Harry - Trilogia Irmãos Trevelyn 2

Capítulo 14 ▪ Bônus

Victoria Trevelyn

Estou confusa e tentando entender o motivo por trás do pedido de Harry, o homem praticamente implorou para que deixasse ela acreditar que fossem namorados.

A verdade mesmo é que ele a quer e não sabe lidar com isso, agora que ele achou que a mesma morreria naquele acidente tomou vergonha na cara e está usando a amnésia a seu favor.

Harry não é um cara mal, mesmo tendo brincado com os sentimentos da minha amiga depois de um tempo entendi que ele a distanciava dele a qualquer custo. Sempre soube que todo esse bom humor dele escondia alguma coisa por dentro e hoje acho que mascara um menino indefeso que não sabe lidar com sentimentos.

Mas a minha dúvida real é de ela se lembrar de tudo e como vai ser depois.

Eu sei que ela o ama, mesmo escondendo esse sentimento com muito trabalho e tentando voltar sua vida de antes. Sei que se ele virasse homem de verdade ela o aceitaria mesmo com sua bagagem de vida e todos os problemas que tiveram, não sem antes claro o fazer implorar por que ela não é nem doida de o aceitar de mão beijada.

- O que tanto pensa? - Sussurra em meu ouvido.

Vim conhecer a tal sede da máfia hoje e o lugar é enorme. Nem acredito que demorei meses para saber que isso tudo aqui existia, porém nada que belos orgasmos não me fizessem o perdoar como também o início do meu treinamento, quero ver o que eles fazem por aqui.

- Estou com medo dela se lembrar de tudo e não olhar na minha cara mais, e sei que estaria com toda razão, eu estou mentindo. - Rebato sentada em seu colo.

Se antes tivesse o fetiche de transar com um CEO em seu escritório ele foi realizado hoje e ainda não deixei tirar o terno.

- Ela não vai deixar de falar com você, até por que você concordou com isso sabendo que ela ficará mais segura do lado dele depois desse atentado, que ele não a deixará sozinha. - Murmura. Harry precisava de algo pra notar seus sentimentos, ele a perdeu uma vez por pura estupidez, agora está aproveitando a oportunidade, no lugar dele eu faria a mesma coisa.

- Mas e se ela lembrar de tudo? - Questiono levantando a cabeça e olhando pro meu lindo mar azul que dá de ombros.

- Então será divertido ver ele como um cachorrinho atrás dela, do mesmo jeito que ele fala que sou com você.

- Você não presta.

- Meu lado carinhoso é somente pra você meu bem. - Me dá um beijo rápido. - Mas agora preciso ir.

Bate na minha coxa de leve insinuando que me levante e o faço indo de encontro as minha roupas que estão jogadas pelo lugar. Quando viro encontro o bonitão todo arrumado, nem parece que acabou de foder, como pode isso?

- Precisa de ajuda pra limpar a baba? - Fala divertido indicando minha boca com a mão e sou obrigada a revirar os olhos.

- Convencido.

- Como você.

- Posso assistir? - Peço como uma criança com direito a bico.

Ele demora alguns segundos analisando meu pedido com aquele olhar indecifrável que só ele tem, aproveito da situação para me aproximar e acariciar sua nuca dando um beijo quente e delicioso em seus lábios apetitosos.

- Em silêncio. - Ordena e sorrio animada.

- O que mandar Dom. - Sussurro e vejo seu maxilar endurecer enquanto sua mão aperta forte minha bunda sobre a calça.

- Não me tente. - Ele morde meu queixo antes de se afastar mantendo o controle.

- Dimi, por que não faz isso sempre? - Questiono antes de sairmos da sala e ele me abre um sorriso convencido.

- Sou o chefe amor, depois de anos não preciso sempre ser eu a sujar as mãos, tenho homens pra isso, ou como no caso do sequestro tinha você precisando de extravasar o ódio. Mas as vezes é bom relembrar e deixar os outros saberem por que eu sou o Dom.

- Isso foi muito sexy. - Digo perto dele que fecha totalmente a expressão abrindo a porta e apoiando a mão sobre minhas costas.

- Então mais tarde te mostro seu Dom na cama. - Sussurra em meu ouvido e me arrepio por completo.

Oh homem gostoso que eu encontrei.

Andamos pelo lugar e como sempre todos os olham com respeito, quase fazem uma reverência pro cara. Já outros nem olhavam como se tivessem medo. É difícil entender que existem dois Dimitris, assim como existe dois de cada homem da família.

Descemos até o último andar e depois de passar por um longo corredor com duas trancas acessadas por senhas chegamos em um cirulo onde tinha seis portas com um soldado em uma delas que estava a vigiando.

- Dom. - Cumprimenta e não recebe nada em troca por isso somente abre a porta.

Dimi entra estalando os dedos e tirando o terno preto e caro o deixando lentamente em uma cadeira ao lado da porta. Sem falar nada alça as mangas da blusa social se posicionando em frente a um dos homens que foi o responsável pelo acidente de Harry e Ariane.

Fico sentada na cadeira onde está sua roupa e vejo três soldados no fundo da sala vindo em sua direção jogando água, creio que gelada sobre o rosto do homem o acordando mas seus olhos estão tampados por um pano preto.

- Olá. - Diz como se não estivesse preste a torturar o homem.

- Mais um babaca pra me socar? Não vou falar nada. - Diz cansado tentando não perder a pose de machão mesmo seu corpo estando todo debilitado e marcado por ter sido agredido dia após dia em que está aqui.

- Não, não, depois de cinco dias sem ver e ter um som constante na sua cabeça eu resolvi vim em pessoa lhe visitar.

- Quem é você? - Pergunta receoso.

- O diabo. - Sussurra perto do seu rosto sem encostar nele.

Um machado é posto na sua mão e um soldado acerta o homem com uma arma de choque, enquanto ele ainda se treme Dimitri acerta o machado em seus dois joelhos fazendo o som do seu grito ecoar pelo ambiente.

Ele passa o objeto pela coxa do homem subinos pela barriga e peito o vendo estremecer e sem piedade lhe acerta na coxa direita antes da eaquerda deixando o objetivo ali.

Outro choque percorre seu corpo e um balde de água é jogado sobre ele, o homem está quase agonizando e está claro que dalí não sai nada me frustrando mas Dimi permanece o fazendo sofrer até o último segundo conseguindo lhe rancar uma frase.

- Sta venendo a prenderla. (Ele está vindo buscá-la) - São suas últimas palavras.