Capítulo V

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Com o amor, se ganha o ódio. Mas com o medo, se ganha a morte.

Sento no banco de couro preto. O cheiro é delicioso, com um aroma de novo, e um leve toque masculino, deve ser por causa do perfume que ele usa.

Ele adentra o carro e liga o motor, mas antes de dar partida, pergunta se eu não me esqueci de nada. Nego, afinal, estamos com o tempo "apertado", e estou igualmente faminta.

Seus olhos claros me observam por alguma segundos, ele parece tentar adivinhar o que está se passando pela minha cabeça. Não gosto que façam isso, mas estou prestes a comer num restaurante provavelmente caro, e acompanhado do meu belo chefe.

Ele da partida, e acelera, me empurrando levemente no banco de trás. Meu leve susto parece ter sido causado de propósito, porque ele da uma leve risada.

- se assustou?- se ele não fosse meu patrão, teria dito que isso foi absurdamente infantil.

- claro que não, eu já esperava por essa.- tenho o dom da mentira, sou boa nisso.

Depois disso, instala-se um silêncio, mas ele não é desagradável, a atmosfera é leve, comigo olhando a janela e apreciando o olhar das pessoas no carro passando. Sim, eu estou pensando nas pessoas me observando nesse carro, acompanhada de um homem me levando pra comer.

Eu preciso voltar a realidade, seu patrão está sendo gentil, ele apenas que te levar pra comer, porque ficou com muita pena da sua cara de idiota trabalhando no projeto sozinha.

Apesar de me forçar a isso, não consigo não me alegrar com a situação. Bom Sarah, você é um caminho sem volta.

Cruzo as minhas pernas, s esse movimento não parece passar despercebido.

- está nervosa Sarah?- ele questiona com seu olhar fixo na estrada, mas apesar do tom sério ele está relaxado.

- com tudo o que tem acontecido, achei que é natural, certo?- respondo olhando pra ele.

Ele morde o canto da boca, um sinal de que está refletindo a respeito.

- pra ser sincero, sim é normal. E espero que te lavando para comer te ajude a relaxar, afinal, vi que você estava muito tensa nesses últimos dias.

Claro, um cara se matou, e eu vi ele pela última vez no mesmo dia do ocorrido, e o meu chefe se repente me chama pra tomar café da manhã e o almoço junto comigo.

- ah, obrigada por isso Drogo, é muito gentil da sua parte...- estou com vergonha e provavelmente parecendo uma menina do colegial dando a primeira declaração ao menino que gosta.

Poucos minutos depois, chegamos no restaurante, e que restaurante! Estamos num clássico japonês, onde sabe que não vai se satisfazer sem pelo menos pagar um salário a algum funcionário. Nunca comi naquele lugar, mas para ser sincera, era minha paixão secreta.

- espero que goste de peixe, caso contrário, te levo para um restaurante italiano...- ele começa, parecendo meio preocupado, pois, né todos curtem esse estilo de comida.

Mas eu amo, então apenas aceno muito feliz com isso.

Ele ri, vendo a minha cara de felicidade em comer naquele lugar tão bonito.

Meu assassino BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora