ULTRAVIOLENCE | Noany

27. Sex after stress

Any Gabrielly • POV

Me mexi nervosa no colo de Noah e ele me olhou com cautela, ele me conhecia bem o suficiente para saber que algo estava errado. E talvez realmente estivesse.

— Você tem alguma coisa para nos contar? — Noah perguntou, atento às minhas ações.

Eu engoli seco, me sentindo nervosa enquanto tentava colocar minha cabeça no lugar.

— Hã... — murmurei enquanto debatia mentalmente comigo mesma se eu deveria contar ou não, afinal podia ser só uma coincidência. — É bobeira, coisa da minha cabeça. — neguei.

— Any, você achando ser bobeira ou não, conte. — agora foi meu irmão que falou.

— Entrou um menino novo no meu colégio, ele veio da Inglaterra e acabou sendo meu novo parceiro de classe. — disse. — E ele se apresentou para mim como Andrew Olson.

Noah contraiu a mandíbula e endureceu seu olhar.

— Quero mais detalhes. — ele pediu com sua voz saindo baixa e rouca.

— Acho que não tenho mais detalhes que esses, é tudo que eu sei. Ele se chama Andrew Olson e veio da Inglaterra, ele até me chamou para sair depois do colégio qualquer dia desses... — eu mal terminei de falar e Noah se levantou rápido da poltrona, quase me derrubando no chão.

Cambaleei para trás para manter meu equilíbrio, Noah parecia tomado pelo ódio quando andou em passos firmes para o andar de cima sem nem mesmo olhar para trás.

— Any, é melhor você ficar por aqui. — Chaz disse, parecendo tão raivoso quanto Noah mas a diferença era que ele sabia ser mais controlado. — Faça qualquer coisa que garotas fazem para se distrair, sei lá, mas espere aqui. — falou antes de se virar para os garotos. — Escritório, agora. — falou para eles.

Chaz, Chris, Ryan e Henry seguiram em direção à escada, indo para o andar de cima fazendo o mesmo caminho que Noah havia feito antes e me deixando sozinha lá, completamente aflita.

A reação de Noah e Chaz era a confirmação de que aquilo não era uma coincidência, era mesmo o Andrew.

Noah Urrea • POV

Andrew foi burro demais falando seu nome verdadeiro, parecia a merda de um amador e não o cara mais procurado da Inglaterra.

Meu sangue fervia de ódio só de lembrar que ele tinha conseguido chegar perto da Any daquela forma, mas eu fazia questão de que ele morresse antes que tivesse a chance de tocar em um fio de cabelo seu mais uma vez. Filho da puta.

Eu só sossegaria quando visse ele e Josh jogados em suas próprias poças de sangue.

Fiquei pouco tempo sozinho no escritório e logo os caras entraram no cômodo também, Chaz tinha a mesma expressão de ódio que eu. Comecei a andar de um lado para o outro pensando em mil maneiras diferentes de estourar os miolos de Andrew só por ele ter ousado chegar perto da minha garota.

Ryan se sentou no sofá entre Chris e Henry, Chaz se sentou em cima da mesa de madeira e eu permaneci de pé.

— Eu quero ele morto. — rosnei quando parei de andar.

— Todos nós queremos, Urrea, mas você sabe que não é simples assim. — Chaz disse óbvio. — Não venha com esses pensamentos de quem acabou de entrar nessa vida.

— Mas por que ele falaria o seu verdadeiro nome para a Any? Isso não faz sentido. — Ryan disse.

— Talvez ele achasse que a Any não contaria nada para a gente, ela nem deve ter se ligado de quem ele era na hora e ele deve ter pensado que ela não comentaria com a gente por ser só uma situação normal. — Henry falou.