Capítulo oitavo

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Capítulo oitavo, você lendo, e n me seguindo. Kizidea errada é essa aí, rapá?

Alguma suspeita de quem tá fazendo essa porra?

Sei lá, falei com o autor e ele n me disse nada, aí tá foda...

Aproveita e já me segue lá no insta tbm: @ju_bi_san

Boa história leitura para os senhores(as)

***

— FILHO DA PUTA! — Ele me batia enquanto gritava. — CADÊ A MINHA FILHA! 

É… essa é uma boa maneira da vida me falar que não importa o quão perfeito o meu dia comece, sabe? Despertador novo, café pronto com bilhetinho… mas sempre, sempre vai acontecer alguma merda que vai acabar com tudo. Pelo menos a merda que estragou meu dia foi só uma consequência mais leve da merda que estragou o dia desse cara, não posso nem me comparar a ele. 

— CADÊ MINHA FILHA. — Três policiais chegaram, mas talvez sejam necessários mais três. — CADÊ MINHA FILHA, SEU FILHO DA PUTA! 

Levantar foi difícil, mas tive que o fazer, até porque ser acusado de um sequestro de menor em público não é algo que quero para a minha imagem. Assim que levanto, caço meu distintivo no bolso secreto e interno da minha calça para mostrá-lo quem sou, afinal, andar com o distintivo à mostra no Brasil é pedir para ser morto a qualquer momento. 

— Calma. — Estendo minhas mãos, mostrando o distintivo, enquanto ele bota a teste a força dos policiais. — Eu tô do seu lado nisso daí. Sou investigador do departamento, e vou te ajudar a encontrar sua filha, ok? 

O homem parece ter entendido minhas palavras, mas mesmo assim preferi levá-lo no local ainda imobilizado pelos outros, só por garantia. 

— Levem ele pra minha mesa. 

Estavam levando o rapaz para minha mesa e eu seguindo os quatro logo atrás. Nesse momento, passo por Luciana e a vejo parada, toda acabada, uma aparência horrível, digna de uma mãe que está completamente desesperada e preocupada com a filha. Atônita, com medo, encarando o marido e completamente estática. 

— É melhor você vir também. 

Ela manteve o seu olhar no marido até ele desaparecer de sua visão. Assim que sumiu, como se imediatamente saísse de uma hipnotização, a vi concordando com a cabeça e fazendo o mesmo caminho que todos. Dos dois, ela está claramente mais perturbada com a situação, ou pelo menos aparenta bastante isso.

— Coé, Ciscão. — O recepcionista me olhava estranho. — Apanhou, foi?

— E eu sou lá de apanhar, rapá? Isso aqui foi de uma queda ali na esquina.

— Purran, pivete. — Ele me olhou segurando o riso. — E você caiu quatro vezes?

— Sim, quatro vezes. 

— Barril. 

Os guardas estavam forçando o homem a se sentar na cadeira, enquanto eu dei a volta para tomar o meu lugar. Me sento e posso encará-lo mais uma vez. Ele pareceria muito mais assustador, mas a cadeira parecia tamanho infantil quando ele se sentou, e isso retirou muito da tensão criada no momento. Começo a mexer no mouse enquanto Luciana procurava se ajeitar no seu assento. 

Cama de gatasOnde histórias criam vida. Descubra agora