✪Capítulo 11✪

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Comentem o que estão achando, é muito importante pro desenvolvimento da história.

⚠️ Esse capítulo contém relatos de violência sexual, se for sensível ou não gostar do conteúdo, pule as partes⚠️

Boa leitura♡♡

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Lucca- Nai.. como isso aconteceu?..- disse em um sussurro ainda perplexo pelo segredo revelado.

Naila- é uma história um pouco longa- diz secando as lágrimas, continuou encarando o céu estrelado já que não tinha coragem de encarar o amigo- ainda morávamos perto da casa da vovó, meus pais ainda eram casados, você morava na rua de trás, mas sempre dormia na casa do Kaio que era em frente a minha..- ela pausa respirando fundo tentando, e falhando, segurar as lágrimas- não sei como continuar isso, tentei por tanto tempo esquecer essas malditas lembranças, mas não.. consigo..

Lucca- ei pirralha- disse baixinho, tentando de alguma forma oferecer conforto para a pequena que se mostrava abalada psicologicamente- não se pressione, tudo no seu tempo

Naila- eu quero contar, eu preciso.. tô cansada de carregar essa dor sozinha, sei que estou sendo egoísta, se não quiser ouvir..

Lucca- vou repetir, eu estou aqui pra você, pode se apoiar em mim quantas vezes precisar pequena

Naila o olhou e não viu sinal algum de ser apenas um consolo vazio, sem sentimentos.

Naila- o ex marido da minha mãe, nunca foi alguém bom, em casa sempre havia briga, gritos, xingamentos, coisas quebrando era um verdadeiro inferno, ficar no quarto fingindo dormir ou que tá tudo bem era complicado. Ele tinha um comportamento violento por si só, mas ai o filho da puta tinha que começar a sair pra beber, chegava de madrugada, quebrando tudo, chegava a bater na minha mãe, mas depois o efeito do álcool passa, ai vem as mil e uma desculpas, promessas de nunca mais bater nela, que ia parar de beber, uma ladainha de merda.

"Um dia, eu ouvi ela gritando pedindo para ele parar, eu levantei da cama e me escondi no corredor pra ver o que estava acontecendo, e me assustei com o que vi, ela estava deitada no chão da sala, se debatendo tentando se soltar, ele estava sentado em cima dela, apertando seu pescoço com as duas mãos, ela já estava arroxeada pela falta de ar e perdendo a força."

" No impulso, peguei a jarra de flores em cima da mesa, e joguei com força na região da nuca dele. Ele caiu pro lado desacordado, mas eu não tinha tanta força, então logo ele acordaria. Fiquei um tempo parada assimilando o que tinha feito até que ouvi minha mãe tossindo, me virei rapidamente pra ajudá-la a se levantar, mas o que recebi foi surpreendente, "nunca mais encoste no meu marido sua praga nojenta" junto com um tapa estalado no meu rosto, que me fez cair no chão. - ela olha para o Lucca- como você acha que uma criança de 10 anos reagiria, ao tentar salvar a mãe do pai bêbado e louco e ser tratada como um lixo logo depois de tentar ajudar- ela volta sua atenção para a janela- depois que ele acordou, ela contou pra ele o que havia acontecido, ele a parabenizou por me "corrigir", ai começou a bajulação de merda, desculpas pra lá, te amo pra cá."

" E foi a partir daí que começou meu inferno pessoal. Foram apenas dois meses, que pareceram anos. Eu ia pra escola durante a manhã, um dia relativamente norma cheguei em casa, minha mãe disse que ele esperava no meu quarto, eu estranhei, ele nunca havia se esforçado pra criar uma relação comigo, então que porra ele queria, talvez falar da pancada? eu não sabia.-ela respirou fundo, e abaixou a cabeça- quando eu entrei no quarto ele estava só de cueca, avançou em mim me prensando na parede e trancando a porta, ele dizia no meu ouvido que eu era uma menina malcriada e por isso estava passando por aquilo, enquanto ele colocava a culpa em mim, passava a mão pelo meu corpo, colocou aquelas mãos imundas debaixo das minha roupas me apertando, se esfregando em mim, eu não era tão boba, tentei o empurrar e gritar, mas ele continuava a me prensar com o seu corpo, uma das mãos nojentas tampava minha boca, comparar a força de uma menina de 10 anos com um homem com seus 35 anos é pura covardia."

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