|CORA|
Eu sou alguém lidando com as consequências de ser filha de pais que não me queriam, levo a vida sempre fugindo do que possa respingar em mim por conta deles.
Então o universo deu um jeito de eu conhecer você, logo você, este ser intenso, orgu...
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Entramos numa cafeteria próxima ao canil e nos sentamos numa mesa perto da janela.
— E então, como resolvemos isso?- Ela mal senta e já me pergunta.
Levanto as sobrancelhas. Achei que estivesse claro que estou incumbido como seu segurança pessoal.
— Não se resolve, mantenho minha posição- Digo— Foster me assegurou de que estavam atrás de você.
Ela revira os olhos.
— Ninguém nunca me pegou.
Encosto minhas costas no espaldar da cadeira.
— Já parou para pensar o porquê dele está contratando segurança pessoal só agora?- Jogo o questionamento para ela— As vezes, das outras vezes não era sério.
— E agora é?!
Criança petulante!
— Seu pai está mais sujo que pau de galinheiro, Cora, a polícia não pode ajudá-lo.
Ela apoia as mãos na mesa.
— E você pode?
Dou de ombros.
— Trabalho protegendo pessoas, além do mais, ele não me parecia preocupado consigo mesmo, mas sim com você.
Ela parece analisar os fatores.
— Ainda não faz sentido te contratar.
Droga de garota teimosa!
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Nossos pedidos feitos há 15 minutos chegam em nossa mesa, e Cora está focada em falar coisas aleatórias.
Isso, deixa o elefante brincar na lojinha de cristais.
— Eu sempre digo, Evans: se não pode resolver os seus problemas, resolva os dos outros- Beberica seu café preto.
Bufo, inconformado com a linha de conversa travada. Uma olhada do outro lado da rua e vejo Kitty, muito tranquilo tragando um cigarro.
O protetor de escalpo me achou!
Não que eu tenha me escondido, eu só achei que poderia lidar com Foster filha sozinho, já vi que não.
