43. The battle

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Any Gabrielly • POV

Tiros começaram a serem disparados do lado de fora do galpão, me fazendo tapar o ouvido com as mãos por causa do som alto que fazia meu coração palpitar de medo. O galpão foi invadido por outros homens e isso deu início à uma troca de tiros, Noah e sua equipe atirando contra eles e vice-versa.

O som de tiros sendo disparados, madeiras se quebrando, xingamentos de diversos tipos, gritos de dor de quem era atingido pelas balas e sapatos batendo contra o chão de madeira na correria entre um esconderijo e outro era tudo o que se conseguia ouvir dentro do espaço.

Eu tremia da cabeça aos pés enquanto amaldiçoava o maldito momento em que eu achei que seria uma boa ideia seguir o meu irmão para saber onde Noah se escondia, o que me trouxe até a situação atual. A cada grito de dor que ecoava no espaço eu apertava com força meus olhos fechados como se aquilo não passasse de um pesadelo.

E como se não bastasse o medo que eu estava sentindo por estar no meio daquele conflito eu ainda estava com o coração apertado de preocupação por saber que os garotos estavam ali também, correndo ainda mais perigo que eu.

Me atrevi a olhar o que estava acontecendo pela brecha dos caixotes, tapando a boca com a mão e arregalando os olhos ao ver corpos no chão de madeira. Alguns já estavam mortos e outros ainda agonizavam no chão, eu questionava se algum dia conseguiria limpar minha mente daquela imagem.

Corri meus olhos pelo lugar e vi Andrew atirando contra os garotos por cima de um caixote enquanto tinham mais dois capangas seus com ele. No outro canto estava Henry, se escondendo atrás de uma pilastra extensa de madeira atirando contra onde Ryan estava. Traidor de merda.

— PORRA! — ouvi o grito alto de Ryan e o vi segurar o braço atingido enquanto voltava a se esconder atrás de um objeto de madeira, ao lado de Noah.

Noah parou de atirar para ver o que tinha acontecido com Ryan, se protegendo junto com ele atrás da madeira.

— VAMOS LÁ, URREA! — Andrew gritou no meio dos tiros enquanto seus capangas faziam a cobertura dele como o covarde que ele era.

Noah segurou a arma de Ryan com sua mão direita enquanto a sua estava na mão esquerda e então se levantou, deferindo tiros certeiros contra os capangas de Andrew que queriam o acertar e no momento seguinte os dois estavam no chão. Ele usou as duas armas para abater duas pessoas por vez, se agachando para se proteger quando achava necessário.

Ele se mostrou habilidoso com as duas armas quando derrubou dez capangas em menos de cinco minutos, eu sorri orgulhosa da forma como ele parecia saber muito bem o que estava fazendo e fazia como um profissional.

Quando ele se levantou de novo para abater mais pessoas nossos olhares acabaram se cruzando, ele franziu o cenho confuso como se não entendesse como eu tinha chegado até ali e ao mesmo tempo ele parecia preocupado por eu estar no meio de tudo aquilo. Era como se todo o barulho do galpão tivesse sido abafado e como se só existisse nós dois lá dentro, trocando olhares como se conseguíssemos conversar através deles. Aquele olhar frio que ele tinha antes parecia ter sido descongelado e lá estava o meu Noah novamente. Ele apertou os olhos fechados como se precisasse ter certeza de que eu estava mesmo ali e que aquilo não era coisa da sua cabeça.

E então eu franzi o cenho quando uma careta de dor surgiu em seu rosto de uma hora para outra, ele tirou seu olhar do meu para olhar para baixo e eu segui a direção dos seus olhos, ele colocou sua mão em seu abdômen e quando a tirou eu pude vê-la coberta de sangue.

Noah tinha sido atingido.

Meu coração estava batendo tão rápido que parecia que ia quebrar minha costela e rasgar meu peito, e pareceu falhar ao ver aquela quantidade de sangue saindo dele.

ULTRAVIOLENCE | NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora