Capítulo XXIV

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"Minha porta estará sempre aberta..."

- Mas pai, o senhor me disse que estava tudo bem, por que você vai embora de novo?

Vejo meu pai saindo pela porta, com um sorriso de despedida, mas lágrimas grossas percorrendo o seu rosto, isso é um adeus?

Acordo. Meu pescoço está um pouco úmido de suor, mas sinto uma leve vendi batendo no meu rosto.

Esqueço, por alguns segundos, que eu adormeci no carro do meu chefe, ao lado dele.

Minuto...

Levanto o meu rosto que apoiou no seu ombro, e não consigo mesmo o que dizer, principalmente quando seus olhos claros foram o meu ainda no escuro da noite.

-perdão senhor, não era minha intenção...-o que dizer em uma situação dessa?

- não se preocupe, já estamos chegando.

Percebo então que não estamos mais na cidade grande, mas sim no aeroporto e pelo que parece estar no meio de uma pista.

O Gonzáles abre a porta e nos deixa sair, estendendo a mão para que eu saia primeiro.

Meu corpo ainda está um pouco pesado de sono, mas nada que uma noite bem dormida para recuperar como força.

-vou trocar algumas palavras com o piloto, você pode entrar no avião e sentar onde quiser.

Subo devagar as escadas íngremes, com medo do meu salto ficar preso no buraquinho da escada de metal.

Apesar da aparência básica do lado de fora, o interior é completamente diferente.

 Todo recoberto um veludo branco, com poltronas gigantes instaladas na lateral de cada janela, que ao contrário dos jatos de ventilação com janela são um pouco maiores. Eu lentamente até a poltrona mais distante, por algum motivo eu me sinto meio tímida nesse ambiente, por ser bem menor que o escritório, sei que estarei mais perto do que nunca... E por várias horas, apesar de parecer excitante, isso me deixa mais nervos do que o normal.

Me instalo convenientemente, colocando minha bolsa no meu colo, esperando pela decolagem.

Após poucos minutos, vejo outros 2 homens, ambos desconhecidos para mim. Eles se enviaram nas poltronas mais à frente, e apenas um deles me acena, apesar de ter certeza de que o também reparou a minha presença. Os homens são muito ignorantes, não que seja muito melhor com as mulheres ultimamente.

Avisto o meu lindo chefe sair da cabine dos pilotos e entrar no nosso pequeno saguão, acenando com a cabeça para os dois homens presentes, andando na minha direção. 

Ele me um leve sorriso até se sentar na minha frente e me encarar por alguns segundos.

- vamos revisar suas anotações? - ele parece se divertir com o meu leve desconforto.

- claro, vamos sim.

Após algumas horas de conversa revisando as notas para uma apresentação importante que não terá dia, ele me fala:

- tem um quarto aqui ao lado, se quiser pode entrar e descansar...

Um quarto dentro do avião? Nem sabia que isso era possível.

- Eu estou bem.

- você vai me ajudar na apresentação de hoje, quero que esteja bem disposto, para evitar qualquer tipo de erro.

Não vejo isso como um conselho como uma ordem, e deliberado sim, me levantando devagar, e meu chefe me acompanha no movimento.

- precisa da senha para entrar.- diz ele se explicando, provavelmente por causa da minha cara de confusão.

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⏰ Última atualização: Jan 21, 2022 ⏰

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Meu assassino BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora