14-Maria Luiza Barros

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Trabalhar para a família Perroni, foi uma grande benção de Deus.
Pois aqui nada me falta e muito menos para o meu pequeno Lourenço, que a cada dia que passa, tem se tornando um bebê forte e muito saudável.


O trabalho aqui para mim é bem leve, pois segundo a senhora  Laura, eu ainda preciso me recuperar de tudo.
Mas ainda sim eu insisti em trabalhar.
Eu fico muito feliz por ela ter aceitado isso tão cedo, como também por não ter ninguém apontando o dedo para mim, por ser uma mãe solteira e ainda por cima nova. Aqui somos adorados por todos , exceto pela esposa do neto da Senhora Laura.
Ela sempre foi fria comigo, mas eu prefiro deixar isso para lá, também eu vim aqui para trabalhar.


Termino de lavar a louça e logo em seguida enxugo as minhas mãos no pano, indo verificar se o meu pequeno não acordou.


O meu expediente terminou faz muito tempo, então preferi voltar para casa dos fundos, fazer o jantar e arrumar a casa enquanto a Dona Cristina não volta, assim ela poderá descansar mais.


Entro no quarto, e vejo que o meu pequeno ainda esta dormindo, sorrio passando o meu dedo na sua bochecha fofinha, eu realmente amo essa coisinha fofa, ela é a minha vida e o meu tudo. Eu não me imagino sem ele. Dá-me até calafrios.


Saio do quarto voltando para a cozinha, abrindo a geladeira e tiro de lá os meus bombons favoritos.


Quando eu soube que estava trabalhando para a Família Perroni, os inventores dos meus chocolates favoritos, eu quase surtei. Pois eu amo demais os chocolates e bombons.


E quase toda noite, quando o Senhor Augusto  vem visitar o meu filho, ele trás uma caixinha dos meus bombons favoritos.


Ele é muito gentil, educado e tão doce .
E eu sinto que meu filho o adora tanto, pois quando fica no seus braços,  sempre abre um sorriso fofo e cai no sono.


E vendo isso, o meu coração fica batendo tão forte no peito, que sempre acabo me retirando.


Pois eu sinto que me tratando assim, vou acabar me apaixonando em  tão pouco tempo, por um homem casado, e eu não quero isso.

Termino de degustar o meu bombom e o resto guardo de volta na geladeira, fico olhando se não tem nada fora do lugar.


Escuto passos se aproximando da casa, instantaneamente as minhas mãos ficam suadas, passo elas pela minha calças. Tentando secá-las.


Escuto  duas batidas na porta, grito, saio caminhado até lá a passos calculados, sabendo que é o Senhor Perroni, ele vem aqui quase todos os dias no mesmo horário, para visitar o meu filho.


Abro a porta, e o encontro com as mãos dentro dos bolsos da calça, ele tem um sorriso lindo no rosto, desvio o meu olhar do seu que parece perfurar a minha pele.


__ Oi. - digo saindo da porta lhe dando passagem, ele da o primeiro passo ainda com os olhos fixos em mim.


Ah, como esse homem me afeta tanto.


__ Tudo bem Malu? - pergunta encarando-me com os olhos cheios de preocupação.


__Tudo sim. - respondo, e logo em seguida dou me um beliscão na perna para acordar para vida, e deixar de cobiçar o que não é meu e jamais será.


__ Ah tudo bem então, o Lourençinho ainda esta na sua soneca da tarde? - pergunta se sentando no sofá, e colocando  seu chapéu de cowboy no seu joelho esquerdo.


__ Sim, mas aposto que assim que ele escutar a voz do Senhor irá acordar às berros. - digo brincando com as minhas unhas. Ele solta uma risada gostosa de se ouvir .  Como pode tudo nele ser lindo e agradável para mim?


__ Você poderia buscar ele para mim? É que hoje pretendo chegar cedo em casa, pois tenho tantos trabalhos acumulados. - apenas murmuro um sim e caminho até ao quartinho.  Seguro o meu filho no colo que resmunga voltando ao seu sono e caminho de volta até a sala.

__Aqui está o dorminhoco. - falo chamando a sua atenção, uma vez que ele está concentrando em olhar para a parede de cor amarela.

__ Sim. - coloco o Lourencinho nos seus braços que logo se aconchega melhor por sentir que é o colo do Senhor Augusto. -Esse garoto é a sua cara Malu, digo Maria Luíza. - ele se remexe no sofá que se tornou pequeno com ele sentado.

__ É mesmo.


Respondo sorrindo sem graça.

Escuto passos se aproximando da casa e eu já sei que se trata da Dona Cristina.


__ Ah que exaustão Malu, você acredita que hoje quase pulei no pescoço da jararaca da esposa do Seu Guto, oh mulherzinha insuportável. - ela entra na casa tagarelando, arregalo os olhos tentado alertar a ela da presença do Senhor Augusto.

Estalo os meus dedos disfarçadamente para que ela parar de falar, encaro o Senhor Augusto que se mantém ocupado olhando para o rosto do meu filho. Engulo em seco sabendo que ele escutou tudo que a Dona Cristina falou.


__ O que foi menina parece que viu um fantasma? - aponto para o sofá e ela encara de olhos arregalados para o Senhor Augusto, que ainda está concentrado em olhar para o rosto do meu pequeno.

__ Se... Senhor Augusto, me perdoe por tudo aquilo que falei, o Senhor sabe, o cansaço as vezes nos faz tirar coisas da boca. -ela da uma risada sem graça.


__ Sim, eu não lhe tiro a razão, as vezes a Aurora consegue ser muito irritante.

__ Sim, o Senhor tem toda a razão. -encaro a Dona Cristina de olhos arregalados.


__ Bom, gente eu preciso ir, o dever me chama. -caminho até ele e carrego o meu filho do seu colo, sinto as nossas peles roçarem uma na outra, fazendo-me ficar arrepiada.

__ Sim, Senhor apareça mais vezes.- Responde a Dona Cristina acompanhando ele até a porta.


__ E me desculpe pela minha esposa Cristina. - ele fala segurando as suas mãos, ela que mantém um sorriso enorme no rosto.

__ Tá tudo bem Senhor.


__ Sim, mas me desculpe mesmo, nem eu mesmo sei porque ainda fico preso num relacionamento que não tem amor. - arregalo os olhos com essa confissão, um sorriso involuntário aparece no meu rosto, encaro o Senhor Augusto que me olha fixamente, desvio o meu olhar do seu e caminho até ao quartinho, apressada.

Coloco o meu filho no berço, e corro até a janela, só para vê-lo partir.

Como se ele sentisse que está sendo observado, ele me encara e me da um lindo sorriso, fecho a cortina, com o meu coração a mil.


__ Não pense coisas Malu, esqueça ele, ele é casado, o máximo que você pode fazer é desgraçar ainda mais a sua vida. - repito isso para mim mesma, até me recuperar do susto.


Mas e se ele não estiver mentido, e não ama mesmo a sua esposa? Por que ainda está com ela?




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Aos Meus Pés (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora