A dor é o último estágio da vida humana.
Sabem quando você vê nos filmes, que o protagonista quando está a beira da morte, ele relembra de todas as suas melhores lembranças, podem até nem ser as melhores, mas as mais marcantes. Alguma dívida, ou então um arrependimento, certas vezes, um alívio por ter chegado a hora.
Bom, no meu caso, não aconteceu isso, nem de longe.Minha mente travou, eu estou estática no meio do quarto com perseguidores querendo me matar, bom, para minha sorte, tenho uma cadela valente ao meu lado, mas não sei se ela consegue tira lidar com os dois sem minha ajuda.
Está decidido, eu vou lutar.
Os paços próximos ecoam na minha mente, eles já estão no corredor, e preciso pegar algo para conseguir machucar, ou então matar.
A Maia pode me ajudar, atrasando ou ferindo um deles, pode ser que funcione.
Vou ao banheiro correndo, e penso em algo que possa me servir de arma, mesmo que seja simples.
Vejo uma tesoura na gaveta próxima, ela vai servir.
Eu me coloco na lateral da porta, e ouço as outras portas dos quartos abrindo, e ambos os homens estão em silêncio.
A Maia continua na mesma posição, com as orelhas atentas e o focinho farejando o ar, para tentar reconhecer algum indício deles.
Após alguns segundos, a maçaneta se movimenta, mas sem a sorte de abrirem a porta, o homem chama pelo seu colega.
- O intruso está aqui!
Como? Intruso?
Como podem me chamar assim? Eu avisei e permitiram que eu ficasse aqui, será que estão tentando me enganar? Eu não duvidaria de tal gesto. Aposto que é isso...
- EU NAO VOU ME RENDER, VOU LUTAR COM VOCÊS SE NECESSÁRIO!- berro o mais alto que consigo.
Um silêncio reina através da porta, não ouço vozes.
- é uma mulher, não nos avisaram de nada, deve estar trabalhando para a outra organização.
É a última frase que eu ouvi até uma batida forte arrancar a porta da parede, que caiu ruidozamente no chão.
A Maia não pula por cima dos homens, mas fica entre mim e eles, latindo furiosamente. O homem aponta uma arma e parece confuso com a atitude da Maia, mas não parece estar com medo.
Eu fico paralisada, não sei o que fazer. Poucos minutos atrás, estava determinada a lutar, mas somente agora percebo que, nunca terei chances contra dois homens armados, mal sei me defender perante apenas uma pessoa sem nenhuma arma.
Mas eu não me deixo abater. Não largo a tesoura, na verdade, no momento, estou tentando deixar meu corpo firme o bastante para não desmaiar.
O outro homem vem, e então, a Maia para de latir, ela não parece mais a defensora, mas está mansa e se aproxima do homem, pedindo carinho.
Maia traíra.
Os dois homens na minha frente abaixam as armas, e começo a ficar confusa, por que eles não me vêem mais como alguém de possível ameaça?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu assassino Bilionário
RomanceSarah Adams Smith, uma jornalista que começa a trabalhar em uma enorme empresa, e uma série acontecimentos conturbados fazem ela se aproximar do Big Boss, mas, ela pode realmente confiar em um homem tão frio?