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— Cora- Lívia me liga passando das 4h da tarde— Ele piorou, a quimioterapia não está fazendo efeito, o câncer o está destruindo, será preciso o transplante de medula

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— Cora- Lívia me liga passando das 4h da tarde— Ele piorou, a quimioterapia não está fazendo efeito, o câncer o está destruindo, será preciso o transplante de medula.

  Sua mensagem já tinha me deixado preocupada, mas agora, meu coração aperta. Teodoro só tem 5 anos, tem tanta coisa para viver ainda, e esse maldito câncer resolveu acometê-lo.

Eles o chamam de leucemia linfóide aguda!

— Lívia, eu sinto muito, sinto muito mesmo!- Suspiro pesarosa— Vou para ai assim que possível.

  Ouço-a chorar do outro lado da linha, meu coração comprimindo aos poucos.

— Cora, o Teodoro precisa da sua medula, precisa de um transplante, você sabe que como mãe não sou compatível, mas você fez o exame de compatibilidade, você pode salvá-lo.

  Engulo em seco. Faz um tempo desde que descobri que sou compatível, Lívia nunca me pressionou sobre isso, mas agora é diferente.

— Eu vou doar para ele, Lívia, Teodoro é meu irmão, jamais lhe viraria as costas- Decido

  Posso ser uma fodida, mas nunca negaria a chance do meu irmão viver. Seu soluço de agonia aperta meu peito.

— Cora, vou lhe ser grata pelo resto da minha vida por ajudar meu filho.

— Vou fazer isso, Lívia, vou salvá-lo!- Lhe garanto.

  Conheci Teodoro e Lívia muito por acaso, foi em uma das raras ocasiões  que fui até o escritório do Foster, então eu os vi sendo expulsos por dois seguranças, ela chorava muito e a criança parecia tão assustada.

  Foi naquele dia que eu descobri que tinha um irmão, e que nosso pai estava cagando para ele e para o fato de que Teodoro tinha câncer. Me aproximei deles, não muito, porque eu sempre sinto que não sou bem-vinda, e desde então, tenho mantido contato com Lívia, tenho mantido ela num dos melhores hospitais, tenho mantido eles a salvo do Foster.                   

  Aquele hemocentro já era velho  conhecido meu, afinal, venho aqui a  cada 4 meses para doar sangue, a equipe do lugar já até decorou meu  nome

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  Aquele hemocentro já era velho  conhecido meu, afinal, venho aqui a  cada 4 meses para doar sangue, a equipe do lugar já até decorou meu  nome.

— Cora- Leslie, a enfermeira baixinha  que sempre me atende, surge ao meu lado.

— Como ele está?- Vou logo ao ponto.

Pego uma senha e logo olho para Leslie, esperando uma resposta.

— Ele precisa de medula- É direta— Já  decidiu quando vai doar?

  Eu forneço meu sangue para o  hemocentro desde meus 16 anos,  quando enganei a equipe médica com  a minha carteira de identidade falsa, desde então não parei mais. Só que nunca tive coragem de doar medula, por medo da agulha gigante que é usada no procedimento de retirada.

Tenho pavor a agulhas!

  Leslie já me disse que a recuperação é bem simples, bem como o procedimento, mas eu já disse a ela: tenho medo!

Mas agora o Teodoro precisa de mim, com urgência, e preciso ser corajosa.

— Hoje, quero que seja hoje, Leslie, quero que pegue essa maldita medula do meu corpo, dê ao Teodoro e o cure.

Leslie bate palminhas muito animada.

— A recuperação do Teodoro não depende de você, mas sua decisão é um bom caminho- Diz— Sabia que criaria coragem. Então vem, você está com sorte hoje, tenho uma equipe inteirinha ao seu dispor- Ela sabia que eu doaria!— Fez exames a quanto tempo?

  Paro para pensar, faço checape uma  vez ao ano, e já faz uns 5 meses desde a última vez.

— Cinco meses.

— Okay, vamos saber se tiver algo  errado.

Arregalo os olhos para ela.

— Estou saudável!

Leslie ri.

— É procedimento de rotina, relaxa- Explica— Quantos parceiros sexuais  nos últimos 6 meses? Se preveniu?

Franzo o cenho.

— Vai me fazer essas perguntas aqui?  No meio do corredor?

— Não tem ninguém por aqui, bobinha, só nós.

Dou risada.

— Um!- Respondo-lhe

— Okay, saberemos se tiver algo de  errado- Leslie repete, séria.

— Eu já disse para parar de me deixar  com medo, Leslie- Replico— Só tira essa medula e salva o Teodoro.

— Vou fazer o meu trabalho.

— Obrigada, Leslie 

  Ela sorri ao me acompanhar para a sala onde serei preparada para o procedimento.

  Quero muito avisar ao Evans sobre, mas contar implica envolver outras pessoas em minha história com Foster, é melhor mantê-lo longe.

E está decidido!

Bem, eu criei a Cora, então posso falar: seu maior problema é querer resolver o mundo sozinha

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Bem, eu criei a Cora, então posso falar: seu maior problema é querer resolver o mundo sozinha

O que vocês acham que Salvatore vai achar disso, hein?

Como vocês sabem agora, Foster pai tem outro filho, vamos torcer para que Cora consiga salvá-lo, né?

Talvez eu ainda não tenha tocado neste assunto, mas esta obra é independente, tá? Não terá continuação, spin-off ou seja o que for, Seguirei Você é somente o que eu escrever antes do FIM

Votem, me ajudem a fortalecer minha escrita e obra, de volta segunda
♥️

Feliz ano novo, gente✨

Seguirei VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora