32. Don't leave me

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Any Gabrielly • POV

Um grito sufocado escapou dos meus lábios quando eu vi os olhos de Noah se fecharem e ele ficar imóvel no chão.

Chamei-o inúmeras vezes e quando ele finalmente conseguiu me responder as palavras positivas que eu esperava não vieram. Me desculpa por ter fracassado. A frase ecoava na minha mente em uma espécie de tortura enquanto eu via seu corpo machucado jogado no chão, sem nenhuma garantia de que ficaria tudo bem.

— Chaz — olhei para meu irmão, minha visão embaçada graças às lágrimas. — Faz alguma coisa. Por favor, faz alguma coisa! — implorei para ele enquanto me sentia cada vez mais fraca.

Chaz me olhou com pena mas seu olhar denunciava o quanto toda aquela cena o magoava também.

— Você precisa se acalmar, tudo bem? — Chaz me pediu como se aquilo fosse possível.

Ryan e Chris agora estavam me olhando com a mesma expressão de pena que Chaz. Mas eu não precisava de pena, eu precisava que alguém fizesse alguma coisa.

— Como eu conseguiria me acalmar? — solucei. — O Noah está completamente machucado e inconsciente bem na nossa frente, não tem como eu me acalmar!

— Any, confia em mim, está legal? — Chaz pediu com um olhar triste. — Agora você precisa se acalmar.

Abaixei a cabeça e deixei as lágrimas rolarem pelo meu rosto enquanto soluçava, minha boca estava seca e minhas mãos tremiam. Meu coração doía cada vez mais quando minha mente me castigava ao repassar as cenas de Josh batendo em Noah e também da última coisa que ele falou antes de apagar de vez.

Ouvi o som de alguma coisa batendo com força contra o chão e levantei rapidamente a minha cabeça com a esperança de ver Noah acordado, mas a esperança morreu ao vê-lo ainda jogado no chão na mesma posição de antes.

Olhei para o lado e vi os corpos dos dois capangas jogados no chão com uma marca de tiro na cabeça de cada um, então Chris se levantou da cadeira com uma arma em sua mão e eu entendi que tinha sido ele o autor dos disparos. Ele não estava só armado como também havia conseguido se soltar.

— Não fui eu quem atirou. — Chris tinha um semblante confuso e ergueu as mãos no ar como se estivesse se rendendo.

Ele manteve sua arma em punho e destravou, caminhando cuidadosamente para perto dos corpos mortos, ele cutucou os dois cadáveres com o pé e então apontou a arma pra a janela aberta, de onde provavelmente os disparos vieram.

— Qual foi? — Ryan perguntou curioso para o amigo, ele estava em cócegas já que ele ainda estava preso na cadeira.

— Não tem ninguém. — Chris falou ainda confuso.

— Você está zoando que não foi você? — meu irmão perguntou.

— Não, cara. Eu realmente não atirei. — ele falou. — Eu ainda estava esperando a hora certa, os caras não tiravam os olhos de mim, não tinha como eu sacar a arma.

O rangido da porta sendo aberta fez todos nós entrarmos em alerta e Chris foi rápido em apontar sua arma em direção a porta, tendo a pessoa que abriu em sua mira.

— Você? — ele pareceu ainda mais confuso porém não abaixou sua arma, e tudo fez muito menos sentido para mim quando vi Victoria entrar no casebre.

Seus cabelos loiros estavam soltos e lisos, ela vestia suas roupas casuais enquanto tinha uma arma na mão. Ela não se intimidou com a arma de Chris apontada para ela, apenas terminou de entrar no casebre. Seus grandes olhos verdes se estreitaram para mim assim que ela me viu mas eu não me importei com aquilo, não estava no clima de enfrentar ela.

ULTRAVIOLENCE | NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora