Grace Cooper sempre foi uma boa filha, uma boa irmã e uma boa princesa. Encantadora é a palavra que todos usam para descreve-la.
Ou quase todos.
Para ela estava tudo bem, tinha uma família incrível, dois sobrinhos sapecas, uma melhor amiga que sabia...
O sábado chegou em um piscar de olhos, e logo pela manhã eu conseguia ver os criados por todos os lados a fim de organizar toda minha família para festa, que apesar de ser de uma criança, ainda era de um príncipe.
Marrie e Greta estavam fazendo minha mala, pois certamente ficaríamos o dia seguinte no palácio. Eu estava terminando de me aprontar para o café da manhã, iríamos sair a tarde e já chegar no horário da festa.
"Tiaaa", Alya e Logan entraram em meu quarto gritando e correndo.
"Oi amores", sorri carinhosa e depois semicerrei os olhos, "o que vocês estão aprontando?", eles colocaram as mãozinhas para trás em uma sincronia incrível.
"Estamos brincando de esconde-esconde com a Lily", essa era a cuidadora deles.
"E por acaso ela sabe que está brincando ou vocês simplesmente se esconderam sem falar nada?", pus as mãos na cintura e minhas criadas riram baixinho.
"Ela vai achar a gente tia, sempre fazemos isso", Ayla me olhou inocente.
"Sei muito bem, mas vamos viajar hoje e ela deve estar maluca atrás de vocês para ajudar a se arrumarem", avisei, "ao menos que vocês prefiram ficar aqui brincando e nós iremos sem vocês", dei de ombros.
"Não", gritaram juntos.
"Já cansamos de brincar né maninha?", Logan olhou para irmã que balançou a cabeça sem parar.
"Já vamos voltar para o quarto tia"
"Muito bem", sorri.
"O tio Josh vem?", Logan perguntou e eu me emocionei com a fofura deles.
"Não sei meu amor, o tio Josh está ocupado"
"Eu gosto do tio Josh", Ayla disse pensativa, "ele deixa a senhora feliz", eu me agachei para dar um beijo na testa dos dois.
"Eu também gosto muito dele"
"Quando eu crescer, quero um namorado como o tio Josh", arregalei os olhos.
"Você ainda é muito novinha, não precisa ficar pensando nisso", me levantei, "agora acho melhor os senhores irem", eles me abraçaram pela cintura e correram para fora do meu quarto rindo.
No fundo, eu torcia para Ayla não repetir aquilo na frente do pai, ou ele enlouqueceria.
[...]
A manhã passou rapidamente, em algumas horas pegaríamos o avião para ir ao nosso destino. Enquanto isso, eu me arrumava para chegar a festa já pronta.
Como se tratava de algo mais formal, e como parte da família real, meu vestido era mais volumoso. Tinha o mandado fazer a alguns dias.
Ele tinha um degradê de brilhos pratas e tecido rosa, com detalhes abertos nas costas. Seu comprimento ia até o chão.
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