Não vou te decepcionar

Capitulo 1

Aviso: A fic contém cenas quentes e palavras de baixo calão. Se você não gosta sinta-se a vontade para largar a qualquer momento. Os caps com 🍒 são os com cenas mais +18.
- Se seu idol for insultado não leve a sério, isso é apenas uma fic.

Obrigada e boa leitura.

09.08.2015

— Aí miga, será que o Kevin está em casa?- Perguntou Emy descendo do carro e batendo a porta.
— Não, essa hora ele está no trabalho.- Fiz o mesmo e travei o carro.
— Nunca entendi por que vocês não se bicam.- Emy sempre evitava alguém quando não gostava, ou ficava com cara de cu perto da pessoa.
— Porque nosso santos não se batem, me desculpa miga, mas...- Ela não concluiu, mas eu entendi, nesses sete anos de que eu estou com ele, ela sempre me ouviu, e sempre esteve ao meu lado falando pra largar ele pois ia acabar me machucando mais. Nos últimos dias, andei suspeitando que ele está me traindo, nada foi comprovado, então estou empurrando com a barriga. Ele anda frio, quase não tem tempo pra mim e sempre tem reuniões na empresa que ele trabalha.
Abri a porta, e entramos, escutamos gemidos e nos entreolhamos. Senti meu coração acelerar em minha caixa torácica como se quisesse sair, meu sangue parecia escorrer para os pés esfriando meu corpo. Fui em direção ao quarto, em passos lentos, mas Emy me deteve ficando em minha frente e segurando meu braço, me encarando como se dissesse: "Não vai, você não tem que ver isso". Fiz sinal para ela fazer silêncio e me soltei, continuei indo, quanto mais eu me aproximava, mais alto ficava os gemidos.
-Oh yeah...vai, mete...go...- Dizia a mulher ofegando entre palavras.
(Slap)- Empina gostosa...uhhh...-Ele pronunciou depois de inserir o tapa, fazendo ela soltar uns palavrões.
A porta estava entre aberta, fui empurrando e vendo toda aquela cena, mal podia acreditar no que estava vendo.

Eu poderia matá-los e enterrar o corpo.

Pensei, cerrando os punhos, o ódio consumindo meu corpo.
Eles se assustaram ao me ver, se largaram e se cobriram.
— Amor!- Ele pronunciou me fazendo rir ironicamente. Voltei meus olhos para Emy, que chegou ao meu lado, segurando meu braço para não fazer besteira, nem percebi quando ela me segurou, o ódio estava tanto que cegava minha visão.
— Calma amiga, não faça besteira por um merda.- Emy me dizia de costas para eles, agora ela segurava meu corpo que se inclinava com toda força na direção dos dois.
— Amor...não é o que você está pensando.- Disse ele querendo vir em minha direção.

Ele está achando que tenho demência?

Franzi o cenho, soltando uma gargalhada irônica, que ecoou por todo quarto.
— AH NÃO, FILHO DE UMA PUTA!?- Eu disse alterando a voz.- ENTÃO, O QUE VOCÊS ESTAVAM FAZENDO?- Meus olhos correram em busca de algo pesado para arremessar e apenas vi um jarro de vidro com flores. Emy jogou as roupas deles rapidamente, voltando a me segurar, mas acabou vacilando ao deixar um de meus braços livres, agarrei o objeto e arremessei com toda força, errando a mira e atacando a parede, em cima da cabeceira. Ambos se assustaram, saindo rápido da cama, apenas alguns cacos de vidros o acertando sem causar danos.
Emy me segurou, me abraçando, prendendo meus braços.
-ANDA LOGO SAIAM DAQUI!- Ela esbravejou.- Deixa que eu coloco eles para fora.- Fiz força para me soltar indo em direção aos dois. A menina vestiu o vestido e saiu correndo com as roupas íntimas em mãos.- Minha mão ia em direção a garota, mas Emy agarrou, prendendo novamente meus braços.- amiga não vale a pena.- Disse ela com uma voz calma,olhando fundo em meus olhos.
Kevin vestiu suas calças e veio se ajoelhando, eu tranquei os dentes de ódio, queria dar um murro naquela cara dele, joguei toda minha força contra minha amiga, que jogou a perna para trás para agarrar no cafajeste.
— SAI DAQUI SEU PORRA, VOCÊ QUER MESMO QUE ELA TE MATE? EU VOU SOLTAR!
— Tudo bem, eu venho quando você estiver mais calma.- Ele disse com uma voz chorosa saindo do quarto.
O bater da porta parecia um destrancar de minhas emoções. Meu queixo caiu nos ombros de Emy, que agora me abraçava delicadamente, minhas lágrimas caíram sem controle, escorreguei meu corpo para o chão e ela me acompanhou. Um turbilhão de coisas se passava pela minha mente, sete anos de namoro dedicados a alguém que não me amava com a mesma intensidade que eu o amava.
— Eu vou arrumar algumas coisas suas, vou te levar para minha casa, tá?- Confirmei que sim com a cabeça. Chorava como uma criança que havia caído e ralado um joelho, no meu caso eu havia esmagado meu coração. Continuei no mesmo lugar, enquanto Emy organizou tudo, fiquei olhando aquela cama desforrada e com cheiro de sexo que exalava pelo quarto, lembrando de tudo como se vivesse tudo aquilo várias e várias vezes.
pensei em tacar fogo em tudo, mas não valeria apena se ele não estivesse dentro.
— Vem meu amor, vamos sair daqui.- Emy esticou a mão me tirando do transe.

