Capítulo Onze

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          Quarenta e duas horas sem dormir. Apenas eu, Sasuke e Kakashi, estávamos aguentando no momento. Naruto havia começado um cochilo inocente na outra poltrona da sala. Eu estava ao seu lado, ouvindo sua respiração calma, enquanto não desgrudava os olhos da grande tela conectada à um computador, que estava presa no meio de uma grande parede.
          As setenta polegadas cobria um rastro de uma aldeia.
          De acordo com as informações adquiridas do smartphone do homem que me fez companhia à algumas horas atrás, os Uchihas estavam na base do País do Raio, e a última mensagem recebida tinha vindo de uma pequena cidade ao sul do daquele País. Tentávamos nos comunicar com o Raikage, mas enquanto o Kazekage cuidava disso, nós trabalhávamos com o plano B da missão: Comunicação.
          Assim como Temari se expressou antes, Gaara quis tentar um acordo com os Uchiha, uma união de forças, com só apenas um objetivo, salvar a Rin e seu filho ainda no ventre. Nada além disso. — Se nossa comunicação com a Facção Uchiha for estabelecida, nós saberemos exatamente onde eles estarão, pois caso recusassem, teríamos que tentar um bate-papo cara à cara. O que não poderíamos fazer é desistir.

— Talvez já estejam cientes que o celular dele foi roubado — comentei, encarando o aparelho que só fazia chamar há horas.

— É claro que sabem — o moreno, bebendo mais um gole de café, respondera.

— Eles devem estar pensando em alguma proposta. — Kakashi esfrega os olhos. — Ou ainda analisando a própria situação. Eles podem já estarem à par da traição.

— E se eles pedirem pra você comparecer? — questionei à ele. O grisalho levanta o olhar dramaticamente.

— Qual sua preocupação?

— Obito teria motivos para não garantir sua segurança? — dessa vez, até o Uchiha do recinto o encarou, esperando junto à mim a sua resposta.

— Claro que não. — Sasuke troca olhares comigo. Ele também lembra. — Podemos não nos darmos tão bem sempre, mas sabemos a hora de falar sério. E o mais importante no momento é a segurança de Rin e o filho dele.

— Saber disso nos deixam mais tranquilos, Hatake. — Ele dá de ombros. A porta da sala e batida duas vezes, e então é aberta. A imagem de Kankuro me surpreende, fazendo meu coração saltar no peito. Seus olhos, após varrerem a sala rapidamente, cravam em mim por alguns segundos, antes de ditar algo.

— Posso falar com você, Haruno? — não era um pedido. Me adiantei, quase pulando da cadeira. Sai da sala, a deixando fechada. Não sabia o que este homem queria comigo. Ele andou alguns passos no corredor, depois ficara me observando. Suas mãos abriam e fechavam várias vezes. Eles estava nervoso? — Não preciso ser esperto pra saber que está do lado do meu irmão.

— Eu só consigo pensar na Rin e o filho dela o tempo todo, nada para mim é mais importante que a segurança de ambos, entenda...

— Eu entendo. Eu disse isso por que sei que você é diferente de mim. Sempre foi. — Deu uma passo em minha direção. — Não vou tentar nada, Sakura.

— Do que está falando? — ele respira fundo.

— Estou disposto a seguir o que acharem correto — seguro o ar no peito. —, esperarei que Rin esteja segura. — Ótimo, isso é realmente ótimo.

— Porque mudou de ideia? — dou um passo até ele.

— Também tenho um pouco de humanidade em mim, Sakura. — E ele mais um passo. Deixo um sorriso singelo contagiar meus lábios.

— Eu nunca disse que você não tinha. — Ele solta um riso nasalado. — Você só é mais durão que eu, um pouquinho!

— Só um pouquinho? — mais um passo, mas não sei se foi o meu corpo ou o dele que se movera. Assenti em resposta, e ele apenas pisca, depois correr os olhos por todo o meu rosto. — Espero que tudo isso acabe de uma vez.

Me Beije ou Me Mate | sasusaku;Onde histórias criam vida. Descubra agora