Aliança Real - CONCLUÍDA

CAPÍTULO 34

🌻

*JOSH*

Eu já não aguentava mais a distância entre a Grace e eu.

Tentei inúmeras vezes falar com ela, mas não tive muito sucesso.

Eu sabia que não podia culpa-la por agir assim, ela tinha razão, eu podia ter seguido um rumo diferente, podia não te-la envolvido em tudo isso.

Eu só precisava dizer ao meu pai que não iria me casar com ela, ele me entenderia e nunca me obrigaria.
Mas eu sabia que ele queria aquilo.

Eu mal saia de casa e nunca tive um relacionamento. Mesmo que muitas meninas tivessem interesse, eu não tinha.

Ele teve a mamãe ao lado dele, só queria alguém ao meu lado. Mas observando meu péssimo histórico de romance, estava na cara que eu não me envolveria com alguém tão cedo.

Quando ele me propôs essa aliança eu achei uma ideia ridícula. Mas se ele estava realmente tão desesperado a esse ponto, eu precisava fazer algo a respeito. Não poderia ser tão ruim assim.

Foi errado da minha parte não ter pensado na vida das pessoas envolvidas. E eu tive a chance de desistir antes de contarmos a todos e nada mais poder ser feito.

Mas eu já tinha conhecido a Grace, e por mais que estivesse irritado por me me envolver naquela situação, eu não conseguia desistir. Queria saber onde tudo iria dar.

E a cada dia que se passava, menos arrependido eu me sentia.

Porque eu já estava perdidamente apaixonado por ela.

E eu iria falar com ela hoje, cara a cara, não importa o que acontecesse. Eu estava decidido a isso.

Até duas crianças invadirem o escritório que eu estava com Henry e seu pai.

"PAPAI", gritaram chorando e se jogaram em seus braços.

"Ei, calma, o que aconteceu?", Henry os segurou nos braços e olhou confuso, eles começaram a falar ao mesmo tempo, os dois chorando, e nós sem entender nada, "ei, ei, calma, respirem"

"E-eles levaram...", Logan gaguejou.

"D-dois, m-muito grande...", Ayla se agarrou em seu pescoço.

"Ainda não estou entendendo", Henry alisou seu cabelo, "foi algo na brincadeira de vocês?", eles negaram.

"L-levaram ela", Logan repetiu.

"Levaram o que crianças?", o avô perguntou.

"A tia, l-levaram a tia Grace", Ayla voltou a chorar.

Eu senti todo o meu corpo gelar.

"O que?",  quase gritei me levantando.

"Crianças, co-como assim?", Henry os colocou de pé.

"Os homens, eles levaram a tia Grace"

"Que homens?", perguntei aflito.

"Não sei, tava escuro", Logan fungou.

"Eram dois", Ayla complementou.

Eu passei a mão bagunçando meu cabelo, nervoso.

"Olha, meus amores, precisamos que vocês contem tudo direitinho, como aconteceu?", Henry se ajoelhou na frente deles.

"Onde foi isso?", perguntei angustiado.

"No Jardim", responderam

"E os guardas?"

"Não tinha ninguém, e nós ficamos longe, para ver as estrelas"

"A tia esqueceu alguma coisa, disse para entrarmos em casa só que esperamos por ela, mas ela demorou e fomos procurar, então vimos dois homens a segurando", Ayla contou mais calma.

"A tia estava tentando se soltar, mas eles eram grandes, iam pegar a gente então ela nos mandou correr, depois eles já tinham sumido com ela"

"Henry...a minha filha", seu pai se jogou na cadeira.

"Papai", Henry correu em seu auxílio.

"Levaram minha filha Henry", chorou.

"Vamos encontra-la, vamos organizar agora mesmo um resgate, ver o que aconteceu, vamos trazer a Grace de volta, eu prometo", ele me olhou

Eu estava desesperado.

*GRACE*

Eu já suspeitava que minha vida tinha se tornado um livro clichê. Só não imaginei que também envolveria um sequestro.

Meu corpo balançava de um lado para o outro e eu levantei confusa. Estava tonta, mas consegui entender que eu estava em um carro. Ele não tinha farol, e ainda era noite, mas o motorista parecia conhecer muito bem o caminho.

Tentei me mexer mas estava totalmente presa por cordas.

"Posso saber para onde estão me levando?", perguntei, mas não me responderam, "ei, quem são vocês?"

Me senti uma estúpida ao fazer essas perguntas, eles nunca me responderiam. O carro balançava de um lado para o outro, parecia estar em estrada de terra.

"O que querem comigo?", voltei a perguntar e me frustei por não ter respostas, "vocês são uns idiotas, acham mesmo que podem me sequestrar e sair ilesos?"

"E você pode calar a boca?", o que não estava no volante falou, "ninguém avisou que sequestar ela seria tão irritante", murmurou.

"Onde estamos?"

"Muito longe"

"Longe quanto?"

"O necessário para sumir com você e ninguém perceber", o amigo dele riu.

"V-vocês vão me matar?", perguntei assustada.

"Não querida, você tem mais serventia viva", o que dirigia falou.

"Eles vão me encontrar"

"Eu duvido, já estamos longe, a área é isolada e não deixamos rastros"

"Sempre tem uma brecha nos planos"

"Quase poderia ter dado errado se não fosse por aqueles pirralhos, mas no fim, conseguimos o que queríamos", virou para me olhar, eu não o conhecia, mas achava que já tinha o visto.

"O que querem comigo?", senti vontade de chorar.

"Nesse momento? Que você se cale e nos deixe em paz", eu abri a boca para responder, mas achei melhor ficar calada. Não sabia até onde iria a paciência deles dois.

Eu chorei em silêncio. Chorei porque queria a minha casa, minha família, Josh. Chorei por que estava com medo.

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