(...)

Na casa da Emy fui direto tomar um banho. A água escorria e se misturava com minhas lágrimas.
Eu poderia me vingar, poderia destruir a vida dele, mas eu não seria uma pessoa melhor.
Jurei para mim mesmo que choraria tudo aqui,nesse banho,
não me permitiria passar muito tempo chorando por quem não me merece.
Quando finalmente havia chorado tudo que tinha para chorar, me senti vazia por dentro, como se meu coração não estivesse no lugar, minhas lágrimas tinha se esgotado, me olhei em frente ao espelho, turvo pelo vapor, passei a mão, olhando minha cara, ainda inchada.
resolvi que não queria mais ficar naquela casa e que não queria mais aquelas coisas. Tudo iria me lembrar aquele merda e eu precisava de um recomeço.
Me sentei na cama arrumando meus cabelos, olhando para um canto vazio, com aquilo passando em minha cabeça, tentando entender onde tudo começou a desandar, em um determinado momento cheguei a pensar que a culpa daquilo tudo era minha, que eu não tinha dado a atenção que um homem precisa.
-Estúpida!- Me reprimi, a culpa não era minha, a culpa nunca foi minha, eu dei o meu melhor para a relação, deixei minha vida profissional, amizades por ele e por uma relação que estava fadado ao fracasso.

(...)

Vendi a casa, e apliquei todo dinheiro para voltar a trabalhar.
Voltar ao campo de trabalho do designer gráfico não estava sendo fácil, passei sete anos longe dessa área. Emy me deu todo apoio que eu precisava, até me ajudou indicando a alguns clientes. Eu comecei a trabalhar na adolescência, pra ajudar a pagar as contas de casa, mas depois que comecei a namorar, fui trabalhar como vendedora em uma loja da família dele, pois ele não gostava que eu me encontrasse com clientes, morávamos juntos em minha casa, dividiamos algumas contas.

— Olha, esse condômino é muito bom, a casa é grande e é em um lugar fechado.- Emilly me mostrou uma casa na tela de seu computador, parei meu desenho e olhei para a tela.
— Emy, no que me importa é o valor, sabe que não posso pagar nada muito caro, só sobrou um pouco...—Não cheguei a terminar a frase, ela se virou pra mim.
— Você sabe que por mim você ficaria aqui, né?-Falou ela cansada.
— Sabe que preciso de meu espaço e de te deixar livre, né?- Falei imitando ela que fez uma careta.
Voltei a olhar a casa, e o valor.
— Posso te ajudar, depois você me dá já que não aguenta viver comigo.- Balancei a cabeça em negação.
A loira sabia que eu a amava, mas que morar no litoral, nunca foi minha preferência.
Parecia o lugar perfeito para eu viver e divulgar meu trabalho.
Vamos ver no que vai dá.

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Bjuxs 💋 e até o próximo caps