Capítulo 25

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Estou me sentindo normal novamente e isso é extremamente bom.

Lembra-me de momentos fáceis em que apenas me arrumava para sair pela noite e me divertir ou me encontrar com alguém. Remete a tempos normais entretanto não mudaria nada pelo que tenho hoje.

Apesar de absolutamente tudo eu sou mais feliz, mesmo não podendo contar para minha tia toda minha nova vida eu ainda sei que ela está ali por mim, porém também descobri muitas outras pessoas que mesmo levando vidas completamente malucas eles entraram no meu coração.

Como boa amiga que é Vic me ajudou a escolher a roupa certa até por que ela é mais acostumada a isso do que eu. Com um vestido frente única escuro possuindo listras discretas mais claras por todo ele até a barra onde se abre em um babado sutil acima dos joelhos sendo a única parte descolada do corpo, os cabelos num coque simples e uma maquiagem mais natural deixando o grande decote nas costas chamando toda a atenção além dos scarpin com fechamento de tira nos tornozelos.

 Com um vestido frente única escuro possuindo listras discretas mais claras por todo ele até a barra onde se abre em um babado sutil acima dos joelhos sendo a única parte descolada do corpo, os cabelos num coque simples e uma maquiagem mais natura...

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- Uau... você está linda. - Sorri assim que me viu retirando as mãos do bolso para passar pelas minhas costas.

- Você também.

- Eu sei que sou gato morena. - Reviro os olhos me lembrando de com quem estava falando.

- Claro que sabe.

- Vem.

Dessa vez estávamos com Dom dirigindo enquanto sentamos no banco de trás e apenas desfrutamos do silêncio, o que era até estranho estando próximo ao homem do meu lado. E é claro que um restaurante do seu mundo seria algo chique e requintado não é mesmo. Meu querido acompanhante nem ao menos falou nada, apenas apareceu e fomos levados a uma mesa na lateral tendo uma vista linda da cidade iluminada.

- O que vai escolher?

- Não faço idéia. - Digo olhando o cardápio a minha frente. - Mas com certeza preciso beber algo.

- Somos dois. - Ele olhou para algum lugar e do nada surgiu o homem de volta ao nosso lado. - Vinho, whisky, drinks?

- Vinho, você sabe do que eu gosto.

No fim acabamos pedindo vinho para ambos e o cardápio do chefe que não faço idéia do que seja mas segundo Harry são pratos sincronizados desde a entrada a sobremesa. Tento manter a conversa fixa apenas nele falando sobre coisas leves, os últimos meses ou histórias de infância sem lembrarmos dos acontecimentos pesados que me aterrorizam no momento enquanto apreciavamos nosso jantar, entretanto eu sinto milhões de olhares em nós dois.

- Por que tem muitas pessoas olhando para nós dois? - Pergunto baixo.

- Finge que não estão aqui. - Disse indiferente.

- Meio difícil. - Resmungo.

O gosto amargo toma conta de mim quando noto três a quatro homens sendo dois acompanhados de suas respectivas - aparentemente - esposas me encarando descaradamente e quando percebem que eu os vi soltam sorrisos maliciosos, obviamente me reconhecendo da boate. Nas poucas festas em que fui isso também ocorreu mas não me deixei levar por que vamos combinar, eu estava com os Trevelyn então quem eram eles para me criticar? Porém um sentimento bem ruim está dentro de mim notando Harry tendo aquele olhar frio.

- Vamos? - Diz tentando ser suave mas não conseguindo muito.

Tento entender seu braço envolta de mim quando me ponho de pé, ele está frio comigo ou com os outros?

- Não liga para os olhares. - Sussurra beijando meu pescoço enquanto saíamos.

●●●

- Senta aqui. - Peço o empurrando para uma cadeira que arrastei da sala de jantar

Não troquei muitas palavras durante o caminho até sua casa, eu disse que as coisas seriam do meu jeito agora, ao menos quando estivéssemos a sós e quero ter certeza que aquele olhar frio era para os homens nojentos que me olhavam junto de seus ciúmes, no momento preciso de respostas e sou ótima em usar a sedução quando quero.

