CAPÍTULO11.

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WHITE.

Eu mordo. E quando eu o faço Gustaff se afasta imediatamente, há um sorriso manchado de sangue em seus lábios. E ele leva seus dedos a boca para avaliar o estragado que eu havia feito.

— Você gosta assim? — ele zomba, vindo em minha direção na intenção de voltar a me beijar.

Mas não espero até que ele esteja perto o suficiente, me desvencilho dele, me esquivando e indo para a direção oposta. Gustaff se vira, se apoiando no balcão. Ele lambe seus lábios, passa as mãos em seu cabelo e me encara. Seu sorriso debochado se desfaz lentamente.

— Já chega, não consigo — minto. Esse não era o problema. O problema é que eu conseguia, é que me vender pra ele parecia um bom negócio, é que eu estava gostando.

E se ele descobrisse, é como se eu perdesse a batalha entre nós. Me viro de costas pra ele, esfregando minhas minhas mãos no rosto.

— Não consegue? — Gustaff me pergunta — Não era você que estava com a língua enfiada na minha boca a um segundo atrás?

Me viro para encara-lo e encontro a cara mais cínica do mundo.

— Não importa o que aconteceu a um segundo atrás! Eu mudei de ideia.

— O que houve? Você se arrependeu? Ou tá assim por que tava gostando? — as palavras dele são tão duras que quase posso senti-las me cortar.

Abro minha boca para responder, mas ao invés disso apenas dou alguns passos para trás e me viro de costas. Escondo meu rosto em minhas mãos, a confusão e a vergonha fazem seu caminho até mim.
Sufoco um grito quando sinto as mãos de Gustaff me segurarem, ele me empurra e quando bato contra a parede ele me prende usando seu corpo.

— Me solta agora! — o pânico cresce e é audível em minha voz, seu peito pressiona minhas costas e seus quadris se chocam contra os meus.

Suas mãos tocam as laterais de minha cintura e então atravessam a barreira da blusa, tocando minha pele e me fazendo arrepiar.

— Você consegue sentir não é? Isso é culpa sua — Gustaff sussurra em meu ouvido enquanto move sua ereção contra minhas costas, ele é mais alto do que eu e faz questão de se abaixar lentamente para em seguida, subir encaixando seu quadril contra minha bunda.

Ele roça aquela coisa contra mim e eu sinto como se estivesse prestes a explodir, de medo, de desejo e de vergonha. Os sentimentos se misturam dentro de mim.

— Gustaff, por favor — eu peço baixinho, pois tenho medo de que minha voz me traía e deixe ele saber o que eu estava sentindo.

— Quando você pede assim, tão baixo... — ele sussurra — Me faz pensar que você é do tipo que implora.

Eu luto para me soltar, mas quando o faço o aperto de Gustaff só aumenta. Meu peito dói por causa do contato contra a parede, e minha garganta praticamente fecha quando suas mãos descem de meu estômago para se infiltrarem através do coz de minha calça. Meus olhos se enchem de lágrimas quando ele toca meu pênis e sente que assim como ele, também estou excitado.

Posso sentir quando ele respira contra meu pescoço, massageando aquela parte tão sensível e tão íntima de mim, sem cerimônias ele pressiona e aperta. E é impossível segurar o som sôfrego e rouco que despeja de meus lábios. Uma onda de prazer me atravessa com força, me fazendo fechar os olhos e abrir a boca para tentar respirar.

Tudo ao meu redor fica quente, e é como se algo dentro de mim fosse derreter.

— Para Gustaf-f — tento dizer mas outro gemido escapa de mim quando ele pressiona sua ereção contra minhas nádegas, dando prazer a si mesmo.

— Parar? Logo agora que você está tão perto... — ele sussurrou pendendo sua cabeça para lado e lambendo meu maxilar.

Oh Deus. Minha cabeça gira, tudo ao meu redor desaparece e minhas pernas tremem quando um pré orgasmo explode entre minhas pernas e se irradia por todo o meu corpo. Eu fico molhe, sentindo os espasmos em meu estômago, toda a minha força se esvai e quando me desfaço meu corpo cede. Mesmo que eu já não apresentasse nenhuma resistência, Gustaff mantém seu aperto firme ao meu redor e nós deslizamos juntos até o chão.

Ele se curva sobre mim quando caio de joelhos, seus quadris se movem de forma violenta contra minha bunda, se esfregando em busca de alívio. Apoio meu braço no chão para tentar ter algum suporte e Gustaff cobre meus lábios com uma de suas mãos para sufocar o gemido desesperado que solto quando gozo. Minha respiração falha, todo o meu corpo convulsiona com a deliciosa sensação de prazer e meus olhos se apertam diante da sensação.

— Shhh ou os vizinhos vão te ouvir — Gustaff geme em meu ouvido aumenta a fricção contra mim.

Nossos corpos se chocam e se impulsionam para frente e para traz até que ele finalmente alcança o alívio do prazer. Diferente de mim, seu corpo tensiona e enrijece enquanto ele solta um suspiro longo e pesado, sua mão libera meus lábios e seus dedos se forçam para dentro de minha boca.

— Muito bem, bom garoto — a respiração entrecortada e quente bate contra minha pele suada.

E o prazer que nublou todos os meus pensamentos a apenas alguns segundos atrás começa a se dissipar. Meus olhos se enchem de lágrimas quando a humilhação revira meu estômago e uma onda de raiva me consome, eu mordo os dedos de Gustaff que estão dentro de minha boca, mas ele não os puxa para fora, ao invés disso ele aperta seus braços ao meu redor e descansa sua cabeça contra minha nuca.

Não sei quanto tempo passamos assim, mas ele relaxa quando seu celular começa a vibrar. Gustaff me larga, me abandonando no chão enquanto levanta. Quero me virar para encara-lo mas não consigo, mantenho minha cabeça baixa sentindo a umidade em minha cueca.

Minha respiração já não está desregulada e meus pensamentos já não estão bagunçados. As meias cinzas de Gustaff passam por mim e seguem até o pequeno corredor que leva até a minha porta, eu o observo enquanto se abaixa e pega seus sapatos. Em seguida Gustaff faz seu caminho de volta e atravessa meu pequeno apartamento até chegar até minha janela. Ele a abre, se senta sobre o batente e calça suas botas.

— Da próxima vez vou trazer algumas roupas comigo, não dá pra ficar andando por aí com a calça cheia de porra — o seu tom de voz é provocador e debochado.

Da próxima vez? Sinto meu rosto queimar.

Gustaff se levanta mais uma vez, andando pelo meu apartamento com os malditos sapatos. Ele se aproxima do balcão e tira algo de seu casaco antes de se virar e voltar e sair pela janela. Gustaff parte sem se despedir, quando me levanto para ver se ele ainda está lá, a rua está vazia e seu carro desapareceu. Em cima do balcão as notas de cem me encaram acusadoras e o único conforto que tenho é saber que vou poder comer e tomar um banho quente.

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