9-Maria Luíza Barros

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Levanto-me da cama sentido a minha bexiga pesar

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Levanto-me da cama sentido a minha bexiga pesar.

Respiro fundo antes de pegar tudo o que eu preciso para poder fazer a minha higiene matinal. Saio do quarto trancando a mesma, e caminho até ao banheiro da pensão que provavelmente tem uma fila enorme.
Dito e feito, encontro uma fila enorme e bufo impaciente.
E sento-me no banquinho que há no corredor da pensão.

****

Acordo sendo cotucada por uma senhora, avisando que a minha vez de usar o banheiro, agradeço e lavanto do banquinho com ajuda da mesma, e caminho até ao banheiro.

Escutando o protesto de alguns moradores reclamando sobre o meu cochilinho.

Decido ignorar todos eles e entro no banheiro e trancando ela logo em seguida.

Faço todas as minhas higienes, e entro no box, fazendo um banho rápido. Pois não posso me dar ao luxo de demorar ainda mais no banho. E correr o risco da dona da pousada vir me dar uma bronca.

Termino de lavar o meu corpo e saiu do box com uma certa dificuldade, pego e seco-me depois coloco a mesma roupa que estava usando quando entrei no banheiro. Pego as minhas coisas e saio do banheiro sendo alvo de olhares cheios de raiva.

Dou um sorriso amarelo e caminho apressadamente até ao meu quarto temporário.

Aplico o meu creme de amêndoas pelo corpo e visto roupas limpas e cheirosas. Calço umas sabrinas,pois nenhum dos meus tênis me servem.

Olho as horas pelo relógio de parede que há no quarto e fico assustada,pois ja devia estar no trabalho.

A avó Rosa vai me matar!

Pego a minha bolsa de mão e saio do quarto trancando a mesma, desco até a recepção as pressas.

__ Bom dia dona Cristina, aqui estão as chaves do meu quarto, tenha um bom dia.-falo entregando as chaves e lhe lançandoum sorriso meigo, mais foi uma tentativa falha, pois ela encontra-se com a sua costumeira carranca.

__ Bom dia so se for para você menina, quando è que vai pagar o aluguel do quarto?- pergunta, guardando as chaves na gaveta.

__ Eu vou pagar senhora ainda hoje, eu prometo.- falo juntando as mãos.

__ Tudo bem, caso você não pague ja sabe. Estarás no olho da rua.-fala, pegando as chaves de um outro morador da pensão.

Saio da pensão, feito um furacão.

****

Chego a lojinha da Vó Rosa exausta, coloco as minhas mãos na minha cintura respirando fundo, tentando recuperar o fôlego.

Encaro o estabelecimento e ele ainda esta fechando, e agora ja são dez da manhã. Caminho até a sua casa que è logo ao lado da loja. Chamo várias vezes por ela, que não sai e começo a ficar preocupada.

Contínuo chamando por ela,e batendo o portãozinho da sua casa, que depois de longos minutos sai a sua Nora e caminha até ao meu encontro.

__ Bom dia Malu tudo bem?-assinto olhando para a sua cara que esta toda inchada e vermelha.

__ Comigo esta tudo certo, mais com você parece que não, você andou chorando?- mal término de falar e ela logo cai no choro.

Fazendo com que os meus olhos fiquem marejados.

__ Você esta me deixando preocupada Flávia oque há com você? O Leandro fez alguma coisa com você?

Ela nega, não conseguido tirar uma palavra sequer da sua boca.

Tento acalmar ela, mais esta sendo uma tarefa muito difícil pois ela esta tremendo e suando frio.

__ LEANDRO, LEANDRO.- Grito pelo filho da Vó Rosa, quando vejo a sua esposa, desfalecida em meus braços.

Não demora muito e vejo o Leandro vindo ao nosso encontro correndo.

__ Ela desmaiou nos meus braços de repente, eu não soube oque fazer a única coisa que consegui fazer, foi gritar por você.- falo me explicando, a ele.

__ Fez muito bem, agora vou carregar ela para dentro.- ele fala com a voz embargada,trazendo fortes calafrios em meu corpo.

__ Oque aconteceu com a Vó Rosa, porque ela não abriu a lojinha até agora?

Pergunto temerosa.

__ Vamos entrar daí falamos disso.

O meu corpo entra logo em alerta, assinto e obrigo o meu corpo a movimentar-se. Pois preciso saber o que há com a Vó Rosa.

Ajudo o Leandro a acomodar melhor a sua esposa no sofá.

__ Eu vou pegar um pano e álcool.- avisa ele saindo de perto da gente.

Assinto, esfregando uma mão na outra. Sentido o meu peito ficar apertado e uma vontade enorme de chorar me atinge.

Abano a minha mão em frente ao meu rosto,numa tentativa falha de espantar as lágrimas.

Leandro volta com o álcool e o pano em mãos, coloca um bocado de álcool no pano e passa por debaixo do nariz da sua esposa, que vai acordando aos poucos e ganhando consciência.

__ Ai meu amor, como você esta se sentindo?- pergunta ele passando as suas mãos pelo cabelo da sua esposa, desvio o olhar, sentindo me uma intrusa.

__ Bem, mais ainda não acreditando.- ela fala passando as mãos na sua cara.

__ Você já falou para a Malu?.- quis saber ela olhando para o seu marido.

Ele nega, esfregando as suas mãos nas calças e ficando com os olhos marejados.

__ Gente, o que esta a acontecendo porque todo mundo esta assim triste?- interrogo não obtendo respostas.- Sério, gente estou a ficar com medo.- Leandro respira fundo antes de começar a falar.

__ Ontem a minha mãe,teve uma parada cardíaca. A gente tentou levar ela para o hospital a tempo, mais foi tarde demais ela não resistiu, mais eu juro que a gente fez de tudo, para poder levar ela ao posto de saúde,mais e... el...,- ele mal termina de falar e ambos caímos no choro.

__ Não pode ser, não pode ser,porque Deus?- sussurro baixo, tentando conter as lágrimas grossas que caem pelo o meu rosto.

Eu jamais imaginaria isso, porque Deus levou a única pessoa que me amava nessa terra Maldita! Oque eu fiz de errado, o que será de mim sem ela?

O Leandro entrega-me um copo de água, seguro o copo trêmula e bebo em pequenos goles.

__ Obrigada.- falo lhe entregando o copo de volta.

****

Depois de longas horas na casa da Vó Rosa, encontro-me caminhando para a pousada sem chão,desolada. Como as coisas podem acontecer assim do dia para noite. So de pensar que nunca mais verei ela na minha vida, faz com que o meu coração fique em pedaços.

Entro na pousada, e caminhando até a cozinha, lá aonde se encontra dona Cristina.

__ Oi dona Cristina.-falo chamando a sua atenção.

__ Que cara è essa menina, so falta dizer que perdeu o emprego e não tem como pagar o aluguel.- nego deixando as lágrimas cairem.- Menina, não me vem com chororo não. Porque se tu não tiver dinheiro de pagar o aluguel eu te quero fora daqui.



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