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  Papai querido e amado negligenciou minha existência por uma década e  meia, depois, sua consciência lhe pesou  e ele quis se redimir dos seus pecados

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  Papai querido e amado negligenciou minha existência por uma década e  meia, depois, sua consciência lhe pesou  e ele quis se redimir dos seus pecados. 

Como? 

  Pagando para me manter afastada,  para que eu pudesse fazer o que  quisesse, desde que não interferisse em seus negócios.

  Eu não disse que a redenção fosse total, algo dentro do Foster é podre o suficiente para que ele nunca se redima 100%.

  Eu nunca culpei minha mãe por ter  amado um cara frívolo, vazio e frio feito meu progenitor, ela era  jovem e... desmiolada, foi seu primeiro amor. Ela não tinha como saber que aquele cara vinte anos mais velho a largaria grávida e com o coração partido.

Acontece, né?

  Em contrapartida, minha progenitora sempre me culpou pelo os seus problemas, e nosso afastamento se deu por isso!

Eu fui a gravidez indesejada que nenhum deles queriam!

  Odeio meu pai por isso, minha mãe idem, mas sei que eles tinham todo o direito de não me querer, porque ninguém é obrigado a ser aquilo que  não quer.

Só é horrível ser moeda de troca entre as duas partes.

  Foster acha que me suborna com seu dinheiro e poder. Mas a verdade é que eu só deixo ele achar que está  conseguindo me dobrar, quando na  verdade, só estou fingindo obedecê-lo.

  Só estou sendo obediente até onde isso me favorece. E podem dizer que sou igual a ele, pouco vou me importar com isso.

  Contudo o problema não se delimita ao nosso relacionamento pessoal apenas, porque além de pai ausente, Foster acha que pode interferir em minha vida profissional, o que é uma merda, considerando que ele não tem esse direito.

  Sou maior de idade faz um tempo, já  não preciso do colinho do papai há  anos, bem como não preciso do sobrenome Foster me abrindo caminhos.

  E bem, o fato é que Henry Foster acha que pode simplismente ditar as regras. Como? Ele me poda, aonde quer que eu vá, sempre dá um jeito de me fazer ter privilégios nos lugares onde trabalho, o que é uma baita bosta, considerando que quero crescer sozinha, sem o bendito sobrenome Foster por trás.

  Formada há 1 ano em pedagogia, não pude sequer exercer a profissão sem o dedo do Foster, me controlando, como um maldito ditador.

  Quando ele não intervém, o sobrenome  fala mais alto, as pessoas não me contratam porque sou talentosa e ensino com eficácia, elas me contratam porque me chamo Cora Foster, por nada mais.

  E pensar que a minha mãe brigou muito para inserir este sobrenome em minha certidão.

Que ironia!

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