Capítulo 16: Decisões.

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Pouco tempo depois, conseguimos escutar o som das sirenes dos carros de polícia chegando na propriedade de Emma, o latido do cachorro que estava preso do lado de fora do portão já havia parado, mas foi só quando a polícia adentrou na residência, que entendemos o porquê.

Ao que parece, nosso perseguidor havia fugido do local, a polícia conseguiu encontrar um rastro de sangue que não se estendia muito, ao que parece, o homem que tentara nos matar tinha sobrevivido. A polícia terminou de fazer uma inspeção no local da residência de Emma para se assegurar de que o homem não tinha se escondido nos arredores, e após constatar que tudo estava seguro, deixou o local.

- Pessoal, o que acabou de acontecer? – Alyssa estava perplexa.

- Receio não ter a resposta para sua pergunta Alyssa. – Emma responde friamente.

- Emma, obrigado. – Ethan fala indo em direção a Emma. – Se não fosse por você, todos nós teríamos morrido hoje.

- Não precisam me agradecer por isso, mas temos coisas muito mais importantes para nos preocuparmos... – Emma fala olhando na direção do portão da River House. – Como por exemplo, quem era aquele homem, e o que ele queria com a gente.

Naquela noite, tudo que tínhamos em mente sumiu após a perseguição, Emma continuava pensativa, enquanto Alyssa parecia tentar criar uma explicação do que havia acontecido. Deixamos Emma em casa com seus pais que chegaram após algum tempo, e saímos os três caminhando lado a lado pelas ruas de Green Valley como se estivéssemos sem rumo, até chegarmos no ponto em que nos separaríamos, peguei o caminho que levava até a minha casa e segui em frente até ao longe conseguir avistar o jardim da minha casa, apresso o passo até finalmente estar na porta de minha casa.

Giro a maçaneta e adentro minha residência, subo direto para o meu quarto, minhas pernas doíam, elas estavam pesadas e doendo devido ao esforço excessivo que fizemos hoje para salvar nossas vidas, eu tinha certeza que após deitar em minha cama, eu não conseguiria me levantar de lá. Meu corpo gritava por um descanso e eu queria o mesmo que ele, após um dia cheio de problemas, tudo que eu mais queria era dormir, eu me deito na cama e caiu em um sono profundo.

Naquela mesma hora, me vejo de pé no meio da estrada novamente, estava escuro e rodeado de neblina, olho atrás de mim e posso ver o corpo de Ethan sendo devorado por aquele mesmo pitbull de pelo acobreado que nos perseguira. Eu corro por alguns metros na direção contrária à do cão, mas dou de cara com o nosso perseguidor noturno, ouço um barulho muito alto e um impacto grande bem na minha barriga, sinto um liquido quente escorrendo e a dor tomando de conta de mim, minha vista escurecendo e meu corpo indo de encontro ao chão. Assim que atingi o chão, acordo imediatamente, ofegante e sentindo resquícios da dor que senti no sonho, aquilo havia sido muito real, me levanto imediatamente de minha cama e vou em direção ao banheiro, eu estava suado por conta do pesadelo que me fizera entrar em pânico, ligo o chuveiro e deixo a água cair em minha cabeça, tentando buscar conforto ali mesmo.

-----Ponto de Vista de Ethan-----

Aquilo tudo estava pesando demais para mim, meu psicológico estava começando a pedir socorro, era mais do que eu podia aguentar, eu já tinha muita coisa a esconder dos meus amigos, tinha que tentar reprimir o que eu sentia por Jake, e agora, conviver com o fato de que algum maníaco nos perseguiu na noite passada. Parecia que tudo que eu tinha contato estava desmoronando, eu não podia contar meu segredo para Emma ou Alyssa, elas certamente me julgariam ou se afastariam de mim, e o fato de eu sentir algo por Jake estava ficando aparente a um tempo atrás para algumas pessoas, sei que é loucura, mas se eu imaginasse que eu iria sentir algo por Jake no dia em que ele pisou no maldito solo de Green Valley High, eu teria me distanciado. Os fatores não colaboraram para que eu me afastasse, a festa, a entrada inesperada dele para nosso grupo social, tudo isto me levou até aqui. E apesar de Emma já ter me questionado sobre isso, eu sei que isto não passa de um interesse qualquer.

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