Passado o pequeno tiroteio na varanda da minha casa, no dia anterior, o que me prendeu em casa, me impossibilitando de cumprir meus compromissos, tomo coragem e finalmente vou até a varanda.
Pego minha xícara gigante com café e vou observar atentamente o movimento da rua, um pouco encolhida com medo de levar chumbo na cara, mas determinada a não me manter enclausurada.
E é do alto da minha varanda que eu posso ver uma moto e seu dono em frente a minha casa.
Penso: mas que merda é essa?! Ontem um cara atirando, hoje me aparece outro em sua moto.
O que Foster anda fazendo?!
Demoro a entender o que está acontecendo, mas logo sinto um medo subir pela minha espinha. Esse cara parece mais do tipo passivo: mata e dança sobre o corpo.
Sei que ser filha do Foster é se sujar com as suas desonestidades!
O homem parece atento a rua, mas quando levanta a cabeça e a gente se encara, eu logo seguro minha xícara com mais força.
Quem é ele? O que faz de frente a minha casa?
Engulo em seco e fujo da varanda. Covarde, eu sei, mas vai que a sua bendita mão seja melhor que a do anterior e ele me acerta.
Tranco a porta da varanda e logo aciono o sistema de segurança da casa!
Rodo toda a casa, me munindo com todas as armas que disponho.
Eu gostava de bater nos drogados que invadiam o meu quarto a noite enquanto diziam a minha mãe que estavam atrás do banheiro, sei como desarmar um cara, então eu posso nem que seja retardá-lo por um tempo.
Fico recolhendo facas e pequenos objetos perfurantes por cerca de uma hora, até eu perceber que o cara lá fora nem sequer invadiu.
O que ele quer?
Decidindo não pensar sobre, corro para meu quarto, ponho calça, coturno e camiseta pretos, pego a chave da moto em cima da minha mesa da cozinha e analiso como vou sair de casa.
A minha área de serviço tem uma porta anexo que dá direto em minha garagem, posso muito bem ir até lá sem ser notada, o problema mesmo é sair.
Se esse cara estiver atrás de mim mesmo, tenho certeza que irá me seguir, então poderei encurralá-lo em uma estrada qualquer e posso tirar a limpo essa situação.
Doida? Esse é o meu único plano coerente, o outro envolvia biscoitos envenenados.
Ligo minha moto na garagem e suspiro.
— Talvez na próxima reencarnação, eu vá morar num local mais povoado- Resmungo.
Minha casa não tem uma vizinhança muito grande, então, quase não sei quem são meus vizinhos.
E se esse cara lá fora for um maníaco, vou gritar e ninguém me ouvirá. Fodida estou!
Aciono os portões da garagem e logo a claridade preenche o ambiente escuro. Desço o capacete em meu rosto e ligo a moto, e num único ronco, parto, olhando o estranho pelo retrovisor.
Certo, ele me seguiu. E agora? Faço o quê?
Confesso que estou meio perdida quanto ao que fazer, mas me seguindo ele está.
Pensa, Cora, Pensa!
Então a estrada que leva até o canil municipal aparece como a luz no fim do túnel para mim.
Talvez com muita movimentação, ele desista de me seguir ou ao menos dê um tempo.
Piloto minha moto a toda velocidade até deparar-me com a casa gigante que é o canil. Uma única olhada pelo retrovisor e lá está ele, me seguindo.
Desacelero para estacionar, desço e me recosto na moto. Ele me imita, estacionando em frente a mim.
— Cora Foster...- Estende sua enorme mão—...sou Salvatore Evans, o seu segurança pessoal.
Ignoro sua mão estendida, enquanto minha cabeça assimila as palavras segurança pessoal.
Mas quem caralho mandou esse?!
Olha eu hihi!
Estou cheia de contra tempos e é por isso que resolvi trazer logo o capítulo
Cora é realmente muito louquinha das ideias, hein?
Detalhe: a vida dela inteira foi disfuncional assim, correndo do perigo e talComo vocês acham que será a convivência desses dois?
Próximo capítulo apenas semana que vem e narrado pelo Salvatore
Não fiquem longe das novidades sobre esta
obra, sobre as futuras obras, em meu Instagram (fixado aqui em minha bio) tem muita coisa rolando
❤
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Seguirei Você
Romance|CORA| Eu sou alguém lidando com as consequências de ser filha de pais que não me queriam, levo a vida sempre fugindo do que possa respingar em mim por conta deles. Então o universo deu um jeito de eu conhecer você, logo você, este ser intenso, orgu...