Precisei de uns dias para repor as energias depois do procedimento, além disso, precisava me recompor para visitar Teo.
Lívia me disse que a sua melhora tem sido progressiva, o que me deixou muito feliz.
"Ele está cada vez mais radiante, torço pela remissão, Cora!"
Ela me enviou por mensagem e isso encheu meu coração de luz.
Minha mãe não voltou a me ligar mais, eu sabia como Tiana poderia ser insistente quando quer, só que não desta vez.
Então sem dúvidas ela está aprontando!
Outra coisa que me tirava o sono era o fato do Foster sequer cruzar meu caminho, eu sei a espécie de pai que tenho, o recuo do Foster simboliza medo para mim.
Suspirando, eu ponho minha jaqueta sobre a blusa fina e preta. Vou para a garagem, descubro a moto e lanço minha perna sobre ela, logo em seguida o capacete já está posicionado em minha cabeça, dou partida, e acelero tanto quanto posso, assim que estou no asfalto, sentindo a adrenalina que é pilotar.
Adoro essa sensação de liberdade que a minha moto proporciona!
Faço as curvas quase deitando o corpo no chão, aproveitando o fato da pista está vazia, acelero um pouco mais, fazendo zigue-zague. Uma ajeitada no retrovisor, e vejo duas motos se aproximando muito rapidamente, ouço o ronco delas e sinto um calafrio me tomar. Inclino meu pescoço para trás o suficiente para ver dois caras, um em cada moto, os dois com arma em mãos.
Fodeu!
Acelero mais minha moto, sentindo que ela rapidamente acata cada comando meu. O primeiro tiro ecoa no ar e acerta de raspão meu ombro, grunho pela dor lancinante, mas logo sou obrigada a abaixar, porque o próximo passa bem próximo ao meu pescoço.
— Porra!- Grito, pelo susto.
Não tenho como despistá-los, estou em uma linha de tráfego reto, afinal, tudo que posso fazer é acelerar e desviar dos malditos tiros. Sinto meu ombro mais pesado e lento, sei que é por conta do machucado, me mantenho focada tanto quanto posso, porque se eu parar, morro!
Estamos quase entrando na cidade, quando três motos, vindo no sentido oposto, cercam-me. Minha visão está embaçada, mas sei que é Evans, veio me ajudar. Eles atiram sem dó nos filhos do capeta atrás de mim, tenho de dizer que ele é habilidoso, Evans pilota com maestria e ainda atira com classe.
Rio dos meus próprios pensamentos.
E então só tenho tempo de desacelerar a moto, logo estou no chão, grunhindo de dor, aparentemente, não me acertaram apenas no ombro, minha coxa também está sangrando.
Merda, fui atingida!
Meu corpo está chocado contra o chão duro, meus olhos pesam para fechar.
— Cora!- Vejo Evans jogar seu capacete e se ajoelhar rente a mim— Droga, Cora!- Ele arranca meu capacete e avalia meus ferimentos— Aguenta firme, tá? Vou te levar para o hospital.
Então eu apago!
Acordo com o barulho de vozes. Minha cabeça dói, minha garganta está seca e estou muito sonolenta ainda.
—... mas ela está viva?
Conheço essa voz... Foster!
— Sim, as balas não perfuraram nenhum órgão- Voz do Evans.
Então o silêncio reina.
— Não foi dessa vez que ela conseguiu.
Ela?!
— Ela?!- Evans quem pergunta— Quem é ela, senhor Foster?
Ele não diz de prontidão.
— Ela é alguém que eu deveria ter me livrado desde o começo.
Não consigo ouvir mais nada da conversa, pois logo a escuridão me toma.
Caramba, Cora levou um susto, hein?
Bendito seja Salvatore que não desativou as câmeras, né?
A quem será que Henry Foster estava a se referir?
Muitas perguntas, né? Em breve as respostas
Agora cês sabem: postagem toda quinta e sexta
😉
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Seguirei Você
Romance|CORA| Eu sou alguém lidando com as consequências de ser filha de pais que não me queriam, levo a vida sempre fugindo do que possa respingar em mim por conta deles. Então o universo deu um jeito de eu conhecer você, logo você, este ser intenso, orgu...