CAPÍTULO 35

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🌻

*JOSH*

"Como assim levaram a minha filha?", a rainha gritou e empalideceu.

"Âmber, vem, se senta", Helena foi para seu lado e tentou fazê-la se sentar no sofá da sala de estar.

"Não, não quero me sentar, eu quero a minha filha", chorou.

"Vamos trazê-la de volta mamãe", Henry a consolou.

Eu sabia que ele estava tentando se manter forte e seguro por todos eles. Mas no fundo, estava tão desesperado quanto todos nós, eu via isso em seu olhar.

Poucos minutos depois da notícia ele ordenou que metade dos guardas revistassem o palácio. Outra equipe, com o chefe da segurança, detetives e mais guardas estavam em outra sala tentando descobrir algo.

Nós estávamos com eles, até precisar dar a notícia ao restante da família. Eu me sentia um inútil por não poder fazer nada.

Os outros irmãos de Henry foram ficar do lado do pai, enquanto Helena e sua mãe estavam com a sua sogra.

Luna, por outro lado, estava longe de todos nós, isolada em um lado da sala, andando de um lado para o outro. Não falou nada conosco desde que contamos. Me aproximei dela.

"Grace me responde de uma vez, você não pode fazer isso comigo", chorou enquanto gritava com o celular, "Quando eu pedi que você saísse, não era dessa maneira", soluçou e mandou outro áudio, "Grace, você é minha melhor amiga, por favor", levou as mãos ao cabelo e deixou o celular cair no chão.

"Luna...", a chamei e ela me olhou, seu rosto estava todo borrado de preto por conta do rímel e das lágrimas.

"Porque ela não me responde? Não atende, não vê as mensagens"

"Ela deve estar sem o celular"

"Porque Josh?", caiu no chão e cobriu o rosto com os barcos, eu tentei me adiantar para que ela não se machucasse, "ela é a minha melhor amiga", soluçou.

"Eu sei"

"E se fizerem algo com ela?", só o pensamento me deixou atormentado.

"Nada vai acontecer, vamos encontra-la o mais rápido possível", segurei sua mão.

"Eu estou preocupada Josh", começou a chorar ainda mais e eu a abracei, "eu quero a minha amiga de volta"

Eu só pude suspirar.

"Eu também quero", a primeira lágrima desceu, eu não fazia ideia do quanto precisava chorar até aquele momento.

*GRACE*

O carro parou minutos depois diante de uma casa de dois andares. Não era abandonada, pelo contrário, estava bem conservada, apesar de parecer bem antiga. Além disso, outras pessoas estavam cercando o local.

"Porque me trouxeram aqui?", eles me empurram para andar, tinham desamarrado apenas meus pés.

"Achou que iria para onde, um galpão abandonado?", um dos homens riu e eu virei para trás para vê-los com mais clareza agora que tinha uma iluminação melhor.

Eles estavam com as roupas dos guardas que ficavam no palácio, nunca os tinha percebido por lá.

Antes que eu pudesse falar algo o outro prosseguiu.

"Um galpão deixaria tudo mais emocionante, eu até queria, mas uma casa simples chamaria menos atenção, não concorda?"

"Alguém vai encontrar esse lugar"

"No fim do mundo? Essa casa está mais distante do que você pensa, e ninguém suspeitaria que você estivesse aqui, além de que seria impossível encontra-la, poucos sabem a localização"

Um bolo se formou em minha garganta e meus olhos arderam com as lágrimas.

"O que fizeram com o meu celular?", mudei meu olhar para outra direção.

"Esse aqui?", um deles estendeu o aparelho quebrado, "precisamos dar um fim nele, sinto muito, não podemos correr risco de rastrea-lo", eu olhei o celular despedaçado com pavor.

Pensei em mil maneiras de tentar fugir, mas nenhuma parecia o suficiente.

"Anda logo, estou cansado de dar uma de babá", me empurrou.

A casa era velha e rústica, os móveis pareciam antigos e empoeirados. Era uma casa pequena e os cômodos apertados.

Me arrastaram para o segundo andar, me desamarraram e trancaram dentro de um quarto.

"Trabalho feito, deixa ela aí e vamos esperar o chefe", escutei o click da porta e os passos se afastarem.

Corri para a janela mas estava trancada, e pelos pequenos espaços que dava para visualizar o exterior da casa percebe-se que ela tinha grades bem resistentes.

Tentei abrir a porta de todas as maneiras, gritei e soquei com todas as minhas forças, mas nada adiantaria.

Ninguém me escutaria, do lado de fora só tinha árvores e mais árvores. Nem sequer outra casa ou uma estrada se encontrava perto dali.

Escorreguei pela porta chorando como nunca e pude perceber o quarto com mais atenção.

Não estava sujo, parecia ter sido arrumado a pouco tempo. Era pequeno e apertado, uma cama de solteiro com um lençol florido e um travesseiro. Cortinas claras, um pequeno banheiro sem janelas e um guarda roupa que tinha apenas três vestidos simples e mais lençóis.

Suspirei e abraçei minhas próprias pernas, implorando mentalmente para que estejam planejando algo para me resgatar desse lugar.

"Me tirem daqui, por favor", falei comigo mesma.

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