• 2

28 3 0
                                    

Foi uma aula normal e chata tirando o fato de que aquelas patricinhas metidas a besta não paravam de me olhar e coxixar umas para as outras. Estava tudo indo "bem", até então.

- Amiga hoje eu não vou poder ir no café. - Valerie se dirigiu a mim com uma cara triste.

- O que? Porque? A gente sempre vai, não importa oque aconteça. O que é mais importante? - Eu disse quase gritando para ela. Confesso que estava estressada, e saber que não vou ter meu momento de sossego com a minha melhor amiga, me estressou mais ainda.

- Você pode abaixar o volume? Eu vou ver uma pessoa - Ela disse balançando o celular pra mim.

- Macho? Macho é mais importante que eu? O que você acha disso Calvin? - Perguntei indignada a ele.

- Na verdade... Eu também não vou poder ia ao café hoje. Tenho um encontro com Lean

- Ótimo, eu vou sozinha então? Você pode ir Calvin, tenho que falar é com ela! - Falei virando pra Valerie e apontando pra ela

- A qual é, eu nunca deixei de ir um dia com você! Porque está reclamando tanto?

- E agora está deixando de ir pra ver um cara qualquer. Eu esperava mais de você, principalmente pelo estresse que foi hoje para mim, você sabe que é o único momento que tenho fora dessa rotina insuportável! - Disse quase pulando no pescoço dela.

- Por favor me erra! - Ela disse dando as costas pra mim.

Não acredito que ela realmente vai deixar de fazer nosso encontro, quase uma tradução nossa, para ver um cara qualquer!

- Tchau Maggie, não fica chateada, meu amor. - Calvin se despediu me dando um abraço.

Já que o restaurante não era tão longe do colégio, resolvi ir andando. É bom para espairecer a mente.

- Ei, espera aí! - Bennett? A que merda.

- O que você quer? - Perguntei ainda não parando de andar.

- É queria pedir desculpas por hoje mais cedo. - Eu parei e me virei a ele, que com a minha ação também parou de andar.

- Impressionante uma ação racional vindo de alguém como você. Você está desculpado, agora já pode me deixar em paz. - Disse me virando de costas novamente e voltando a andar.

- Espera! - Ele disse segurando meu braço para que eu parecesse de andar.

- Me solta por favor, Bennett! - Eu disse alterando minha voz com o intuito de que ele soltasse o aperto do meu braço. Eu estava realmente muito estressada.

- Olha me escuta, por favor, eu quero te recompensar! - Ele me segurou mais forte ainda, estava apertando meu braço com tanta força que já estava doendo.

- Bennett me solta agora! Está machucando meu braço! - Me repuxei para trás tão forte tentando me desvencilhar de sua mão que meu corpo simplesmente foi para o chão, em cima do meu pé

- Minha nossa, você tá bem? Puta merda!

- MEU TORNOZELO! QUE INFERNO! - Tentei me levantar mas a dor era quase insuportável.

- Meu Deus, me desculpa, eu vou te levar pro hospital, agora!

- Não precisa Bennett, eu estou bem! - Eu falei isso com tanta verdade que quase acreditei.

- Você claramente torceu o tornozelo Foster. Venha logo, vou te levar para um médico! - Ele tentou me segurar no colo mas eu estava com ódio demais para receber qualquer ajuda dele.

- Me coloca no chão agora Bennett, não quero nenhuma ajuda sua! - Eu mal tinha saído do chão mas ele me soltou e no mesmo momento eu me desequilibrei e caí de novo, batendo a porra da cabeça na porra do chão.

- A MINHA CABEÇA! - Gritei de tanta dor. Minha cabeça latejava como se tivessem batido dois pratos de bateria nela.

- Beleza, garota teimosa, vou te levar para o hospital! - Ele disse me pegando no colo e me levando para o carro dele. - Porque você não pode deixar de ser teimosa uma vez na vida? Pelo menos UMA VEZ!

- Bennett... Cale a boca, estou com dor de cabeça. - Como assim? "Deixar de ser teimosa uma vez na vida"?

- Você vai me arrumar problema garota. Que merda! - Ele reclamava me pondo sentada no banco do passageiro.

Ele estava falando demais e minha cabeça e meu tornozelo estavam latejando de tanta dor, essa sua voz irritante só piorava a dor de cabeça a os movimentos do carro os do tornozelo.
O caminho do hospital começou a ficar mais longo do que o normal, tudo parecia estar em câmera lenta, eu apenas encostei a cabeça na porta do carro para e acabei dormindo ou desmaiando eu já não sei mais.

Acabei acordando na cama do hospital com uma faixa no tornozelo e um acesso no braço. Sério? Me coloram para tomar soro? Eu só torci o tornozelo!

- Bennett? O que você está fazendo aqui? - Ele largou o celular assustado e olhou pra mim com uma cara de preocupação.

- É, eu fiz você cair... Então, eu queria te acompanhar.

- Eu não queria sua companhia, muito obrigada. Eu quero sair daqui! - Eu disse me levantando na cama e ficando sentada.

- A enfermeira disse que você só vai sair quando o soro acabar. - Ele falou apontando para cima onde o soro estava pendurado.

A enfermeira devia ter acabado de colocar o soro porque aquilo não estava nem na metade. Obrigada universo, por fazer meu dia um inferno.

- Só quero ir embora. - Reclamei pela quinta vez em 4 minutos.

- Você já sabe que só podemos ir embora quando essa merda de soro acabar! Não enche garota. - Ele se irritou mais uma vez.

- INFERNO! - Deitei na cama de novo trocando de canal na TV a nossa frente.

The Universe Hates MeOnde histórias criam vida. Descubra agora