01. Croissant

6.2K 465 796
                                    

16 anos nas costas e nunca fui em uma escola, mas me pergunte como eu aprendi alguma coisa, que eu te respondo, mãe, pai e professores particulares.

Não que eu reclamasse mas era estranho quase não sair de casa, nunca tive um amigo direito, podemos considerar um amigo, o filho de um amigo dos meus pais, mas ele já não é mais nada.

Mas era menos pior, meu irmão sempre me ajudou, mesmo ele sendo um pouco mais velho, nós sempre nos demos bem e cuidamos do outro, posso dizer que é o único amigo de verdade que tenho.

Mas aqui estou eu, um país desconhecido sem conhecidos, o máximo que tenho é contatos do meu pai, minha mãe morreu doente, não sabemos o que foi mas eu simplesmente guardei, fui chamada de egoísta e insensível pelos parentes, mas meu pai e irmão nunca me julgaram.

Invés disso eles sempre me ajudaram a não manter triste e dar um sentido pra minha vida, mas quando completei 16 anos pedi pra me darem uma chance de viver sozinha, eu segui os passos da minha mãe e vim pro Japão, aqui ela conheceu meu pai e eles se casaram.

Não que eu esteja procurando um marido, mas sim um sentido pra viver, eu só não morri mas estou sem viver, meu pai me deu essa chance e me deixou vir pra cá.

Entrei em uma escola por causa dos contatos do meu pai, Inarizaki, uma escola particular bem famosa e segura, como meu pai diz, melhor garantir minha segurança.

Entrei na sala 2-B, a turma de letra B é a sala que tem possibilidade de ir pra sala A, e dois é de segundo ano, onde eu me encaixo, não que eu não seja inteligente mas decidi descansar um pouco, já estudei muito, meus professores eram muito bons mas eram massivos.

Mas enfim, aqui estou, pegando um metrô? me disseram que é isso, e indo pra escola, até que a roupa é bonita, mas eu prefiro calça do que saia, mas dá pro gasto.

Chegando na escola eu já fui procurando a sala, depois de conversar com o diretor e ele me dar as boas-vindas eu sai a procura da sala.

— Você está perdida? quer ajuda? — um menino me parou e eu assenti sorrindo.

— E-eu sou nova aqui, onde fica a sala 2-B? — perguntei e ele sorriu me chamando.

— Você é de onde? seu sotaque é bem legal. — ele me elogiou e eu ri fraco.

— Sou francesa, meu japonês tá enferrujado então não é tão bom assim.— ri e ele negou.

— Eu achei bom, eu sou Shinsuke Kita. — ele se apresentou com uma reverencia e eu congelei.

— Eu sou S/n Renouard, prazer Kita. — falei e ele sorriu me mostrando a porta.

— É aqui sua sala, a minha é a do lado, até uma próxima Renouard-san. . — falou e eu acenei entrando na sala.

— Licença, desculpe atrapalhar mas eu sou a aluna nova. — abri a porta e entrei na sala, o professor já estava lá.

— Pode entrar senhorita, seja bem-vinda a nossa escola, se apresente. — ele falou sorrindo e eu assenti indo até a frente da sala.

— Eu sou S/n Renouard, e sou da França. — falei simplista e ele riu baixinho.

— Garotos, cuidem da sua colega francesa, pode se sentar senhorita. — ele falou sorrindo gentil e eu fui me sentar em um lugar vago no fundo da sala.

A aula voltou ao normal, mas o professor mandou eu me atualizar que já tinha algumas matérias e pediu pra representante de classe me ajudar.

— Bom dia Renouard-san. — ela se sentou do meu lado e eu sorri.

𝘽𝙀𝙎𝙏 𝙋𝘼𝙍𝙏 | SUNA, rintarōOnde histórias criam vida. Descubra agora