(3) Tündér - Peter Parker

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Os dias pareciam mais cinza a cada amanhecer, duas semanas se passaram desde o dia que S/n acordou e nada descobrimos sobre como iriamos tirar a maldição que Dark Angel havia colocado em S/n.


Thor juntamente com Carol Danvers, uma de nós agora, partiram em uma missão para Tündér a fim de conseguir ajuda dos pais de S/n para acabar com a maldição que sua irmã lançou. Enquanto resto de nos ficou aqui se revezando em cuidar da S/n e tentar arrancar informações da demoníaca Dark Angel.


Eu estava chegando ao extremo com aquela maldita, a cada dia S/n ficava mais triste e sem luz enquanto que a cada dia Dark Angel parecia mais feliz, como se a dor de S/n fosse sua fonte de prazer.



Entro no quarto de S/n correndo quando escuto um estrondo. Encontro ela caída no chão ao lado da sua escrivaninha com seus airpods na mão esquerda.


-S/n! - Com cuidado a levanto, analiso seu corpo e como não vejo sangue me tranquilizo mais, mas um pequeno hematoma vermelho surgiu em sua perna por conta da queda. - O que aconteceu minha flor?


-Eu queria escutar música, mas meus fones estavam na escrivaninha, não queria incomodar nenhum de vocês por algo bobo. - Seus olhos se enchem de lagrimas. - Eu achei que conseguira pega-los como fiz das outras vezes, mas... E-eu não aguento mais isso Peter. Não aguento mais não conseguir me locomover sozinha como outras pessoas...


Ela não termina a frase, mas eu sei o que iria dizer: como outras pessoas cegas. S/n se encolhe na cama ainda mais triste que hoje pela manhã. Isso era uma das consequências da maldição; não só sua visão foi roubada, sua alegria e vontade de viver também estavam se esvaindo aos poucos.


Passo meus braços ao seu redor, toco seu rosto com carinho sentindo sua pele fria. Tiro os fones da caixa colocando um em seu ouvido e um no meu, procuro em meu smartphone nossa música. Dou um pequeno sorriso quando seu toque começa, S/n reconhece imediatamente a música e vejo sua expressão triste ir sumindo aos poucos.



- "You work a little differently than anyone I've ever known"


"Você funciona um pouco diferente do que qualquer uma que eu já conheci" - Canto com graça essa pequena parte da música lembrando-me da primeira vez que a cantei para ela, há cinco anos atras.



Era uma quarta a tarde, voltávamos da educação física, Ned, S/n e eu. Paramos em uma pequena lanchonete e lá estava havendo um momento de karaokê, S/n e Ned tiveram a brilhante ideia de que eu deveria cantar - na realidade Ned inventou aquilo para zoar comigo e S/n gostou - e eu fui. Olhando lá de cima do palco S/n parecia ainda mais bela, senti meu coração disparar quando me lembrei de uma música que escutava diariamente e então entendi o porquê eu gostava tanto daquela música; me lembrava da garota de outro planeta por quem eu estava apaixonado.


Então eu cantei meus sentimentos.


"You've got a hold of me


I'm diving in head first


Hoping I could love you so recklessly


It hit me like a tidal wave I'm falling off


You got me hypnotized, mesmerized"


"Você me tem na palma da mão


Estou mergulhando de cabeça


Esperando poder te amar tão imprudentemente


Isso me atingiu como uma onda, estou apaixonado


Você me hipnotizou, encantado"



S/n se vira para mim, coloca suas mãos em meu rosto enquanto cantamos baixinho nossa música. Seu sorriso surge e meu coração grita de felicidade, faziam tantos dias que eu não via seu sorriso feliz.


-Eu te amo tanto, menino aranha. - Rimos do apelido que ela costumava me chamar quando nos conhecemos, dou um beijo suave em sua testa.


-Eu te amo, fadinha de luz.



***



Saio do quarto quando S/n pega no sono. Estava com sede então caminho até a cozinha, escuto um burburinho vindo de uma das salas no corredor, parecia a voz de Carol.


Me aproximo para escutar melhor.


-Eles se rejeitaram a pelo menos nos ouvir, mandaram somente um porta-voz dizer que eles só tiveram uma filha, a verdadeira herdeira do trono que horava seu sangue e povo.


Thor bate as mãos contra uma parede fazendo ela tremer.


-Aqueles malditos Tündérianos orgulhosos! - Steve tenta acalmar o deus do trovão que desaba em uma cadeira, cansado de tudo isso como todos nós.


Sinto meu sangue ferver ao escutar seu sorriso psicótico distante. A culpa de tudo aquilo era dela, da infeliz e mal amada irmã de S/n, Dark Angel.



Horas mais tarde



Algumas missões urgentes surgiram nessa tarde, parecia que o mundo inteiro precisou dos vingadores de uma só vez.


Vejo o senhor Stark alçar voo para a Hungria com Máquina de combate para resolver um problema com robores assassinos ou algo assim, os outros já se foram antes para outras missões. S/n ainda dormia por conta do remédio que tomava para dor, eu estava basicamente sozinho com a criatura que eu mais odiava naquele momento.



Abro a porta que dá entrada para o enorme salão onde Dark Angel estava presa na sua cela de vidro bem no centro.


-Terráqueo mutante! Ficou com saudades da irmã mais bela!? - Flutuando pela cela com seu sorriso sínico. Sinto meus músculos se tensionarem e minhas mãos cerrarem.


-Escuta bem o que eu vou te falar; - aciono o braço robótico de simyn, agarrando Dark Angel pelo pescoço de surpresa. - Se você ainda quer ser a rainha do seu povo idiota é bom ir abrindo a boca agora ou você vai ficar aqui por toda a sua longa eternidade sendo torturada por mim.


Ela fica surpresa, talvez até aterrorizada. Eu cansei do joguinho dela, de ver a mulher que eu amo se perdendo aos poucos enquanto essa desgraçada fica cada dia mais feliz.


Seus grandes olhos negros e opacos me encaram assustados, por alguns segundos ela se debate contra o braço robô. Então ela gargalha.


-Vocês humanos são tão patéticos... - ela enxuga a lagrima única que havia caído, parecia ainda mais presunçosa que antes. - Quando meus pais vierem me buscar, isso que vocês chamam de terra será dizimada.


-Você é tão iludida. - Dou um sorriso sarcástico para a fada das trevas. Abro o portão da sua cela e caminho calmamente até ela, por dentro meu sangue ferve de puro ódio.


Tiro do meu bolso a adaga dourada que ela portava, vejo o desespero tomar conta da criatura maligna.


-Sua família nunca virá lhe buscar. Seu tio, que você acreditava ser seu aliado, declarou a seus pais que você veio a terra se deleitar com um humano e esses como fizeram com a outra filha declararam sua desonra, e de bônus ele nos contou que somente sua morte poderia quebrar a maldição e salvar a vida de S/n.


-Você está mentindo! Meu tio nunca faria isso comigo, eu não sou uma desordeira como Star! - ela ri em desespero. -Eu sou a princesa Tündér humano insolente! Ninguém jamais me trairia, porque eu não sou uma desonrada como sua namoradinha, que traiu todo o seu povo para ficar com você; um humano insignificante.


Cerro meu maxilar, eu não consegui me controlar. Eu fiquei cego, agindo como um animal com sede de justiça. A última coisa que vi foi a criatura se transformar em pó e adaga desaparecer em uma explosão de luz.


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