Ali estava eu no quarto do hospital ouvindo os sermões do meu enfermeiro, mas não conseguia me concentrar, minha cabeça encontrava-se em outro lugar...
- Você consegue me ouvir? - O enfermeiro acena com a mão na frente do meu rosto, a fim de que eu prestasse atenção nele.
- Uhum - Encarei sua figura rude e de idade avançada, eu acenava afirmativamente com a cabeça, dando a entender que ouvia as suas palavras, porém o meu pensamento estava único e totalmente dominado pelos momentos que tive a pouco com Mark, principalmente a tensão que se instaurou durante o nosso momento de abraço.
O enfermeiro, me olhando de soslaio, continuou a falar e dessa vez eu prestei atenção.
- Você ficará aqui mais uma noite em observação, vi na ficha preenchida por sua mãe que você é estudante, portanto terá um atestado de três dias. - uma pessoa normal acharia isso ótimo, mas eu odiei isso, pois o tempo que passava à noite na faculdade distraía minha cabeça dos problemas de casa. - Ok, tudo bem. - respondi ao homem.
- Caso sinta muitas dores de cabeça, enjoo ou tontura, não hesite em me chamar. - concordo mais uma vez com ele, que acena sua cabeça em despedida e deixa a sala.
"Finalmente em paz" - pensei comigo mesmo, aprofundando-me no colchão e relaxando meu corpo tenso. Minha cabeça girava um pouquinho, mas não me incomodava muito. O que realmente me incomodava era minha mente focando na saudade, na lembrança e no sentimento de tensão que Mark Lee deixara dentro de mim.
[...]
Depois de uma noite de sono mal dormida, algumas instruções do médico, receitas de remédios e afins, vesti as roupas limpas que minha mãe trouxera a mim e finalmente fui liberado, mas nada feliz em voltar para casa, pois eu sabia que o pior estava por vir.
Quando saí do hospital vi o carro da mãe esperando por mim, voltamos para casa normalmente, apesar de perceber que Dona Estela estava mais silenciosa que o normal. Chegando lá, ela me tratou super bem, preparamos um café para nós e conversamos durante o dia inteiro, minha cabeça às vezes doía ao tentar recordar os momentos que ocorreram no domingo passado, mas depois de uma dose de remédio, eu voltava a ficar bem. Além disso, ao ler as mensagens no meu celular, vi que Lucas, Taeyong e Jungwoo me confortavam com lindas mensagens, o que me deixou mais animado. Eu poderia até estar me perguntando o porquê de não me sentir triste ou aflito com o sumiço de Jeno, mas eu nem precisava me prestar a esse serviço, o motivo era mais que óbvio.
Minha cabeça só pensava no essencial, Mark Lee.
Conversa vai e conversa vem, o dia passa rapidamente para mim, quando estava perto do horário do meu pai chegar do trabalho, notei que minha mãe parecia preocupada, mas não me atrevia pergunta-la o motivo da sua aflição.
- Filho, você me ajuda a lavar a louça? - Ela pergunta enquanto estava distraída olhando quais horas eram no relógio.
- Claro! Vamos. Eu lavo as louças enquanto você seca, pode ser? - ela me olhou e respondeu que sim, balançando a cabeça afirmativamente.
Entre uma louça e outra, o barulho da água caindo nos objetos me incomodava, minha mãe estava quieta demais, tão quieta que fiquei ansioso, a ponto de perguntar a ela se havia algo que queria me dizer.
- Quer me perguntar algo, Dona Estela? - perguntei a encarando, ela mantinha a cabeça baixa observando uma xícara que estava secando.
- Então filho... - ela diz apreensiva, tentando encontrar as palavras certas a me perguntar - o que você achou do padre Mark? - um garfo que eu ensaboava naquele momento desliza da minha mão e cai na pia, fazendo um barulho alto. Minha mãe poderia não perceber aquilo, mas sua pergunta me deixara muito surpreso e nervoso.
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Like a prayer - Markhyuck (Very Slow Update)
Fanfiction- Promete que você vai me visitar na Igreja quando sentir que precisa de mim? - Mark faz o pedido com uma voz manhosa. - Eu prometo. - digo a ele, mesmo sabendo que odiava frequentar igrejas. Mark sorriu, virou as costas e saiu, deixando um vazio no...