- O que vai fazer?

- Te testar. - Sussurro em seu ouvido abrindo os botões de sua blusa após retirar o blazer deixando seu torço exposto. - Lembra que agora seria do meu jeito?

- Uhum. - Murmura segurando meu quadril.

- Então não me toque e nem se levante. - Ordeno saindo de seu lado.

Me aproximo do pequeno bar que ele tem nessa área da casa tirando um copo e enchendo de whisky antes de o entregar. Como estávamos próximos a sala o deixei com espaço suficiente para eu ter alguns metros livres a sua frente, peguei seu celular o desbloqueando com a senha que já decorei e o sincronizando com o som que adorna toda a casa escolhendo uma música que bem conheço antes de soltar os cabelos.

Paro na sua direção com menos de um passo de distância o vendo tomar sua bebida de um jeito mais do que sexy enquanto retiro o laço superior do vestido deixando sua frente cair apontando meus seios desnudos antes de o tirar ficando apenas de calcinha preta assim como as meias três quartos e os saltos.

Será a primeira vez que vou dançar sem nada tampando meus seios para alguém, mesmo na boate nunca fiquei nua ou fiz topless, roupas curtas sim mas nada além disso.

Círculo seu corpo escutando a batida sensual passando a mão sobre seus ombros antes de desfilar de costas para fora de seu alcance ficando a quase dois metros de distância remexendo de acordo com o toque da música, relembrando a coreografia que fiz tantas e tantas vezes enquanto eu sabia que esses mesmos olhos azuis estavam me assistindo na penumbra.

Rebolo, sensualizo, jogo meus cabelos, vou ao chão numa perfeita sincronia a cada batida, ficando de costas pra ele com as mãos apoiadas no piso de madeira movimento minha bunda em sua direção, jogando as pernas num movimento calculado, quase que pronto para hipnotizar qualquer um. Depois de cair sobre os meus pés e simular a posição de quatro com a maior cara sensual que consigo mordendo os lábios em sua direção me levanto voltando ao seu encontro.

Sentada sobre seu colo me movimento como se estivéssemos transando ainda de roupas firmando a mão sobre seu ombros jogando o cabelo para o outro lado requebrando em seu membro sabendo que sua sanidade está se esvaindo pelos suspiros roucos.

- Você me enxerga além de uma dançarina de boate? - Sussurro.

Levo suas mãos obedientes que ficaram longe para o meu quadril onde ele aperta forte pressionando meu corpo ao seu encontro.

- Tem certeza que quer lidar com os olhares por você não estar com ninguém do seu meio e sim com alguém do meu? Uma ex dançarina? Você vai aguentar todos os julgamentos?

Quando não podia colocar mais o dedo na ferida fui longe proferindo as palavra que ele um dia usou pra mim.

- Você é Harry Trevelyn, o subchefe da Máfia e vai ter um relacionamento com a antiga dançarina da boate da Família? Um dia disse que isso nunca aconteceria e agora tem certeza da sua decisão?

- Eu era um babaca e que se foda o que todos acham. - Afirma sério segurando meu maxilar com a medida certa de força forçando-me a encarar. - Eu me segurei para não matar aqueles babacas que ousaram em te olhar Ariane, e apartir do momento que aceitar expor o que temos vou matar qualquer filho da puta que ousar a falar de você.

- Eu acredito nisso.

- Então me aceita?

- Está quase lá querido, mas por hora... - Me movimento sobre seu colo puxando o tecido de sua camisa com violência sobre os ombros. - Pode apenas me satisfazer.

- Com muito gosto. - Sorriu malandro antes de atacar minha boca.

●●●

Olha, estou empolgada com o final dessa história, o que estão achando?

Pretendo terminar esse livro se possível esse mês ainda com capítulos ainda aos domingos e um ou dois durante a semana sem dias certos!

Bom domingo pessu

Harry - Trilogia Irmãos Trevelyn 2Onde histórias criam vida. Descubra agora