Me Beije ou Me Mate | sasusaku;

Capítulo Dezessete

— Isso funciona muito bem — Naruto elogia, dedilhando o display, estapeio sua mão para que pare. — Foi da sua tutora?

— É da minha tutora, prometi que iria devolver — ele sorre assentindo. — Ótimo, o lugar não é tão longe, só estamos à alguns minutos de lá, essa nave é veloz.

— Qual é o nome da cidade? — Sasuke questiona estressado. Ele pilotava bem, mas parecia sem prática. Estava tendo dificuldades com os controles e se estressou por eu me oferecer a tomar seu lugar, alegando ser capaz de prosseguir.

— Ame... Amegakure! — respondo incerta.

— Vila oculta da chuva — Naruto traduz, com uma expressão esquisita.

— Hum — o moreno resmunga.

— Vocês conhecem? — e esse nome me era familiar.

— Foi aqui a última missão de Jiraya... — oh, sim! Como pude esquecer?!

— Eu vou, já decorei as rotas e... — me adianto, imagino que estar aqui já seja doloroso demais para ele. Sasuke apenas se concentrava no caminho.

— Não — o loiro me interrompe. —, eu irei, conheço tudo aqui como a palma da minha mão.

— Mantenha o foco. — É tudo o que Sasuke diz.

— Eu trouxe a minha moto, você não vai saber pilotá-la... — aciono a porta que dava para a pequena garagem.

— Eu sei pilotar ela, relaxa, Sakura-chan! — o encaro boquiaberta.

— Você pilotou minha moto? — cruzo os braços tentando manter a calma.

— Ressentimento faz mal ao coração, Sakura-chan — ele coça a nuca sem graça.

— Maldito... — escolho lhe dar às costas. Sigo até a cadeira ao lado de Sasuke, checo as horas. — Se prepare, vamos pousar tempo o suficiente apenas para você sair, foque no que precisa fazer e nada à mais que isso. Apareça no local combinado assim que concluir a missão.

— Entendido. — ele desce para o cômodo de baixo. Ele não levaria nenhum meio de comunicação, estaria por conta própria durante a missão. Se ele sofresse algum tipo de emboscada, não daria para nos rastrear, esse era o ponto.

— Acha que já está bom? — olho para o moreno ao meu lado, preocupada por ele já estar parando o veículo, ainda estava muito alto para ele pular. Minha moto não poderia sofrer tanto impacto, ela era preparada para isso, mas eu ainda tinha um apego forte por ela. Montei ela inteira junto de Kakashi, foi um lance significativo.

— Irritante... — sussurra, concentrado. Reviro os olhos e sigo até onde o loiro já estava posicionado.

— Acelera tudo, e incline seu peso para trás, para não capotar. — Pouso minha mão no botão que abrirá a porta.

— Me pergunto se você está preocupada mais com a moto do que comigo... — ele ri, e então o motor range feroz.

— Você não é tão burro quanto pensei que fosse — brinco, apertando o botão. O vento forte bagunça meus cabelos. — VAI! — e então ele salta. Fecho a porta imediatamente. Volto rapidamente para perto de Sasuke, observando que meu amigo idiota havia conseguido pousar sem problemas, indo com tudo em direção à pequena vila.

          A missão dele era simples, ele precisava entrar em contato com um antigo informante de Kakashi, essa pessoa iria nos dizer se sabia algo sobre o que estava havendo entre os Uchihas e Senjus. E se eles concordassem em nos ajudar, talvez teriamos mais chances de achar ao menos a localização exata de Rin. Ficariamos nos limites de um pequeno vale vizinho, ao lado sul da posição em que Naruto foi deixado.
          Eu teria tempo o suficiente para aprender melhor a configurar o pequeno aparelho de Tsunade, um software capaz de localizar qualquer coisa, com as informações corretas. Tudo o que precisávamos fazer era lhe dar um padrão, e o programa estudaria o ritmo e reconheceria os passos, nos dando um ponto de partida. Nossa tarefa se resumia em reunir cada informação que pudermos, das mais básicas às cruciais. E em poucas horas teríamos uma direção para seguir. Estávamos apostando tudo nessa merda!