Maria Luíza depois da morte da pessoa que ela mais amou no mundo, a sua vida vira uma tremenda bagunça.
Seu pai arruma uma mulher que esta mais para uma bruxa e as suas duas filhas que sempre fizeram de tudo para infernizar a sua vida.
Mas tudo pior...
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Três meses depois
Três meses se passaram e posso dizer que me sinto bem, passo as mãos na minha barriga, sentindo a ondinha que já se formou.
Ai, estou amando ficar aqui e não pretendo voltar tão já para o Brasil. Aqui as pessoas são alegres, unidas, tem algumas fofoqueiras sim, todo lugar tem uma. Eu me sinto em casa, também sinto falta do Brasil, so que ainda não tive a coragem de voltar para lá. E tem a faculdade aqui que estou fazendo e não largaria por nada.
Ahhh e o meu pequeno Lourencinho está em uma creche, está cada vez mais esperto e lindo.
Agradeço muito a minha tia que tem me ajudado, não so ela como os meus primos, eles são uns amores.
Quando eu ainda estava em Brasil e liguei para a minha tia, fiquei receosa.
Tinha receio dela não me aceitar, mas para a minha sorte ela me recebeu de braços abertos. Quando a vi no aeroporto segurando uma placa com o meu nome, quase chorei de emoção, pois ali estava vendo a minha mãe. Elas são bem parecidas. Me levou para a sua casa, os seus filhos me receberam de braços abertos, sem contar com a vizinhança boa.
A minha Tia é realmente muito parecida com a minha mãe. E em todos os aspectos, ela é muito boa, tem um grande coração, sempre generosa.
A avózinha do Lourencinho, e sempre está no colo dela, sorrindo mostrando os seus dois dentinhos de frente.
Dou mais uma mordida no meu pedaço de pizza gemendo de satisfação. Eu deveria estar em casa porque sai há muito tempo da faculdade de direito que estou cursando, mas parei numa pizzaria, pois senti uma vontade louca de comer.
Mando uma mensagem para a minha prima Tatiana avisando q que estou na pizzaria, perto da faculdade, pois ela está que nem uma louca me mandando mensagem, querendo saber aonde eu estou, eu entendo, estou há pouco tempo na cidade e ainda não a conheço direito.
Fico mexendo no meu celular enquanto estou comendo a minha pizza, paro na foto em que o Augusto segura o meu filho no seu colo e ambos estão sorrindo olhando para a câmera. Sorrio me lembrando do dia que fomos andar a cavalo. Eu sentia medo de subir no cavalo mas o meu pequeno bebê estava radiante, soltando gritinhos para todo o lado, quando ele subiu no cavalo com o Augusto, eu estava com o coração na mão, mas os dois me deram o melhor sorriso e acalmaram o meu coração.
Deixo o celular de lado afastando aquelas lembranças, e voltando para a minha pizza, que agora não esta tão saborosa como antes.
Dou mais um mordida na minha fatia terminando de comer. Encaro o celular, e me vejo tentada a ligar para o Augusto, mas decido deixar isso de lado, encaro o meu celular mais uma vez e antes mesmo que me arrependa, ligo para ele vendo que o mesmo se encontra online.
Ele atende no minuto seguinte.
__ Alô, quem é? - pergunta uma voz feminina me deixando paralisada.
__ Alô, por gentileza poderia me informar com quem falo? - quis saber me deixando nervosa e com a mente em mil.
__ Oi, eu sou uma amiga de Augusto, foi bom falar com você. - desligo antes mesmo de esperar a sua resposta.
Eu ja deveria imaginar ele já tem outra. Mas o que eu estava pensando saindo de lá. Ele é um homem lindo, educado, gentil, doce e rico, toda a mulher ia querer ficar com ele. E bom ele já tem uma.
Quando falava com a Dona Cristina ela me contava que ele havia colocado um detetive para me procurar. Talvez ele tenha cancelado as buscas e tenha seguido em frente. Passo as mãos na barriga sentindo o meu peito apertando, uma vontade imensa de chorar me bate, respiro fundo não me permitindo fazer isso em público, seguro as caixas de pizza, pego as minhas coisas e saio da pizzaria rumo ao meu carro, que comprei com o dinheiro que a Aurora me deu, aliás ele tem me ajudado muito.
Tirei a minha habilitação, comprei o meu carro e agora estou a procura de um apartamento. Sei que a minha tia irá chorar horrores quando souber, mas ela que me perdoe, eu preciso ficar no meu cantinho.
Encaro ao redor sentindo uma sensação estranha. Meu peito aperta abrindo a porta do carro as pressas e acabo me machucando com as chaves, praguejo baixo vendo um pequeno arranhão que se formou no meu dedo. Entro no carro fechando a porta com uma certa força e a tranco logo em seguida.
Respiro fundo olhando para o meu lado esquerdo sentindo um flash na minha cara e um homem alto que trajava um sobretudo preto, um chapéu da mesma cor e óculos escuros se afastar as pressas.
Respiro fundo ainda trêmula, coloco a mão no peito sentindo o meu coração bater muito forte. Passo as mãos na minha barriga ainda me recuperando do susto.
Depois de longos minutos no carro decido ligar e seguir com a minha viagem, da minha faculdade para a casa da minha tia não era tão longe assim, só que eu decidi comprar o carro por conta dos transportes e estou começando a pensar na minha barriga já grande.
***
__ Malu acho melhor você voltar e ligar para o pai do seu filho, eu ainda acho que é ele, ou pode ser a ex-mulher dele tentando terminar o que nem começou. - explica a minha tia, fazendo um calafrio subir na minha espinha. Eu acabava de contar a ela sobre o ocorrido de minutos atrás e ele estava agitada.
__ Eu liguei para ele hoje. - murmurei sentindo os olhares por cima de mim, me deixando constrangida.
__ E o que ele falou? - quis saber minha prima que pintava as suas enormes unhas que davam inveja em qualquer um.
__ Ele nada, mas uma mulher atendeu, eu não falei muito apenas desliguei o celular encerando a chamada. - disse balançando os meus pés e encarando os mesmos.
__ Maluzinha minha prima querida, liga para o seu macho e agarre ele, não espere muito e deixe de se fazer de sonsa, se possível use o bebê mas não perca ele - a mãe a fuzila com os olhos a fazendo bufar, ela completa soprando as suas unhas. - eu sei que é errado, mas você não pode sofrer com as armas completas, meu amor você já venceu essa guerra.
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