CAPÍTULO 1

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🌻

Princesa. Foi assim que sempre me chamaram.

Um título que recebi desde que nasci, a dezenove anos atrás.

Eu me acho um pouco diferente da maioria das princesas dos livros de romance que leio, porque elas odeiam esse título que lhes foi colocado sem mais nem menos.

Mas não se enganem, eu amo meus livros. Os acho esplêndidos por nos mostrar um universo de auto-conhecimento e empoderamento femenino.

Eu adorava passar horas lendo sobre princesas que faziam seu próprio destino. Que fugiam de um mundo que foram colocadas a elas desde que nasceram. Que tentavam se livrar de pessoas que queriam tomar as decisões por elas mesmas.

Mas, para minha sorte, nunca precisei me preocupar em tomar atitudes tão drásticas como as delas.

Sou a única filha mulher em uma família de três homens.

Meu irmão mais velho, Henry, de vinte e oito anos. Além de ser rei do lugar onde moro, Mirabell, e meu melhor amigo desde que me conheço por gente.

Meu outro irmão, Thomas, de vinte e quatro anos. Esse é o mais quieto de todos nós, mas o amo imensamente e adoro pertuba-lo quando tenho a chance.

E por último meu irmão mais novo, Lucas, de dezesseis. Esse sempre foi o imperativo desde criança, e o mais ciumento também. Adora um drama.

Para mim, minha família é maravilhosa. Meus pais, Amber e James, são os melhores que eu poderia ter. Além das outras pessoas que a complementam, como a Helena, esposa do meu irmão mais velho, e, rainha.

A conheço desde meus sete anos, consegui enxergar a bondade em seus olhos desde que a vi pela primeira vez, e hoje ela é uma das melhores rainhas que já conheci.

Ela também é irmã mais velha da minha melhor amiga, Luna, a conheço por causa de Helena. Não nos desgrudamos mais desde que nos vimos pela primeira vez.

Tudo estava perfeito.

[...]

Estava entediada. Não tinha mais nada para fazer naquela tarde.

Luna só poderia vir aqui a noite e eu não teria mais aulas por hoje.

Eu já tinha completado todos os graus de ensino, sempre estudei em casa, e por incrível que pareça sempre gostei.

Porém eu sempre queria aprender algo novo e estava fazendo aulas de alemão. Mas a minha professora tinha ido embora a umas duas horas atrás me deixando em um Palácio entediante.

Nem ao menos encontrava meus sobrinhos para poder passar meu tempo.

"Isso é loucura, não podemos fazer isso com a minha irmã", ouvi a voz do meu irmão Henry assim que passei pela porta do seu escritório.

Eles estavam falando de mim? Até onde sei, eu sou sua única irmã.

"Eu sei filho, eu também acho, é da minha filha que estamos falando", esse era o meu pai?

Não fazia idéia do que as pessoas pensariam se me vissem ouvindo por trás da porta. Isso era algo completamente inapropriado, ainda mais para mim que sou uma princesa.

Porém era de mim que eles estava falando, eu tinha o direito de saber o motivo, não é?

"Mas que outra solução podemos encontrar? Esse foi o único acordo proposto", papai continuou.

"Eu não sei pai", eu pude imaginar meu irmão suspirando e passando as mãos pelo seu cabelo, como ele tem o costume de fazer, "mas um casamento está fora de cogitação"

O quê?

Abri a porta brutalmente, fazendo com que os dois homens que estavam ali me olhassem surpresos.

"Que casamento?", falei exasperada.

"Grace", Henry me olhou assustado.

"Não é nada querida, não se preocupe", papai tentou me tranquilizar.

"Que casamento?", repeti lentamente.


"É somente uma bobagem maninha, não tem relevância", Meu irmão me encarou.

"Eu sei que isso tem haver comigo, sem querer acabei escutando uma parte da conversa, portanto tenho o direito de saber do que se trata", disse nervosa.

"O que está acontecendo?", mamãe e Helena entraram na sala.

"Não é nada, é somente um problema que iremos encontrar um meio de resolver sem envolver ninguém nele", Henry se sentou em sua cadeira atrás da mesa, e sua esposa se pôs ao seu lado.

"Problema? Que problema?", perguntei, "e o que isso tem haver comigo?"

"Já dissemos que não...", Henry tentou repetir mas papai o interrompeu.

"É melhor contarmos Henry, de qualquer forma", eles se entreolharam e assentiu.

"Estamos com problema em manter a aliança com o reino de Vermont, ele é muito importante para continuarmos dando uma boa estrutura para Mirabell, e continuar o tendo ao nosso lado seria muito vantajoso"

"Tudo bem", falei confusa, "e o que isso tem haver comigo?"

"Eles nos deram somente uma possibilidade para permanecerem com a aliança. A esposa do rei faleceu tem alguns meses, e ele está próximo de passar a coroa para seu herdeiro, porém não tem uma rainha para governar ao seu lado", papai explicou.

"Como solução, sugeriram um casamento entre o príncipe herdeiro...e você", Henry continuou.

"O quê?", eu e mamãe falamos ao mesmo tempo.

"Em que século eles pensam que estamos?", gritei exasperada.

"Eu sei querida, isso é uma tolice, nunca que iriamos te forçar a uma coisa dessas", papai me olhou, eu já não sabia o que pensar.

"Nosso problema, é que ele é nosso aliado a anos, porém com a morte da rainha o rei ficou desestabilizado. E essa é a sua única condição para renovar o contrato de aliança"

"Não tem outra forma? Outra condição?", falei nervosa.

Já tinha ouvido falar do reino de Vermont, era muito importante para o nosso reino, principalmente na economia.

"Essa foi a única condição que eles colocaram", Henry disse e eu me calei.

Eu estava sendo colocada contra a parede, colocada para tomar uma decisão de imensa importância.

Por mais que eles falassem que não era preciso que eu fizesse algo, eu sabia que o que eles pensavam era que o que eu decidisse mudaria tudo.

Eu temia o que poderia acontecer caso essa aliança fosse rompida. Eu precisava fazer algo.

"Tudo bem, eu caso", falei por fim.

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REVISADO 🌻

OI MEUS GIRASSÓIS ❤

O QUE ACHARAM DO NOSSO PRIMEIRO CAPÍTULO? ESTAVA ANSIOSA PELO LIVRO DE NOSSA GRACE ❤

VOTEM, COMENTEM E ME SIGAM ❤

Aliança Real - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora