Cap. 1 - Meu Escritório

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Vamos a mais uma?
Simbora então... 😊

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Pov Lauren

Odeio véspera de Ano-Novo.

Duas horas no trânsito para andar apenas quinze quilômetros de LaGuardia até em casa. Havia passado das dez da noite. Por que todas essas pessoas já não estavam em alguma festa?

Qualquer que fosse a tensão que duas semanas no Havaí tinham feito desaparecer, já estava de volta se retorcendo cada vez mais forte dentro de mim, conforme o carro se movia lentamente.

Tentei não pensar em todo o trabalho para o qual estava voltando ― a lista infinita de problemas das outras pessoas para se juntar aos meus próprios:

Ela traiu.

Ele traiu.

Consiga custódia integral das crianças para mim.

Ela não pode ficar com a casa no Vale.

Ela só quer dinheiro.

Ela não me faz um boquete há três anos.

Olha, babaca, você tem 50 anos, é careca, pomposo e sua cabeça tem formato de ovo. Ela tem 23, é gostosa e tem peitos tão firmes que quase batem no queixo. Quer consertar esse casamento? Chegue em casa com dez mil em notas vivas e novas e diga a ela para ficar de
joelhos. Você terá seu boquete. Ela terá o dinheiro para gastar. Não vamos fingir
que era algo mais do que isso. Assim não funciona para você? Diferente da sua futura ex-mulher, eu vou aceitar um cheque. Faça um para Lauren M. Jauregui, Advogada.

Esfreguei a nuca, me sentindo um pouco claustrofóbica no banco de trás do
Uber e olhei para fora pela janela. Uma idosa com um andador nos ultrapassou.

— Vou descer aqui — anunciei para o motorista.

— Mas você está com mala.

Eu já estava saindo do carro.

— Abra o porta-malas. Não vamos nos mover mesmo.

O trânsito estava completamente parado e eu estava a apenas dois quarteirões do meu prédio. Joguei uma nota de cem dólares de gorjeta para o motorista, peguei minha mala e inspirei profundamente o ar de Manhattan.

Eu amava essa cidade tanto quanto a detestava.

Park Avenue, 575, era um edifício de antes da guerra restaurado na esquina da Rua 63, uma localização que dava noções preconceituosas sobre você para as pessoas.

Alguém com meu sobrenome havia ocupado o edifício antes de o lugar ser convertido em apartamentos superfaturados de sócios-inquilinos. Esse era o motivo do meu escritório ter tido permissão para ficar no térreo, enquanto outras salas comerciais foram expulsas anos atrás. E eu morava no último andar.

— Bem-vinda de volta, Sra. Jauregui — o porteiro uniformizado me cumprimentou ao abrir a porta do lobby.

— Obrigada, Ed. Perdi alguma coisa enquanto estava fora?

— Não. Mesma coisa de sempre. Mas dei uma espiada na sua reforma outro dia. Está indo bem.

— Eles estão usando a entrada de serviço na rua de baixo como foram instruídos?

Ed assentiu.

— Com certeza. Quase não os ouvi nos últimos dias.

Deixei a mala no chão do apartamento, depois desci de elevador para ver como as coisas estavam. Nas duas últimas semanas, enquanto eu estava de folga em Honolulu, meu escritório passava por uma reforma completa. As rachaduras rebocadas no teto receberiam remendos e pintura e seria instalado novo piso, a fim de substituir os tacos antigos e gastos.

CAMREN: Capitã Prolactinadora (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora