Capítulo XXII

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"A pena na balança da morte pesa mais do que a maior pedra."

Minhas mãos estão suando frio, a mensagem é curta e sucinta. 

"Gostaria de vê-la no meu escritório em 15 minutos, meu motorista irá te buscar. Espero que tenha uma explicação para a sua atitude de ontem. Você ficou bêbada e fez algumas coisas completamente anormais"

Mas que grande merda, a maior merda que eu fiz na minha vida! como foi que eu pude irritar alguém tão poderoso? Eu não me lembro bem do que aconteceu ontem, será que eu vomitei nele? Àquele terno custa mais que meu guarda roupa todo junto... Mas ele tem dinheiro para se bancar vários deles. Será que eu o envergonhei? Lá estavam vários outros homens poderosos! Não, eu dei em cima dele?

Sinto a minha cabeça quase explodir. meus pensamentos estão a mil.

Me arrumo rapidamente, acho que nunca tomei um banho tão rápido como esse. Logo, estou em frente a porta do meu prédio esperando o carro vir me buscar.

Não fico muito tempo esperando, o Gonzales abre a porta e me deixa entrar, sem dizer uma palavra.

Estou meio nervosa em perguntar para ele se tem realmente algum problema, mas após longos minutos no silêncio, minha voz ganha vida e questiono.

- E algo ruim?- minha voz falha no final da frase, ele nota e pensa um pouco, quando então me responde.

- A senhorita saberá quando chegar.

Ele sabe de algo, mas não sei como arrancar a informação dele, por causa da sua alta fidelidade ao seu chefe. Mas, mesmo sabendo do meu futuro fracasso, me arrisco.

- ele disse algo sobre o tem a noite...?

Ele suspira, não parece estar de bom humor, nem mesmo ter paciência para ficar conversando comigo, mas meu medo supera qualquer coisa e mantenho meu olhar insistente através do seu retrovisor.

- a única coisa que posso lhe dizer, é que ele está um pouco apressado em falar algo com você, agora, por favor, mantenha se em silêncio. Preciso me concentrar para dirigir.

Isso foi quase como um tapa na cara, claro que não fui muito legal agora, mas não reconheço o homem que jantou comigo e o Matt, o que dividiu parte de sua história quando morava no México com a sua avó... Mas sei que não foi intencional, e que estou sendo muito precipitada.

Continuamos em um silêncio tenso por alguns minutos até chegar a empresa.

Ele abre a porta para mim, e vou em direção a entrada gigante de vidro. Meus saltos batem forte no chão, mas minha cara demostra claramente o meu medo, estou nervosa demais.

O Gonzalez me segue, a alguns metros de mim, e me surpreendo ao ver, que já tem muita gente na empresa, iniciando as suas tarefas diárias. E eu que reclamava do meu horário de trabalho...

Subi pelo elevador, porém, o segurança não me segue, permanece no andar principal. Mas antes de ir, trocamos um olhar diferente, parecia estar me confortando de alguma maneira, apesar de não ter durado meio segundo, me sinto um pouco melhor depois disso.

Último andar. O elevador se abre, e antes mesmo deu conseguir sair, uma mulher, a secretária, me chama com um olhar superior.

Meu assassino BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora