CAPÍTULO16.

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HYPNOTIC.

Minhas mãos estão suadas e sinto uma inquietação surgir em minha mente, mas a curiosidade ainda estava aqui, me implorando para explorar. E de certa forma eu o faço, presto atenção em cada mínimo detalhe. Desde o estacionamento cinza, o saguão refinado e bem iluminado até o andar que ele aperta quando entramos no elevador.

Ele é tão mais alto do que eu, posso sentir sua presença crescendo as minhas costas a medida que ele se aproxima de mim. Gustaff me empurra suavemente para fora quando chegamos ao andar, o corredor é longo, bem iluminado e gritava 'alto-padrão' e há apenas três portas.

— Três apartamentos? — pergunto, se são apenas três apartamentos por andar não posso nem imaginar o valor que ele paga pra morar aqui.

— Sim — ele responde enquanto passa à frente para que eu o siga, — Mas os outros estão vazios — acrescenta.

Sem vizinhos — penso e meu estômago se aperta em excitação. Fico feliz por Gustaff não poder ver meu rosto, pois sei que ele decifraria minhas expressões.

Ele para em frente a última porta do corredor e digita o código na fechadura eletrônica, a porta destrava com um único clique suave. Não posso evitar minha curiosidade e estico meu pescoço para olhar para dentro. Quando Gustaff se vira para mim, faço meu melhor para disfarçar meu interesse, ele segura a porta aberta para mim e indica o caminho com a mão.

As luzes do hall de entrada se ascendem automaticamente, um ambiente aconchegante e moderno ganha vida bem diante dos meus olhos e sou preenchido pela surpresa. O apartamento de Gustaff não era o que eu esperava, mas se parecia exatamente com um lugar em que ele moraria: bonito, elegante e caro. Gustaff tranca a porta atrás de nós e então desce os dois degraus de madeira clara do hall para pisar no piso claro da sala de estar, ele tira seu sobretudo e o dobra antes de deixar sobre o encosto do sofá cor de creme.

— Vai ficar parado aí? — pergunta sem me olhar, reviro meus olhos e então tiro meus sapatos antes de fazer o mesmo caminho que ele.

Continuo olhando em volta, as paredes brancas ganham vida com quadros de todos os tipos e cores, não posso evitar comparar o lugar com o meu pequeno estúdio. De repente me dou conta de que talvez — e muito provavelmente, sou o objeto mais barato dentro dessas paredes. Meus devaneios são interrompidos quando o celular de Gustaff vibra em seu bolso e é quase audível devido ao silêncio que paira entre nós.

— Me espera no quarto, á esquerda no final do corredor — Gustaff manda antes de atender a chamada e desaparecer através da porta do que eu deduzo ser um escritório a julgar pela mesa que consigo ver antes dele bater a estrutura de madeira e me deixar do lado de fora.

Reviro meus olhos, agarro meu moletom pela barra e o puxo para cima na intenção de me livrar da peça. Quando vejo o sobretudo bem dobrado de Gustaff sobre o encosto do sofá, embolo meu moletom com um sorriso no rosto e o jogo sobe o estofado. Ouço a voz de Gustaff soar irritada e seu tom me faz pular no lugar. Mordo meus lábios e dou passos largos e silenciosos até encostar meu ouvido contra a madeira. A única coisa que consigo ouvir é silêncio e então resolvo não testar os limites da minha sorte.

Me afasto, me sentindo extremamente inquieto quando tento imaginar como é o quarto de Gustaff. Me viro e sigo para a cozinha de designe simples e acabamento fino, dou uma boa olhada nela mas não há nada interessante o suficiente para prender minha atenção, sigo para o corredor, e ignorando as instruções do maníaco controlador decido olhar em todas as portas. A primeira é um banheiro, limpo, bem arrumado e que parecia nunca ter sido usado antes. A segunda porta do corredor é um quarto, a terceira é um pequeno closet vazio e finalmente a porta a esquerda no final do corredor surge a minha frente.

Giro a maçaneta e a porta se abre silenciosamente sobe o meu toque. As portas de vidro que levaram a uma sacada são a primeira coisa que eu vejo, acendo a luz. Há uma cama grande no centro do quarto, a estrutura escura sobe imponente em quatro pilastras grossas formando um dossel. Sinto minha testa franzir, sempre achei que dosséis fossem uma preferência feminina e então continuo a olhar, na parede em frente a cama uma tv gigantesca está presa a parede e na parede atrás da cama há um aparador com algumas garrafas em cima. Caminho em direção a uma das duas portas que estão dentro do quarto.

A que está fechada se trata de um banheiro, um banheiro grande. Tipo, grande mesmo, com pias duplas de mármore, um box com dois chuveiros e uma banheira enorme. A porta que está aberta é o closet, só esse quarto é maior do que meu estúdio inteiro.

Volto para a área do quarto, me sento sobre a cama e me dou conta do quão macia ela é. Meus pensamentos correm soltos e me pergunto quantos outros como eu Gustaff havia trazido aqui, com certeza a garota alta e bonita com quem ele namora.

Já havíamos passado algum tempo juntos, e ainda assim eu não havia tido nenhuma resposta para minhas dúvidas. Quando Gustaff entra no quarto meu coração salta uma batida, e posso sentir a mudança em seu humor, a ligação tinha sido ruim.

— Confortável? — ele pergunta fechando a porta e em seguida tirando sua blusa preta de mangas compridas. Balanço minha cabeça de forma positiva — Vem até aqui.

Me levanto quase que imediatamente, sinto a vergonha se espelhar por todo meu corpo. Sigo até ele e quando estou a seu alcance, Gustaff me puxa em um solavanco bruto e me empurra contra a parede. Suas mãos se espalham pelo meu corpo, uma me segurando no lugar pelo pescoço e a outra descendo pela minha cintura e descansando sobre a minha bunda.

Perco o fôlego e a julgar pela expressão do homem a minha frente ele sabia muito bem disso. Gustaff lambe seus lábios.

— Eu não sou uma pessoa muito paciente Eliot — ele sussurra descendo seu rosto para meu pescoço, sua mão empurra o tecido da minha blusa expondo a pele — Essa espera tá me deixando maluco — confessa.

Posso sentir o calor da excitação se espelhar pelo meu estômago, fecho meus olhos quando me dou conta de que estou tento uma ereção.

— O que você vai fazer? — pergunto em um fio de voz.

Ele sorri, puxando a pele de minha clavícula entre seus dentes e então ele me beija. É como se eu pegasse fogo por dentro, sua mão aperta a minha bunda e ele me prensa contra a parede, posso sentir cada parte de seu corpo e sei que ele pode me sentir também.

— Gustaff — sussurro sem fôlego quando parto o beijo para respirar, sua mão se infiltra através do tecido de minha calça e toca minha pele nua — Devagar — peço e minha voz soa como uma súplica.

— Tem certeza? — ele me provoca olhando para minha ereção — Pra mim parece que você tá de pau duro.

A vulgaridade de suas palavras me fazem abrir os olhos, mal posso respirar quando minha visão foca nos músculos de seu abdômen. Minha mão escorrega para tocar a parte inferior de sua barriga, a firmeza deixa óbvio que ele leva exercícios bem a sério. Sem aviso algum ele se distancia de mim apenas o suficiente para  arrancar minha blusa de mim e um segundo depois estamos grudados de novo.

Gustaff infiltra suas pernas entre as minhas e começa a me pressionar, é impossível manter os meus olhos abertos, minhas próprias pernas me traem quando o prazer se intensifica e sou obrigado a me agarrar nele para não cair.

— No que tá pensando? — Gustaff me pergunta, mas não consigo responder. O único som que sai de meus lábios são gemidos que não consigo conter, e a única coisa em que eu consigo pensar é nele e eu jamais diria isso.

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