The Boss💥

☘︎Capítulo 1☘︎

Perdoem os erros e comentem o que estão achando♡♡ Boa leitura☆
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Naila on.

-Que merda é essa?- resmungo acordando sentindo um clarão em meus olhos causado por algum ser iluminado que resolveu abrir as cortinas.

-Não sei o que seria de você sem mim- diz um garoto alto de moletom preto com uma nuvem vermelha bem no meio caminhando com as mãos no bolso da calça jeans preta, encostando na porta e me encarando.

-Bom dia pra você também- ele não sorri com frequência, mas daqui percebo um leve sorriso de canto que ele logo disfarça - então senhor Kaio, qual o assunto urgente pra você me acordar tão cedo??

-Resolveu abandonar a escola foi?? Sempre soube qual de nós dois vai vender arte na praia- ele diz me encarando com um sorriso convencido no rosto.

-Vai sonhando, se alguém tiver que vender fio amarrado numa concha vai ser você, e por quê tenho que ir pra escola em pleno sábado??

-Tu é muito tapada pqp, hoje ainda é sexta-feira sua lesada- ele diz revirando os olhos claramente impaciente- não vai me dizer que esqueceu do simulado de exatas que vamos ter hoje?

-tsk que merda- levanto pegando meu celular e vejo que realmente é sexta-feira, saio correndo da cama ainda com meu pijama rosinha bem curtinho e percebo o olhar de Kaio sobre mim, se ele não falou nada também não vou falar, fomos criados juntos desde pequenos já deve estar acostumado..

Corro até o banheiro, e acabo tropeçando no meu próprio pé e caindo de joelhos e ouço uma risadinha do Kaio, levantei na hora me xingando mentalmente por ser tão lerda. Entro no box e tomo uma ducha fria para despertar. Quando saio vejo que a idiota aqui esqueceu a merda da toalha. Abro minimamente a porta para ver se Kaio estava perto, não vi ele, deve estar me esperando na sala, fui às pressas para o meu quarto, passando pela escada e o quarto do meus pais. Porquê eu não pedi que ele me trouxesse a toalha? Porque ele é muito idiota e com certeza ficaria me pertubando pelo resto do dia. Entro no quarto e começo a me vestir..

Kaio on.

Ela estava com seu pijama rosinha tentei evitar olhar, mas não consegui-juro que tentei-. Ela passa por mim em direção ao banheiro e tropeçou sozinha, ri baixo, sei que ela escutou, fiz de propósito, tenho o dom de pertubar ela, ela fica fofa quando tá nervosinha.

Fui esperar na sala que é logo em frente a escada, reparei em uns quadros com fotos dela quando pequena, uma em especial me chamou a atenção, com formato de coração naquele azul bem clarinho, uma foto nossa, estávamos abraçados ela estava chorando no meu ombro.. Há uns 2 anos atrás, logo no primeiro dia de aula começaram a implicar, por incrível que pareça ela se controlou e não xingou pelo menos 3 gerações das famílias dos idiotas. No outro dia os mesmos idiotas colaram fotos dela pela sala, desenharam coisas horriveis, e quando foi à direção para resolver o problema, foi simplesmente ignorada, ouvindo que era uma brincadeira de criança. Já tinha se segurado demais, decidiu resolver pessoalmente com o lider do grupinho de merda. Estava voltando da biblioteca e vi um garoto alto aparentemente uns 17 anos prensando a Naila na parede, quando vi essa cena certeza que meus olhos mudaram de cor pra um vermelho intenso de tanta raiva que senti, fui correndo na direção deles mas ela não precisava da minha ajuda, chutou o pau dele com força , fazendo ele soltar os braços dela, logo usou essa brecha dando um soco em sua barriga vendo ele cair de joelhos. Senti orgulho, ela não precisava de um príncipe encantado, ela era sua própria guardiã.

Me aproximei devagar para não ser vítima de um dos golpes que ela preparava pra acertar o olho do desgraçado. Quando ia bater, segurei sua outra mão, ela me olhou e acenei em negação, ela parou e se recompôs, começamos a andar em direção da sala, ambos sabiam que aquele merda tinha entendido o recado.. ou não..

-Sua puta ruiva nojenta do caralho, se não estivessemos na escola você tava fudida, sua arrombada de merda. Quando eu puser as mãos em você de virgem você não vai ter nada...- ele cai desacordado.

Minhas mãos doiam de leve, mas nesse momento não era isso que importava. Olhei pra Naila ela ainda estava virada, me aproximei dela calmamente e falei baixinho em seu ouvido enquanto segurava sua mão .

-Ei.. vamos pra casa- ela acenou em confirmação, deixei ela sentada no banco do corredor, seu rosto estava sem expressão, quem não conhece diria que estava irritada, mas não era isso o que eu via.

Fui na sala, peguei nossas mochilas, e avisei na sala dos professores que ela não estava se sentindo bem e que eu era o único que sabia onde era sua casa. Voltei ao corredor, e vi que continuava lá parada olhando para o nada.

Peguei a mão dela e segurei firme mas sem apertar. Caminhando para a saída do colégio seguindo o caminho de casa-moro na casa ao lado-. Após alguns minutos em silêncio decidi falar com ela mas precisávamos ficar a sós. Fomos à praça, no lado um pouco mais afastado, eu sabia o rumo que aquela conversa teria, então comecei a falar..

-Nai..- ela me interrompe pulando no meus braços me abraçando forte e começa a chorar baixinho no meu pescoço, eu retribuo o abraço na mesma intensidade. Pra todos ela é a garota forte que não precisa de ninguém, pra mim ela é a minha grande guerreira que não abaixa a cabeça pra ninguém, que ajuda a todos mesmo com o seu jeito explosivo e um pouco rude. Até os mais fortes precisam do seu porto seguro e eu sou o dela..

Saio dos meus devaneios quando escuto passos e olho pra escada, vejo ela correndo pelada, logo sinto o rosto esquentar e sei que fiquei corado.

Um minutos depois ela desce as escadas com uma blusa leve branca meio rosada sua jeans azul escuro colada ressaltando todas as suas curvas e um all star preto, seu cabelo em um coque folgado com fios pelo rosto, usava uma gargantilha dourada com brincos combinando. Ela estava linda.

-Tira foto que dura mais- ela diz e eu reviro os olhos e vou em direção a porta, vindo logo atrás de mim segurando minha mão todo o trajeto até a escola, não por medo ou algo do tipo, apenas nos acostumamos e gostamos desse contato.

Naila on.

Quando desci a escada, vi o olhar dele sobre mim, aproveitei a oportunidade pra zoar ele. Quem podia culpa-lo, eu realmemte estava linda, pelo menos me sentia assim.

Estamos andando até a escola, de mãos dadas, um calor confortante devo dizer. O caminho foi silencioso, um silencioso bom, parecia só existir nós dois naquele mundo de merda, mas tudo que é bom dura pouco..

-EI KAIOZINHO, ME ESPERA.

O que essa praga quer??..

Continua??
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