*Els POV*
Abro os olhos lentamente e me deparo com um Ondre ao meu lado, dormindo de forma suave, seu peito subindo e descendo calmamente. Descendo um pouco meus olhos vejo que dormimos de mãos dadas, coisa que eu sempre achei clichê de filme, e que não era possível duas pessoas conseguirem dormir assim, mas cá estava eu nessa situação, e pior ainda com o meu ex namorado. Coisas que a vida faz a gente pagar a língua, né.
Começo a fazer carinho em seu cabelo, um pouco mais curto do que estava acostumada, quando ele começa a abrir seus olhos lentamente.
- eu poderia me acostumar a ser acordado assim. - diz Ondre se espreguiçando.
- num hospital com uma paciente toda descabelada do seu lado? - rio balançando a cabeça e me afastando alguns centímetros dele.
- se essa paciente for essa linda mulher que estou vendo então sim. - quando sinto que estou começando a ficar vermelha, ele completa. - aquela senhora do quarto ao lado, quero dizer.
Arranco o travesseiro do meu lado e taco na cara dele fazendo os dois rir.
Levanto e tomo um banho rápido, enquanto Ondre acaba de arrumar minha bolsa pois dali a pouco eu nteria alta médica.
Quando estávamos conversando com o Doutor, Ester e Ally chegam muito animadas pra me buscar.
- Chegamos e trouxéssemos sua droga favorita! - Ally diz empolgada fazendo o doutor olhar feio pra ela. - Calma Dr. é só café mesmo. - completa fazendo todos nós rirmos.
Logo após receber minha alta médica, saímos do quarto, enquanto estávamos andando Ondre diz:
- Els você tá bem mesm0? Tem certeza que consegue seguir os compromissos de hoje? Eu posso falar com seus chefes e...
- não babe, não precisa, eu já estou bem, posso perfeitamente trabalhar no evento hoje. - seria o segundo dia de evento, falo sem nem me tocar de como acabei de chamar Ondre, percebo somente quando olho pra ele e vejo seus olhos brilharem.
- se você diz tudo bem, eu acredito, mas quero que você me prometa dizer se não estiver se sentindo bem, e eu não vou sair de perto de você hoje. - fala passando a mão em minha cabeça.
- tudo bem, mas não se preocupe, vai dar tudo certo.
Dito isso saímos pelo hospital, quando chegamos na porta vemos que está caindo uma garoa insistente, não é uma chuva ainda porém o suficiente pra nos molhar em minutos, Ondre insiste em tirar sua jaqueta e ir segurando acima de mim até chegar no meu carro, que Ester estava dirigindo no momento. Combinei de ir pra casa me arrumar com as meninas enquanto Ondre tinha que ir para o hotel para se encontrar com os meninos e sua equipe para pegar a escala de atrações de hoje.
Quando chegamos enfrente ao carro vejo Ondre todo molhado enquanto eu tinha poucos respingos. Entro no carro e olho pra ele.
- Obrigada por tudo, sério. - falo.
- Els, você não tem porque me agradecer, quando você vai entender que eu realmente te amo e não tem nada que possa me afastar de você, mesmo que seja só pra te ter por perto ou como amigos, eu sempre vou estar aqui pra você.
Não tenho palavras para responder então só sorrio e seguro as lágrimas que quase querem cair enquanto ele faz carinho no meu rosto.
- te vejo mais tarde, babe. - diz e se afasta até um carro, provavelmente de alguém da equipe. Conforme vejo ele se afastar sinto como se tivesse sido arrancado algo de mim, como se alguém tivesse me tirando o ar, e percebo ali que é ele, sempre foi ele, É ELE!
Abro a porta deixando minhas amigas confusas e me chamando e corro até onde estava, no meio da chuva, mas isso nem importava naquele momento.
- ONDRE! - grito um pouco antes de chegar até ele, quando ele vira confuso pra mim, eu não dou tempo de nada pra ele, só pulo nele, e na mesma hora sinto seus braços me segurarem contra sua cintura. Colo nossos lábios com uma necessidade enorme, porque era isso o que eu tinha, uma necessidade dele.
Quando nos separamos pela falta de ar, olho pra ele e falo:
- sempre foi você! Eu não sei porque não percebi isso antes mas sempre foi você! - ele me gira no ar e diz:
- você não sabe o quão desesperado eu estava pra ouvir isso! Eu tinha tanto medo de não te ter mais em meus braços.
- você sabe que o meu coração sempre foi seu, eu só precisava de tempo pra perceber isso.
- parece que a chuva faz a gente se encontrar sempre né? - diz Ondre relembrando o momento que brigamos vários meses atrás e nos reconciliamos na chuva.
- parece que sempre iremos nos encontrar. - digo o beijando de novo.- UHHHHH, o meu casal voltou. - Escuto minhas amigas gritando do carro.
- Te vejo mais tarde em casa, não se atrasa e juízo vocês dois. - elas dizem isso e escuto Ester dando a partida no carro.- vem, vamos entrar no carro. - Ondre me impulsiona pra cima, me fazendo cruzar as pernas em sua cintura novamente e me leva pra o carro.
Quando entramos no carro pelas portas de trás ele me deixa no banco e se inclina sob meu corpo, sem cortar os nosso olhares. Nossos olhos perdidos um no outro assim como nosso corpo ansiava por um pouco mais de toque.
- eu nem consigo acreditar que isso está acontecendo. - diz beijando meu pescoço, descendo por meu busto e ventre, abrindo os botões do meu vestido.
- nem...eu...como....senti...falta - falo com a respiração entrecortada.
- eu senti falta de cada centímetro de você, do seu corpo, seu sorriso, do seu cheiro... - diz traçando um caminho com seu nariz por toda minha barriga, até chegar lá embaixo.
Depois disso foi um borrão em minha cabeça, quando pude perceber estava com cada parte dele dentro de mim, me invadindo e conforme tinha seu rosto a centímetros de distância do meu posso enfim dizer, que ele estava me completando, porque ali sim eu estava completa, seria sempre eu e ele.