Capítulo 4

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Era para mim está voando para o Rio agora, mais uma chamada me fez vir até a central e adivinha, meu ato de loucura ontem quando pulei no colo daquele extranho e beijei sua boca, aí chega me arrepio toda que pegada aquele homem tem e o beijo só em lembrar já fico zonza.

Assim que entro na sala do senhor Pasquarelli sei que boa coisa não vem por aí.
- Sente-se Karol. Ele diz depois de me cumprimentar.
- Tenho recebido algumas reclamações, mais não dei ouvidos, só que um fato novo surgiu e queria que me explicasse o porquê? Veio ao meu conhecimento que estava em uma conduta totalmente anti- profissional com um passageiro durante um nosso vôo? É um ato bastante grave Karol.
- Eu imagino, e sei que foi totalmente inapropriado e peço mil desculpas senhor eu estou realmente mortificada e...
- Pai quem está... Ele para e eu acabo gaguejando
- Vo-voce? Eheeee. Ele sorrir.
- Rugge pode esperar um segundo tenho um assunto para resolver com a senhorita e depois conversamos.
- Desculpe pai, eu escutei a voz dela e reconheci na hora.
- Vocês se conhecem? O senhor Bruno pergunta e eu ainda estou no Pai.
- Sim estamos nos conhecendo.
Começo a tossir engasgada, é filho do senhor Bruno e agora esta... ele se aproxima e envolve a minha cintura então me dar um selinho e estou dura rígida feito uma tábua, então sussurra no meu ouvido.
- Apenas relaxe, vamos dar um jeito.
Forço um sorriso totalmente estranho e encaro meu chefe/sogro.
- Então era você que ela estava beijando ontem? Senhor Pasquarelli pergunta.
- Sim, na verdade fui eu que agarrei ela, mais não tinha ninguém na primeira classe não sei quem pode ter visto, ela é tímida, não se expõe em público assim.
- Desculpe Karol, sei o quanto meu filho pode ser convincente, e você sendo uma moça tão bonita, conheço o filho que tenho.
- Ah qual é velhote vai entregar meus podres para minha namorada agora. Quase engasgo de novo.
- Eu que peço desculpas senhor, isso não vai mais acontecer. Consigo falar com algo pinicando a minha garganta.
- Tenho minhas dúvidas, não por você mais por ele, tente mante-lo longe quando acontecer de estarem no mesmo vôo.
- Pode deixar vou fazer isso e obrigado.

Relaxo não perdi meu emprego oh céus e tudo porque ele me ajudou.
O encaro e ele sorrir pra mim.
- Vou acompanhá-la nos vemos daqui a pouco. Ele diz e meu corpo formiga.

Saímos da sala e a secretária nos olha confusa, entramos no elevador e só então é que noto, estamos de mãos dadas.
Tiro minha mão da dele sutilmente e passo a mão no cabelo, ficamos em silêncio e chegamos ao térreo.
- Eu te devo um pedido de desculpas e um muito obrigado, acho que o obrigado ainda é pouco você salvou minha pele, poderia perder meu emprego.
- O obrigado eu aceito, as desculpas não sei. Ele franze o nariz bonitinho.
- Ah eu saltei que nem uma doida em cima de você, me desculpe.
- Bem, eu não reclamei. Ele fala sorrindo e acabo sorrindo junto e ficamos nos encarando por um tempo.
Pigarreio caindo em mim.
- Bem, quando me disseram para cuidar bem do nosso garotinho achei realmente que fosse uma criança, mais agora tudo faz sentido. Ele fica confuso.
- Era o garotinho do chefe. Estalo a língua dizendo. Ele joga a cabeça pra traz em uma gargalhada gostosa.
- Então tenho que pegar o vôo mais vezes com você abordo, quem sabe assim ganho mais cuidados.
Ele insinua e sei que minhas bochechas estão vermelhas e vou acabar desatando a falar alguma merda já disse não sou boa em flertar.
- É.. hum eu tenho que ir obrigado mais uma vez.
- Para onde está indo? Ele pergunta e sorrio.
- Ainda não sei, as nuvens é meu lugar. Dou de ombros e vejo os olhos dele brilhar. Um táxi para quando coloco a mão.
- Te vejo por aí..
- Ruggero. Assinto e ele se aproxima beija meu rosto.
- Foi um prazer Karol.
Sorrindo entro no táxi e uma respiração que nem percebi que segurava sai de mim.
Milagre não falei besteira, acabo rindo sozinha, pego o celular na bolsa e ligo para Malena.
- Kah então como foi?
- Tudo bem, estou salva mais tenho certeza que tem o dedo do idiota nesse meio, mais enfim minha próxima conexão?
- Só amanhã agora Barcelona.
Assinto adoraria ter ido ao Brasil que merda.
Chego ao hotel e encontro Carolina.
- Pensei que estava voando para o Rio?
Conto a ela tudo que aconteceu.
- Quer dizer que aquele Deus gostoso é filho do chefe?
- Sim, aí meu Deus Caro ele flertou comigo tem noção. Ela gargalha.
- Quando vai entender que é uma mulher linda e gostosa e que os homens babam por você.
- Eu não sei fazer isso Caro, nem sei se quero você sabe.
- Eu sei, e está na hora de deixar a vida da sua mãe de lado e viver a sua Karol você não é ela.
- Eu não posso, odeio todos aqueles homens asquerosos e não sei se consigo esquecer.
- Eles não estão aqui, e não vão te fazer mal nenhum amiga está perdendo tempo sem viver.
- Eu sei.. eu só travo não consigo.
- Tente relaxar mais ok, aproveite para descansar mais tarde vamos no nosso point em Milão.
- Tudo bem. Entro no meu quarto e penso em tudo que Caro me disse, eu cresci com um vem e vai de homens em casa, perdi as contas do quanto vi minha mãe chorar por cada um deles e prometi a mim mesmo que não deixaria que homem nenhum fizesse o mesmo comigo, esse foi meu primeiro medo o segundo foi quando um dos namorados dela invadiu meu quarto e se não fosse por Carolina que iria dormir comigo aquela noite e estava no banheiro ele teria feito coisas horríveis comigo o pior foi ver que minha mãe não acreditou em nada do que eu contei, o restante sempre tentavam avançar forçando a minha porta eu sempre corria e me escondia, deixava sempre a escada do jardim perto da janela assim quando ouvia a porta sendo forçada abria a janela e descia correndo as escadas Caro sempre deixava a chave em baixo do tapete eu entrava e me escondia em seu quarto.
Foi isso a minha vida toda até que eu consegui esse trabalho e foi como finalmente ter liberdade, só que o que vivi levantou muros ao meu redor e não sei se consigo quebra-los.

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