Capítulo 2: O grande dia (parte 1)

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- Por que diabos Cat Grant me mandaria uma repórter tão sem experiência como essa? - disse Lena - Quando eu finalmente aceito dar a bendita entrevista ela manda uma novata?

- Lena, se Cat escolheu ela, é porque tem certeza que fará um ótimo trabalho - Sam respondeu com toda a calma que tinha. - E ter pouco tempo de trabalho não significa que ela não é boa, conheço vários repórteres por aí que estão há anos no ramo e não conseguem se expressar direito ou explicar bem as coisas.

- É, você tem razão - suspirou - mais uma vez. Sabe, às vezes eu odeio quando você tem razão -brincou.

- Que nada, você ama, isso sim - riu da expressão da amiga. - E então Leninha?

- O que?

- Como você está com toda essa situação, eu sei que é difícil pra você - se sentou ao lado de Lena. - Me desculpe se você se sentiu obrigada a fazer isso por minha causa.

- Não, Sammy - começou -, tá tudo bem.

- Mesmo?

- Bem, não vou negar que estou bem nervosa com isso, pois já fazem cinco anos - suspirou -, mas é realmente necessário. E não se preocupe, você não me forçou a nada.

- Que bom - sorriu calorosamente -, fico aliviada, pensei muito nisso antes de dormir. Mas enfim, vai dar tudo certo, não precisa ficar nervosa.

- Ah, eu não sei...Todo mundo já acha que eu sou uma megera, e se essa repórter fazer eu parecer pior?

- Ela não vai, Cat presa pela verdade, lembra? Ela jamais deixaria isso acontecer.

- É...eu não tinha pensado nisso - parou. - O que seria de mim sem você, Samantha Arias? - Sam riu negando com a cabeça, enquanto se aproximava de Lena para abraçá-la.

- Então amanhã é o grande dia - olhou bem nos olhos da amiga. - Eu estou muito orgulhosa de você, Lena.

Orgulho. Lena não escutava isso desde que Helena - sua noiva - se foi. E como se aquela simples frase tivesse a lembrado ou  despertado de algo, seus olhos começaram a arder e ficaram vermelhos. A primeira lágrima caiu quando sentiu os braços da melhor amiga a apertarem novamente, e depois disso, chorou sem cessar.

Helena foi de fato a primeira e única pessoa que disse a Lena o quão orgulhosa estava por ela ter conquistado tanto sem a ajuda de ninguém. Nem ao menos seus pais lhe disseram isso. Eles não eram aquele tipo de pais carinhosos e que fazem de tudo pelos filhos como vemos nos filmes, muito pelo contrário, Lena cresceu em um ambiente frio, sem amor e carinho, nunca ouviu um “eu te amo” dos pais, nunca recebeu um abraço da família.

E por incrível que pareça, Lena não era uma pessoa totalmente amarga, ela só não demonstrava seus sentimentos e evitava contato com certas pessoas. Quando conheceu Helena, a Luthor fez de tudo para ficar longe, não se interessava muito pela mulher, mas depois de noites trabalhando em projetos inovadores, algo em Lena mudou. E claro, isso a deixou apavorada, a única coisa que sabia sobre sentimentos era como evitá-los. Então fez de tudo para se afastar, passou a apenas a falar com a colega de trabalho quando era realmente necessário, e isso com certeza não passou despercebido por Helena, que ficou de saco cheio de Lena a evitando.
Então, logo após o expediente acabar, a mulher foi atrás de Lena para saber o que estava se passando.

Flashback On

- Luthor - gritou Helena -, precisamos conversar.

- Não, Helena, nós não precisamos conversar - disse amarga.

- Viu só, precisamos sim, voce nao esta me tratando mais da mesma forma - suspirou, - Por favor, me diz o que foi que eu fiz de errado - suplicou, e Lena se odiou por fazê-la pensar que tinha feito algo, ela nunca poderia fazer algo de errado, era simplesmente perfeita.

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