✔| 𝐀 𝐖𝐡𝐨𝐥𝐞 𝐍𝐞𝐰 𝐖𝐨𝐫𝐥𝐝 ‹𝟹 hawks.

ㅤㅤㅤ ATO CINCO.

Sua mão percorreu pela minha nuca intensificando o beijo enquanto nossas bocas abriam e fechavam constantemente à procura de ar. Eu não sabia que precisava da sua língua explorando cada canto da minha boca até ele me fazer gemer contra a sua.

Notei que suas costas estavam prensadas contra a grade da sacada e isso pareceu incomodá-lo, logo senti seu corpo empurrar o meu contra a parede ao lado da porta da varanda de forma delicada. Acabei abraçando o seu tronco fortemente e, antes de nos separarmos, ele chupou minha língua de modo que eu arrancasse o ar dos meus pulmões - acabei arfando com a quebra de contato. Nossas respirações estavam em ritmos diferentes, mas ainda assim, tinha quase o mesmo efeito que uma sauna quente se chocando contra nossos rostos.

- Me abrace com mais força... - Pedi manhosa afundando meu rosto em seu peito, sentindo sua mão ainda descansada em minha nuca.

Estava torcendo pra aquela ser uma daquelas noites que eu poderia amar ele sem medo do mundo lá fora. Ele atendeu ao meu pedido pois logo sinto seus braços ao meu redor, me segurando como se eu fosse um vaso delicado e enterrou sua cabeça no meu ombro.

Nossos olhares se encontraram simultaneamente e eu me permitir corar.

Eu já havia reparado seus olhos de perto assim, mas sempre que isso acontecia, parecia ser sempre a primeira vez. Eles eram majestosos e brilhantes, eu me sentia afundar a cada piscada lenta que ele dava.

Mordi o lábio inferior sem perceber, o que acabou lhe arrancando um riso baixo.

- Por que você 'tá me olhando assim? - Ele perguntou franzindo a sobrancelha.

- A-a-assim como? - Perguntei nervosa desviando o rosto e, consequentemente, o olhar. Tive uma visão interessante do chão naquele momento: nossos pés. É, eles pareciam mais confortantes do que encarar Keigo me encarando com curiosidade naquele momento.

Sinto sua mão em meu queixo, me forçando a encará-lo.

- É engraçado te ver nervosa. - Ele sorriu e logo a barreira que tinha entre nós acabou sendo quebrada com mais um de seus beijos quentes, fui pega de surpresa e em poucos minutos consenti ao ato.

Acho que nunca beijei tanto em uma noite. Na verdade, até conhecer ele eu nunca tinha beijado ninguém.

Suas mãos desceram até a minha cintura e ele me puxou contra ele; acabando com a distância que estava projetada em nossos corpos. Agora ele estava mais perto e, consequentemente, o calor corporal ficava mais forte e inevitável.

- E-eu não 'tô nervosa... Você quem está, herói. - Desfiz o contato sem deixar de encará-lo direto nos olhos enquanto falava de forma provocativa.

Eu desejava do fundo do meu coração que eu estivesse bonita porque ninguém nunca me olhou assim tão de perto, eu me sentia envergonhada. Ele parecia me devorar com aqueles olhos dourados e isso soava muito intimidador por parte dele.

Eu estava dividida em duas, a que queria se esconder pela timidez de estar tão vulnerável em um momento íntimo como aquele, e a outra que queria agarrá-lo com mais força e mandar toda a sensatez à merda porque sabe-se lá quando terei outra oportunidade como essa.

Realmente eu não sabia quando teria outra oportunidade de ter um momento desse com ele... Talvez eu deva mergulhar de cabeça nessa situação.

Resolvi seguir meu próprio conselho de esquecer o pingo de vergonha que me restava e levei minhas mãos até a gola de seu casaco, usando-as de impulso para chegar mais perto de sua boca. Com o novo contato, cada célula do meu corpo pareceu entrar em alerta naquele momento, mas eu sentia que logo podia me acostumar com aquilo.