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"Você faz ideia de como eu fiquei?", Luna gritou, "Você desligou na minha cara e depois não me deu nenhuma satisfação, não respondeu minhas mensagens"
"Eu sei, me desculpa, acabei esquecendo depois de tudo que ocorreu", falei me sentando na poltrona da biblioteca do palácio, eu amava esse lugar.
"Você ainda não me disse o que teve", balançou as pernas ansiosa.
"Grande parte da conversa você escutou, ele nos ouviu conversando e começou a falar um monte de coisa", minha voz começou a se alterar, "me chamou de princesinha mimada Luna, ele nem ao menos me conhece para falar isso, ainda deu a entender que eu estava esperando por um conto de fadas, ele acha que eu sou criança?"
"Nossa, isso tudo no primeiro encontro"
"Nem me fale", suspirei, "o encontrei hoje pela manhã, ele veio me pedir desculpa"
"Sério? E o que você falou?", me olhou interessada.
"Disse algumas coisas que o fez pensar, ele não pode estar achando que eu estou contente com isso", ela continuou me encarando, "mas o desculpei, não gosto de guardar mágoa de ninguém, você sabe", ela assentiu, "porém eu nunca irei esquecer a forma que ele falou comigo, ele me passou uma péssima primeira impressão, quando eu estava me esforçando ao máximo para ser gentil e fazer essa loucura dar certo"
"Mas ele pediu desculpas não foi? Então ele não deve ser tão ruim assim", falou, "você precisa entender que ele também irá se casar com alguém que não conhece, ele deve estar tão frustrado quanto você"
"É", pensei relaxando minhas costas na poltrona.
Luna conseguia ser bem racional as vezes, eu estava pensando só em mim, quando existe duas pessoas envolvidas nessa loucura.
"Mas isso não o impede de ser um...ignorante", me levantei, "um estúpido, um idiota..."
"Um gato", Luna me interrompeu.
"Um ga...espera, o que?", parei de falar e ela me encarou com seu típico sorriso, "Luna", peguei a almofada da poltrona e joguei nela que começou a rir.
[...]
"Ah, esqueci de mencionar que ele irá ficar aqui por um tempo", falei a minha amiga enquanto seguimos para o almoço.
"Como você esquece de um detalhe tão importante?", reclamou, "ele está aí?", apontou para porta da sala.
"Muito provavelmente, o pai também", resmunguei, "irão embora hoje, mas eu não sei quando ele volta", os guardas abriram a porta.
Cumprimentamos todos que estavam a mesa e fizemos uma reverência. Luna foi até a sua irmã para dar-lhe um beijo e voltou a se sentar ao meu lado.
"Você não me disse que ele era tão gato", se inclinou ao meu lado para sussurrar.
"Seja discreta Luna", murmurei.
"Você anda me escondendo muitos detalhes mocinha", revirei os olhos com um sorriso.
"Existem coisas que eu preciso evitar reparar"
"Não sabe o que esta perdendo, é literalmente um pedaço de mal caminho"
"Você anda muito abusada para o meu gosto", a olhei de soslaio.
"Com ciúmes do noivinho Grace?", sorriu.
"Vai sonhando"
[...]
"Por quanto tempo ele vai ficar quando voltar?", Luna me perguntou enquanto caminhávamos pelo corredor.
"Eu não sei, e nem me importa muito, visto que irei passar o resto da minha vida ao lado dele", respondi emburrada.
"Você vai morar no reino dele?", me olhou um pouco assustada.
"É o mais provável, ele vai ser o rei de lá, e eu a rainha", isso era algo que eu nunca cogitei ser um dia.
"Você vai me abandonar por um homem?", colocou a mão no peito dramaticamente.
"Eu nunca te abandonaria", ri a abraçando de lado, "Você não vai se livrar de mim tão cedo"
"Acho bom mesmo", falou convencida, "mudando de assunto ainda nesse assunto, vocês vão precisar assinar algum contrato ou algo assim?"
"Eu acho que não, já está bem claro as condições, ou eu me caso, ou não tem aliança, não precisa de um contrato para deixar isso explícito", resmunguei, "se eu desistir a aliança acaba, e isso pode afetar a população, e eu não posso permitir isso"
"Você será uma ótima rainha Grace", cruzou nossos braços e apoiou sua cabeça em meu ombro, "e no final, é ele quem sai ganhando, não é todo mundo que se casa com uma garota maravilhosa, esplêndida, inteligente e muito gata de uma noite para a outra", eu ri.
"Não sei o que seria da minha auto estima sem você", ela balançou os cabelos de modo convencido e viramos o corredor.
"De nad...", parou de falar quando quase nos esbarramos com alguém.
"Me perdoem", Josh falou.
"Alteza", Luna fez uma reverência.
"Eu achei que seria conveniente vir me despedir, já estamos voltando para Vermont", me olhou.
"Ah, boa viagem então", ele assentiu e Luna me deu uma cotovelada sutil, "digo...eu te acompanho"
"Hrum, obrigado", começou a andar ao nosso lado.
Luna chamou minha atenção levemente sibilando "gato" com os lábios. Eu revirei os olhos e ela riu, chamando a atenção do Josh, que continuou calado.
Passamos o resto do caminho assim, até chegar ao exterior do palácio onde um carro esperava e minha família estava na porta.
"Bom", Josh se virou pra mim, "até breve"
"Até", respondi simplesmente e ele se virou se despedindo de Luna, entrando dentro do carro.
Seria pedir demais para ele não voltar?
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Aliança Real - CONCLUÍDA
Teen FictionGrace Cooper sempre foi uma boa filha, uma boa irmã e uma boa princesa. Encantadora é a palavra que todos usam para descreve-la. Ou quase todos. Para ela estava tudo bem, tinha uma família incrível, dois sobrinhos sapecas, uma melhor amiga que sabia...