Baque - Louis

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Julho de 2018

A noite está tomando conta da rua enquanto as gotas da chuva começavam a cair brilhando com a luz da lua.

A rua agora estava deserta e a única coisa a ser escutada era a batalha entre as gotas caindo e o som eletrônico da balada ao lado.

Caminho lentamente por um beco deixando que  a chuva levasse as lágrimas que teimavam em cair dos meus olhos, meu coração estava quebrado e parece que a mãe natureza também sentia isso.

  _S/n! - o ouço me chamar, não me viro, olhando-o pelo cantos dos olhos. Voltei a caminhar agora mais rápido, eu não conseguia ficar ali ouvindo sua voz. -S/n, por favor...
Minhas costelas apertaram-se em torno de meus órgãos, o ar estava se esvaindo dos meus pulmões e não conseguiria correr muito mais tempo.

Senti suas mãos segurarem meus braços, ele me virou para ele mas eu me rejeitava a encara-lo.
  _Me solta! - rosno mas ele fingi não me ouvir. - Louis me solta...
  _S/n, por favor... Eu preciso que você...

Meu sangue começou a ferver, as borboletas em meu estômago estavam atordoadas assim como meus sentimentos.
   _VOCÊ PRECISA O QUE?HMM? - grito olhando seus olhos azuis que agora estavam intensos como a noite. - PRECISA QUE EU PERDOE VOCÊ PARA SUA CABEÇA PESAR MENOS? OU QUE EU DIGA: "NÃO LOU, TA TUDO BEM. NÃO DOEU NADA VER VOCÊ DIZER QUE EU. NÃO. REPRESENTO. NADA. PRA. VOCÊ. PARA UMA MULHER QUE VOCÊ ACABOU DE CONHECER!"

Bato contra seu peito, estapeio seu abdômen com força mas ele não se defendia, o que fez eu me sentir muito pior. As lágrimas agora jorravam dos meus olhos de modo que nem a chuva  conseguia desfaçar.
Me desvencilhei dele voltando a caminhar sem rumo, só queria sair dali e de preferência nunca mais ver ele na minha frente.

  _Me desculpa... - sua voz era falha mas ainda audível. Parei bruscamente minha caminhada sem rumo, não voltei a olha-lo. -Eu não pensei direito no que estava fazendo... Mas isso dá direito de você agir da maneira como está agindo, sendo infantil.

Aquilo foi a gota d'água. Passei a mão pelo rosto tirando as lágrimas e respirei rápido.
   _Você, acabou de dizer que EU estou sendo infantil? - desta vez eu não gritei, tentava me concentrar em manter a calma e o controle das minhas ações. - VOCÊ que disse para uma garota que mal acabou de conhecer que EU não sou NADA na vida porque ela estava com ciúmes e EU sou a INFANTIL?

Tomlinson fez uma careta, ele sabia que tinha falado besteira mas agora era tarde. Não avancei novamente contra ele, apenas o disse uma última coisa antes de virar-me por completo e sumir dali;
   _Eu estive aqui em todos os seus altos e baixos, fui eu quem te segurei quando tia Hannah se foi... Mas já que eu não represento nada na sua vida diga pelo menos ao tio Mark e as meninas que eu sentirei saudades.

Soltei o ar preso em meus pulmões e atravessei a rua sumindo das vistas de Louis.

***

março de 2019

Não esperava voltar a Inglaterra tão cedo e muito menos  ver os Tomlinson tão tristes mas aqui estava eu, no enterro da menina mais meiga que já conheci.

A dois dias eu fui avisada por Gemma sobre a morte de Fizzy, aquilo realmente foi uma baque inesperado que desmanchou os degraus que eu havia construído na minha vida.

Desde aquele dia no ano passado eu resolvi me afastar de toda aquela vida midiática e todas as pessoas que pudessem ser motivo de maior sofrimento para mim incluindo todos os Tomlinson, queria redescobrir meus gostos pessoais e como era viver uma vida tranquila em um lugar calmo, então resolvi me isolar em uma cidadezinha litorânea na Ásia. Manti  contato unicamente com Gemma e a empresa na qual eu trabalho, não foi tão difícil fazer eles concordarem em manter o trabalho a distância afinal eu sou a gestora do financeiro da central.

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