ele. As vezes me pego pensando na discussão que ocorreu no banheiro, Monique falando do jeito que meu irmão é. Já tinha comentado com ela e o Kory várias vezes sobre meu medo das ações dele com a namorada.

Nos intervalos e nas horas vagas meu refúgio para evitar certos olhares tem sido na praça ou biblioteca. Meus trabalhos acadêmicos graças a essa "intervenção" estão bem adiantados e como não tinha aula à tarde me refugiei na praça. Quando estava totalmente concentrada na leitura de um artigo meu celular começa a tocar. Meu primeiro instinto era ignorar a chamada, quando fui pegar para rejeitar a ligação fiquei surpresa ao ver o nome do Kory.

Que ótimo, era só que me faltava no meu inferno astral. Aposto que está me ligando para dar um sermão, porque é claro que não me ligaria para saber como estou. Da última vez que conversamos ao invés de saber como estava já veio criticando da briga da praia e pedindo para não prejudicar a Elle. Quando pensei que ele iria desistir o celular toca novamente, ele deve saber que aconteceu quando a Elle esteve aqui caso contrário não estaria ligando. Melhor atender e acabar de vez esse martírio e por consequência essa amizade que um dia sonhei em ter algo mais.

Kory: Esse número é ainda dá garota que queria ser independente e não ser influenciada pela família chamada Cloe Smith?

Ao ouvir certa ironia do Kory ao atender a ligação tive que fazer um grande esforço de de não desligar na cara dele - a que devo a honra de receber sua ligação Kory?

Kory: Você sabe muito bem o motivo da ligação, Cloe.

Cloe: Com certeza não deve para saber como estou já que não se importa mais comigo.

Kory: Não seja ridícula Cloe, por me preocupar com você que estou te ligando e também quero saber que deu em você para estar agindo assim.

Cloe: Quem está sendo ridículo é você Kory, está desesperado por ter atenção da Elle que até está me ligando para dar sermão, me poupa e vai cuidar da sua vida!

Barraca do Beijo - após casa da praia - REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora