Capitulo 18

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*Ester's POV*

Chegamos no hospital tão rápido que o caminho até lá foi um borrão na minha cabeça.
Dei o nome de Els na recepção e fomos encaminhado para um outro setor. Estamos todos muito apreensivos e sem saber o que havia acontecido.

Assim que chegamos ao corredor do quarto que Els estava, tivemos que aguardar pois o médico estava fazendo os últimos exames e curativos antes de podermos entrar, então aproveito esse tempo para fazer uma rápida ligação à Noah, pois sinto que ele também precisa saber e apoiar a Els agora. Assim que ele atende a ligação reconheço seu tom de voz como um tom de alguém que bebeu muito e chorou, ou que está muito doente, e levando em consideração de que hoje cedo ele estava muito bem, acho que é a primeira opção, mas assim que explico o que aconteceu com Els seu tom muda drasticamente como se em segundos ele tivesse ficado totalmente sóbrio. Resumo o que aconteceu e o acalmo, e ele me responde que vai tomar um banho rápido e que logo mais estaria lá. Assim que desligo a ligação sinto a mão de alguém em meu ombro.

Quando olho pra trás encontro um Tony com uma cara triste.

- Como você está? - pergunta.

- Hmmm, não sei dizer, mas agora estou mais calma, obrigada. - falo segurando em sua mão.

- Obrigada por que - pergunta confuso porém sem soltar a minha mão.

- Obrigada por estar aqui comigo, e me apoiar. - falo olhando em seus olhos.

- Você sabe que eu sempre vou estar aqui sempre que precisar né - ele me puxa pra um abraço e beija o topo da minha cabeça.

Assim que nos afastamos, ouvimos a enfermeira nos chamar e vamos todos em direção ao quarto.

Quando entramos já começamos a falar alto e ao mesmo tempo, na mesma hora a enfermeira olha pra todos e fala:

- eu deixei todos vocês entrarem de uma vez mas vocês precisam ir com calma, e falar baixo, a paciente ainda está sensível e provavelmente com uma dor de cabeça muito grande.

Todos assentem depois da bronca e a enfermeira deixa o quarto.

- vocês podem falar novamente ta? mas com calma por favor - Els diz calmamente e sorrindo fraco.

- EU VOU TE MAT- quer dizer eu vou te matar sua vagabunda que susto. Nunca mais faz isso comigo? Como você está se sentindo? Como você foi se distrair assim? - falo chegando perto dela, e já a abraçando.


*Els POV*

- calma mocinha, eu to bem e inteira, eu nem sei o que aconteceu direito foi tudo tão rápido que nem eu entendi. - falo devagar porque minha cabeça ainda está explodindo.

- mas o que você lembra? - Tayler pergunta.

- Eu estava indo encontrar vocês, e recebi uma ligação do Noah, e do nada um carro que estava atravessando o sinal vermelho muito rápido bateu no meu e eu acabei batendo num poste, a sorte é que eu estava muito devagar e o poste estava perto, se não poderia ter sido pior.

Acompanho a cara de cada um, e já respondo:

- calma gente, a culpa não é de ninguém além do idiota que estava dirigindo, mas já passou e eu estou aqui bem e inteira. É o que importa, que não nada mais grave. - falo.

Ficamos conversando e depois de vários abraços e horas após, e depois do médico retornar dizendo que eu só teria alta no dia seguinte de manhã, os meninos vão se despedindo. Tinha visto o Ondre, só de longe pois ele parecia querer dizer algo mas não dizia, mas quando todos estavam indo embora, ele diz:

- Podem ir gente, eu vou ficar com a Els.

- não se preocupa Ondre, não precisa ficar.

- é, eu vou ficar aqui com ela. - Ester diz.

- Não precisa ficar nenhum dos dois, eles vão me dar remédios e eu vou capotar e amanhã cedo vou ter alta, não precisam ficar, só me busquem aqui amanhã, afinal não consigo andar direito. - aponto pro meu pé, agora repousando num lugar mais alto com várias almofadas e uma faixa no tornozelo.

- nada disso, e vou ficar aqui e sem discussão. - Ondre fala.

- olha, eu já entendi suas intenções mocinho, então só por isso eu vou deixar vocês aqui. - Ester fala como se eu nem tivesse aqui.

- princesa eu to aqui ta? - falo. - eu já disse que....

- tchau gente, tchau Ester. Até amanhã. - Ondre fala e fecha a porta ignorando tudo o que eu disse.

- você é teimoso né?

- sim, principalmente quando o assunto é ficar perto de você. - fala arrumando o sofá cama que tinha ao lado.

- bom, já que você insiste.

- mas agora falando sério, como você está? Eu fiquei muito preocupado, você quase me matou de susto.

- eu to bem melhor, só uma dor de cabeça e um pouco no corpo.

- você promete nunca mais passar por isso? Eu não posso nem pensar em te perder... - diz passando a mão em meu cabelo.

- prometo. - falo segurando em sua mão. Ele se inclina e beija meus lábios de uma forma tão doce que eu falo nada pra não estragar o momento. Dou um espaço pra ele deitar na cama.

Ele sobe na cama e eu deito minha cabeça em seu peito. Assim que nos aconchegamos ele começa a cantarolar entre meus cabelos até que caio no sono.

Ainda de olhos fechados escuto vozes tentando falar baixo do lado de fora no quarto:

- você já não acha que causou o suficiente? - reconheço a voz de Ondre e percebo que ele já não estava do meu lado.

- eu sei que foi minha culpa mas eu só precisava ver ela, saber como ela está. - Noah.

- ela está bem mas bastante cansada, ela está dormindo agora. - Ondre diz mais calmo. - olha cara eu sei que você gosta dela -

- é bem mais do que gostar. - Noah corrige.

- porra não força, eu to querendo ser legal aqui... eu sei que sente isso por ela mas essa situação esta ficando exaustiva demais pra ela, será que a gente pode dar uma trégua, por ela?

- sim, claro, tudo o que eu quero é que ela seja feliz.

- eu também, eu também. - Ondre diz.

Logo após uns segundos de um silêncio constrangedor escuto alguém batendo na porta.

Fecho os olhos rapidamente fingindo estar abrindo os olhos só naquela hora e vejo um Noah, com muito receio me olhando.

- pode entrar Noah.

- bebe, como você esta? Escuta eu quero te pedir um milhão de desculpas pela minha atitude de hoje, aliás por todas elas. - ele diz pegando em minha mão.

- tudo bem, eu te perdoo, afinal isso não foi culpa sua, ta tudo bem.

Após uma rápida conversa ele se despede com um beijo em minha cabeça e logo após ele sai. Minutos depois escuto outra batida em minha porta:

- vou fingir que nada aconteceu e que não estou com ciúmes. - Ondre entra já deitando novamente em minha cama.

- e se eu disser que você pode ficar deitado aqui na minha cama comigo hoje? - Ele sorri. - Mas claro só se você fizer uma bela massagem nas minhas costas, fechado? - sorrio pra ele enquanto ele sorri e assente.

Summer Love In Brazil - Season 2Onde histórias criam vida. Descubra agora