Capítulo IX

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Para que as pessoas gostem de você, deve dizer aquilo que elas querem ouvir.

Um ser humano, mesmo que extremamente nervoso, não consegue não se sentir nervoso em algumas situações, o sentimento pode ser camuflado, com imensa previsão, mas o coração acelerado e a garganta seca, são sensações que afetam qualquer um.

A esse ponto, eu já estava perdida, não sabia se dizia a verdade. Sobre o Drogo, o frasco, a morte, a minha conversa com a mulher... Estava completamente confusa e com medo.

- senhor eu não estou mentindo. Eu estou lhe contando a verdade! - tento falar sem tremer, e segurar as lágrimas que estão presas, prestes a serem derramadas.

- eu não disse que estava mentindo, apenas afirmei o fato de estar escondendo algo de mim, senhorita Adams.- ele não vai desistir.

Aperto as minhas mãos entre as pernas, o lugar ficou bem mais gelado, já era um pouco desconfortável no início, mas agora a minha única vontade é de correr e não voltar aqui nunca mais.

- o que quer saber? Senhor, eu já lhe contei tudo!- minhas unhas estão começando a machucar as minhas mãos, e estou começando a soar, apesar do frio que estou sentindo.

- a quanto tempo trabalha aqui?

- aproximadamente 3 anos.- essa foi fácil de responder.

- qual a sua idade?- que perguntas são essas?

- tenho 24 anos.

Ele me encara, e parece convencido da minha resposta, parece estar me testando, para ver se conto alguma mentira.

- o senhor tem minha ficha, pode conferir.- estou tentando parecer mais convincente.

- sei disso.

Sua secura nas palavras chega a me magoar, quase.

- o senhor precisa de mim para mais alguma coisa?

- não, obrigado pelo seu tempo.

Eu me levanto, tento ir bem devagar, mas não consigo, eu praticamente corro até porta para sair, e antes que eu possa tocar nela, o Clark fala:

- a senhorita trabalha até qual horário hoje?

- 19h, senhor.

- venha para o meu escritório novamente, nesse mesmo horário por favor. - ele já estava de pé, admirando a vista pela sua janela.

- sim senhor.

Abro a porta, e o Gonzales está de frente a ela, encostada no corredor.

- não se preocupe senhorita.- ele afirma, mas de forma discreta e bem reservada.

Isso me acalma um pouco, não sei o motivo, mas acho que posso confiar no Gonzales. Dou um leve sorriso e sigo meu caminho de volta até o meu departamento de trabalho.

Assim que chego lá, o Drogo me avista e me chama, para ir até a sala dele. De relance, vejo um olhar irritado do Matt, ele não parece gostar dessa situação.

Meu assassino BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora