Maria Luíza depois da morte da pessoa que ela mais amou no mundo, a sua vida vira uma tremenda bagunça.
Seu pai arruma uma mulher que esta mais para uma bruxa e as suas duas filhas que sempre fizeram de tudo para infernizar a sua vida.
Mas tudo pior...
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Coloco o Lourencinho na cadeirinha do carro que resmunga e volta a dormir. Hoje o dia esta nublado e com isso o meu neném fica dengoso.
Eu não o julgo eu também fico assim, e adoraria estar nesse momento na cama, dormindo agarradinha ao Lourecinho. Dou partida no carro saindo da casa da minha tia rumo a escolinha do meu pequeno, que não fica muito longe. O trânsito esta tranquilo hoje e eu estou bem feliz por isso, assim poderei chegar cedo na escola, de brinde ficarei estudando na biblioteca.
__ Papa, papa.- encaro o Lourencinho pelo espelho e vejo que o mesmo continua dormindo e está sorrindo, ultimamente ele anda falando isso. E tem me deixado preocupada, com medo de que no dia que eu for me encontrar com o Augusto, o rejeite.
Estaciono em frente a sua escolinha e saio do carro indo pegar o meu neném, que ainda dorme, arrumo o seu gorrinho na cabeça, o pego no colo e levo a sua pastinha da patrulha canina que ele tanto ama.
Sou recebida pela sua educadora, que sorri quando vê o seu aluno dormindo e vejo que a maior parte das crianças estão calminhas e sonolentas.
Aiii dia de frio!
__ A titia vem buscar você meu amor como sempre. - sussuro para o meu bebê e dou um beijo na sua boceja, ele abre os olhinhos e volta a fecha-los.
__ Tenha um ótimo dia.- sorrio agradecendo e caminho até ao carro, dou partida indo para a faculdade.
****
Depois de ter ficado pelo menos trinta minutos na biblioteca revendo a matéria, agora estou na terceira aula do dia, o campus hoje está bastante agitado.
Sorrio quando vejo o único professor legal entrando na sala, eu adoro as suas aulas, elas são sempre alegres e carismáticas.
Ele sorri enfiando um bombom na sua boca.
__ Turma, esses bombons são uma delícia, eish yeah, esses gajos sabem fazer cenas boas. - sorrio, vendo a sua animação e por também já por entender as gírias daqui.- Mas hoje minha turminha, infelizmente ou felizmente não teremos aulas, então vocês devem se dirigir ao auditório para participar de uma palestra.
Muitos reclamam arrumando as suas coisas, eu faço isso calada.
Sinto uma mão no meu ombro, mordo os lábios já sabendo de quem se trata, Bruno, um cara bonito, charmoso, inteligente e por ai vai, sempre mostrou o seu interesse por mim, até já se ofereceu para ser o pai do meu bebê.
__ Eu deveria estar feliz com a sua nova conquista mas se eu disser que sim estarei a mentir. - o encaro confusa e ele sorri.- Eu não gostei que você tenha comprado um carro, pois, eu ja tinha planos de sempre lhe oferecer boleia (carona).
Faço um ahh com a boca, sorrindo.
__ Ahh que pena. - falo vendo ele pegar a minha bolsa, dou de ombros sabendo que por mais que eu tente discutir com ele, será inútil por que ele irá pegar a bolsa do mesmo jeito.
__ Pena mesmo, quando vais me dar a chance de levar você e o pequeno para um passeio? - quis saber olhando para mim fixamente, encolho os ombros, já me preparando para lhe dar um fora.
Sério, eu perdi totalmente a atração por outros homens, aliás, só tive por dois, um tive uma experiência horrível, já o outro eu fiz uma burrada, meti os pés pelas mãos.
__ Ahhh, não vai dar, eu marquei de sair com a minha prima. - minto vendo ele trincar o seu maxilar bem definido, e me olhar com os olhos tristes, mas ele logo trata de colocar um sorriso no rosto.
__ É tudo bem, mas você não poderá fugir por muito tempo, agora vamos. - fala me oferecendo a sua mão, coloco a minha mão sob a dele e vamos saindo da sala e caminhando pelo enorme corredor da faculdade.
O corredor já se encontra vazio, poucas pessoas estão passando nela, vejo algumas vindo com as mãos cheias de bombons minha boca começa a salivar, eu ainda não vi a marca, mas já quero enfiar logo na boca.
Essa gravidez tem me deixado louca, não é tudo que coloco na boca, mas se comer muito, passo mal vomitando tudo.
__ Essa palestra deve ser das boas, só tem bombons e chocolates, eu estarei de olho em você. - sorrio.
__ Sim papai.
Vamos nos sentando nas cadeiras e vejo que vários alunos de diversos cursos estão aqui, ou melhor estão aqui por conta dos chocolates e bombons.
Aplaudimos quando o diretor de um dos departamentos começa a falar, procuro alguns bombons e o meu sangue gela quando vejo a marca.
São os chocolates da família Perroni.
Como pode? O meu coração bate forte e sinto um calafrio subir na minha espinha.
Respiro fundo, soltando o ar pela boca me mantendo calma, talvez seja coisa da minha cabeça.
Olho em volta e vejo que o tema da palestra é sobre empreendedorismo e os avanços tecnológicos na fabricação de chocolates, não tem muito a ver com o que eu estudo, mas é patrocinado pela universidade, por isso todos foram convidados a participar.
Enfio o bombom na boca sentindo que tem um leve toque de pimenta, isso deixa ele ainda mais saboroso. Como eu senti saudades desses bombons, continuou comendo, alheia a tudo o que acontece ao meu redor, vejo que Bruno também está concentrado em comer.
Percebo que várias pessoas estão murmurando algo e escuto aplausos, decido parar de comer e ver o que tanto olham.
Não é coisa da minha cabeça! Meu corpo gela e engasgo com a minha própria saliva, o Bruno dá alguns tapinhas nas minhas costas, chamando a atenção das pessoas, quando vejo o Augusto, lindo ali em frente, segurando um microfone e olhando fixamente para mim.
__ O que ele faz aqui? - sussuro para mim mesma, quando o vejo sorrir para o público.
Sinto as minhas mãos tremerem, e eu começo a me remexer na cadeira.
__ Você esta bem Maria Luíza? - assinto tomando um gole de água e voltando a minha atenção a palestra.
Eu já deveria ter notando que tinha algo estranho, os bombons.
E agora vejo o Augusto dando uma palestra, lindo, e arrancando suspiros das meninas. Ódio!
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