Capítulo XIV

182 25 0
                                    

Nós somos sempre os últimos a perceber quando estamos apaixonados.

Existem bilhões de pessoas no mundo. E aposto que cada um de nós cresce acreditando que fará algo que mudará o mundo, ou que está destinado a realizar enormes conquistas, mas apenas alguns de nós, os selecionados conseguem atingir esse objetivo.

Eu sempre imaginei que faria descobertas incríveis. Que iria escrever livros e artigos que mudaria os seres humanos, mas acontece, que não fui uma escolhida na vida, sou comum, que realiza tarefas comuns, em uma vida comum.

Pelo menos eu pensava isso até algumas semanas atrás.

Não compreendo o motivo desse pedido ser tão tentador. Ele disse que me protegeria, mas provavelmente disso a mesma coisa para a jovem moça que foi assassinada no seu próprio prédio. Então, por que estou editando?

É por causa da raridade dessa proposta, assim como praticamente todo mundo, também cresci querendo uma oportunidade inédita, algo fora do comum, e isso está sendo oferecido a mim agora.

Mas é alho perigoso demais. Já quase fui sequestrada, quase atiraram em mim, abandonei minha casa com as minhas coisas, e em momento nenhum pensamento na minha família.

Acontece, que eu gostei de tudo o que aconteceu.

Essa adrenalina, esse perigo. Me fez enxergar o quanto a vida e curta, e limitada. Um tiro, um movimento errado, e eu não queria mais nesse mundo.

E eu me orgulho muito de ter feito tudo certo até agora, isso me motiva a me desafiar ainda mais.

O senhor Clark está com um olhar distante, observando a Maia brincar sozinha, deve pensar que eu irei recusar o seu pedido. Por isso não está mais me olhando.

Mas eu vou recusar?

Não, não irei, apesar do perigo, é algo que eu quero fazer, além de me vingar das pessoas que tentaram me sequestrar. Verei essa missão como a tarefa da minha vida.

- eu aceito, mas com uma condição.

Ele não consegue esconder, minimamente que seja, seu olhar surpreso, então ele realmente achou que eu desistiria, ele não me conhece ...

- e qual seria a condição? - ele não parece perplexo, nem ofendido pelo meu pedido.

- quero que garanta que fará tudo para proteger minha família, caso algo acontecerá com eles. - não quero que eles paguem por um erro meu, apesar do meu passado com eles, não merecem isso.

- claro, garanto a você que nada acontecerá a eles.- seu olhar gélidos está firme, e também determinado. Ele vai confiar em mim.

Nós nos encaramos por alguns segundos, apesar deu não confiar nele, tenho certeza de que ele irá cumprir com a sua palavra.

- Erick, por favor, prepare um mala da senhorita Adams, nos partiremos agora.- o CEO parece estar com um pouco de pressa.

- sim senhor.

- Richard, dê a ela a chave dessa base, quero que ela tenha acesso a ela.

O Richard não curtiu muito essa ordem, ele parece não confiar em mim, absolutamente nada, mas mesmo assim, obedece ao seu patrão, e me entrega uma chave digital nas mãos.

Meu assassino BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora