Grace Cooper sempre foi uma boa filha, uma boa irmã e uma boa princesa. Encantadora é a palavra que todos usam para descreve-la.
Ou quase todos.
Para ela estava tudo bem, tinha uma família incrível, dois sobrinhos sapecas, uma melhor amiga que sabia...
No meu segundo dia em Vermont só tive tempo para descansar depois do almoço, já que passei a manhã inteira resolvendo alguns assuntos.
Primeiro fiz chamada com as mulheres da minha casa, no caso, mamãe, Helena, Luna, tia Helisa e Carol.
Junto com elas também estava a cerimonialista do meu casamento, que foi contratada a pouco tempo. O intuito da ligação era justamente decidir os detalhes da cerimônia.
Mesmo que as coisas não tivessem acontecido da forma que eu queria, eu desejava que o meu casamento fosse lindo, seria o único que eu teria, e mesmo sem ter escolhido o noivo, eu iria fazer tudo da forma que um dia eu imaginei.
Não queria ficar perdendo tempo enquanto estivesse em viajem, poderia ir organizando os pequenos detalhes a distância e depois os maiores presencialmente.
Fiquei algumas horas em contato com elas, tinha acordado muito cedo, e a segunda tarefa do meu dia era contar com o Josh sobre o nosso casamento oficialmente no reino dele.
O pronunciamento foi feito aqui mesmo no jardim do palácio, e da mesma maneira. Chamaram um apresentador e transmitiram na TV.
Contamos a mesma história, fazendo as pessoas presentes suspirarem encantadas, acreditando que era verdade.
O momento mais constrangedor foi quando o apresentador simplesmente resolveu pedir uma demonstração de amor e carinho entre nós dois. No caso, um beijo.
No momento eu senti meu rosto esquentar de vergonha, e por impulso acabei escondendo meu rosto no peito do Josh, que estava sentado ao meu lado, sentindo sua mão em minha cintura.
Toda a produção do programa achou o meu gesto a maior cena de fofura, e para piorar, Josh resolveu falar "é melhor deixar as demonstrações de carinho para quando estivermos a sós"
Claramente que eu dei um tapa nele, fazendo todos a nossa volta rirem. Mal sabiam eles que esse pensamento ficou me perseguindo pelo resto do dia.
Depois disso tive o restante da tarde livre, e estava passando ela da melhor forma possível, sozinha em meu quarto evitando todo mundo.
Minha tranquilidade não durou muito, pois logo bateram na porta. Eu levantei da cama indo abri-la, e Josh se encontrava do outro lado, vestido como qualquer pessoa no dia a dia, calça, camiseta e óculos.
"Vem, vou te levar para um passeio"
"Oi?", perguntei confusa.
"Eu não te trouxe para você ficar o dia todo no quarto, vamos sair um pouco, vou te mostrar uns lugares da cidade"
"Ah Josh, estou com preguiça", bati com a cabeça no canto da porta.
"Nem vem, pega o que você for precisar e vamos logo", insistiu.
"Tá bom", suspirei indo pegar minha bolsa, meu celular e o óculos. Por sorte eu tinha trocado de roupa e colocado apenas um vestido branco de bolinhas pretas.
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