24. Broken

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Any Gabrielly • POV

— Não me diga que a fila andou. — Shay questionou enquanto caminhávamos para fora do colégio no final do nosso turno. — Quero dizer, correu.

— Do que você está falando?

— Qual é, Any, eu vi você conversando com um novato pelos corredores. — ela parou de andar e me segurou para que eu parasse também. — Você já foi melhor em me contar todas as coisas.

Sabia que ela estava se referindo à Andrew então rolei os olhos e neguei com a cabeça.

— Ele é só minha dupla na aula de biologia e então nós conversamos um pouco mas não foi nada demais. — encolhi os ombros. — Não estou disponível amorosamente falando e já deixei isso claro para ele.

Shay me analisou com os olhos por longos segundos antes de suspirar.

— Você ainda está magoada com toda sua história com Noah, não é? — concordei com a cabeça. — De zero a dez, quanto ainda dói?

— Acho que oito. — disse após pensar um pouco. — Mas depende, quando eu tenho muito tempo para pensar nisso sozinha beira o dez.

Minha amiga faz biquinho com os lábios antes de me puxar para um abraço apertado, mas era tão apertado que parecia que ela queria quebrar cada um dos meus ossos mas eu não reclamei, apenas a abracei de volta como se aquilo fosse tudo o que eu precisasse no momento. Quando nos separamos ela abriu um sorriso de lado.

— O que acha de fazermos alguma coisa? — ela sugeriu. — Quem sabe sair hoje à noite? Soube de algumas boates que abriram na cidade enquanto eu estava fora do país e eu definitivamente preciso conhecer. — ri nasalado.

— Quem sabe outro dia? — neguei. — Agora eu preciso mesmo ir, o motorista está me esperando. Nos vemos amanhã.

Me despedi rápido da minha amiga e fui para o carro que já era conhecido por mim, mas para a minha surpresa o motorista do meu pai não era quem o dirigia e sim um dos seguranças que meu pai colocou na minha cola enquanto o outro estava no lugar do carona. Dei o endereço do centro comercial para eles e disse que precisava ir até lá ver algumas coisas, mas era apenas uma desculpa para quem sabe andar atoa.

Quando nós chegamos no centro comercial eu caminhava olhando as vitrines das lojas e tentando respirar o máximo de ar puro que eu conseguia mas aqueles dois brutamontes atrás de mim pareciam me sufocar. Bufei e então me virei para trás, cruzando os braços.

— Será que vocês podem me dar um tempo? — estreitei os olhos, alternando meu olhar entre os dois. — Eu só quero dar uma voltinha sem ninguém respirando no meu cangote ou parecendo uma sombra minha, será que eu posso?

— São ordens do seu pai, senhorita Soares. — um deles falou sério.

— Tecnicamente eu também sou chefe de vocês então isso pode soar como uma ordem. — resmunguei. — Me esperem no carro que eu vou dar uma volta sozinha e em paz, entendido?

Os dois trocaram olhares antes de um deles assentir e então os mesmos se afastaram para fazer o que eu tinha pedido, me fazendo suspirar aliviada. Voltei a andar pelas ruas, agora com mais tranquilidade já que não tinha ninguém na minha cola.

Quase pulei de susto quando senti alguém segurar meu braço e me puxar para dentro de um beco estreito, antes que eu pudesse gritar alguém tapou minha mão, fazendo um desespero crescer dentro de mim. Meus olhos focaram em quem era e isso só serviu para alimentar meu medo.

— Sentiu minha falta, princesa? — Josh disse com um sorriso de ponta a ponta em seu rosto enquanto me prendia contra a parede de tijolos e tapava minha boca com sua própria mão.

ULTRAVIOLENCE | NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora