Capítulo décimo quinto

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Olá, bípedes, turubom?

Boa sorte pra quem for fazer esse Enem aí bjs 😊

Segue o perfil que a notificação de cap novo vem, viu kkkkk

***

— Luciana? — Senti uma mão áspera em minha testa. — Você tá bem? — Abri os olhos e minha visão estava embaçada. — Tá sentindo alguma coisa? — A visão normalizou e vi que era Antônio. — Tá me ouvindo? 

Bati minha mão na sua, afastando-a do meu corpo, e não me propus a responder suas perguntas. 

— Luciana… — Tentou pegar em minha mão. — Você…

Ele não conseguiu completar a frase, apenas nos olhamos enquanto o sol da manhã invadia o nosso quarto. Olhei para a mesa de cabeceira tentando desviar do seu olhar, mas foi principalmente para esquecer do pesadelo que eu tive.

Nele, Antônio descobria que o Cravinho era na verdade um bar, brigamos e quando ele estava decidido a pegar o divórcio e sair para um outro lugar. Francisco aparecia na frente do elevador, com um envelope que confirmava o fato de que eu realmente fui drogada.

Mas, logo depois, ele me disse que a Valentina foi sequestrada por uma rede online de pedófilos que atua em Salvador. A ideia é tão absurda que não tem como ser real… mas por que a sensação de realidade foi tão forte nesse pesadelo? Por que eu tenho tanto ódio de Antônio agora, mesmo ele sendo tão carinhoso comigo? Espera um pouco, ele não tava nada carinhoso comigo nos últimos dias, será que…

— Antônio. — Botei minha mão nas costas de sua mão. — Aquele policial passou aqui ontem? — Fiz um carinho leve. — O Francisco?

— Sim. — Ele apertou minha mão. — Ele passou.

Comecei a chorar deitada na cama mesmo. Antônio tentou me consolar fazendo um carinho em minha mão com as suas, e mesmo eu querendo algum conforto naquela hora, mesmo eu querendo o seu carinho, eu tinha raiva e o afastei de mim. Ele entendeu e não insistiu mais, apenas ficou sentado enquanto eu levantava.

— Cuidado. — Continuou olhando para onde eu estava na cama. — Pode ter uns pedacinhos de vidro no chão ainda.

— Vai se foder.

Levantei e fui direto para o banheiro. Era o único lugar que eu teria alguma chance de relaxar no momento. Passei uma hora recebendo uma chuveirada bem gelada na cabeça, lavando o cabelo, ensaboando o corpo e nada da minha mente sair de Valentina.

Saí do banheiro e escolhi um vestido midi, longo até o meio da canela, tinha alças finas e era o vestuário mais leve que tinha. Sua cor era rosa bebê, exatamente como minhas peças íntimas, o que as deixava praticamente invisível. Peguei minha sandália. 

Antônio não estava mais no quarto, e não queria saber onde ele estava. Saí do apartamento e fui esperar pelo Jubileu. Assim que eu cheguei ele se abriu, como se ele tivesse visto tudo o que aconteceu ontem e entendeu que eu não tinha culpa do que tinha acontecido. Uma pessoa saiu de dentro dele, eu entrei, e me senti estranha por ter gostado novamente do calor do Jubileu me abraçando.

Saí do elevador e fui direto para o quiosque do café da manhã com o objetivo de afogar as mágoas em tapiocas, frutas, lanches e qualquer tipo de comida que o hotel pudesse me oferecer.

Cama de gatasOnde histórias criam vida. Descubra agora