Capítulo 17

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Sinto uma leve carícia no meu peito e um corpo quentinho aconchegado ao meu e nunca dormir tão bem e relaxado.
Aperto meus braços em volta do seu corpo e escuto sua risada gostosa.
- Bom dia. Sussurro.
- Bom dia. Ele levanta a cabeça do meu peito para ver meu rosto, com um sorriso lindo nos lábios as bochechas coradas, os cabelos jogados de lado.
Acaricio sua bochecha com a ponta dos dedos e ela fecha os olhos.
- Você é tão linda. Suas bochechas ficam mais avermelhadas.
- E fica ainda mais linda quando está vermelha. Ela da um tapinha no meu peito.
- Vai deixar o meu ego lá em cima.
- Essa é a intenção, porque não damos uma volta? Ela me encara curiosa.
- O que conhece em Roma.
- Na verdade aqui só estive em dois lugares, o Coliseu e o Vaticano.
- Sério? Quantos anos você está na Itália?
- Acho que três mais sabe que não moro específicamente aqui, eu estou sempre trabalhando.
- Então não tem um lugar específico.
- Não, vou começar a procurar com a Lina na verdade ela está me deixando de cabelo em pé, prefiro o hotel.
- Ela tem razão, uma hora cansa.
- É eu sei ela está aqui a mais tempo.
- Há quantos anos está na Air Italy?
- Mais de cinco.
- Caramba e como eu não te encontrei antes?
- Sou Mexicana Ruggero, antes de vir a Itália trabalha na linha aérea lá.
- Entendi.
- Onde quer ir?
- Você vai gostar.

Quando saimos do hotel estou com um braço em seus ombros e um de seus braços rodeia a minha cintura.
- Como vamos nesse tal lugar misterioso.
Aponto para uma moto que o manobrista acaba de estacionar e Karol fica tensa.
- Você tem medo?
- Nunca subi em uma. Afirma.
- Mais uma primeira vez comigo, estou adorando cada vez mais morena.
Ela revira os olhos e ponho o capacete na sua cabeça ajustando, sento e ajudo ela subir.
A pista está livre por ser um domingo, leva uns vinte minutos, e quando começo a fazer as curvas vejo Karol sorrir.
- É lindo a vista daqui.
- Sim espere até chegar lá em baixo.
Estamos no lago de Albano um antigo vulcão adormecido a paisagem é perfeita e como é verão fica ainda mais bonito.
Paro a moto e Karol consegue descer sozinha, pego sua mão e entramos no restaurante em frente ao lago.
Almoçamos e depois fomos caminhar, ela tira as sandálias e segura na minha mão.
- A areia é estranha.
- O lago é um vulcão adormecido Morena por isso a areia é assim.
- Entendi.
- Vem vamos sentar ali, quer um sorvete? Pergunto e ela sorrir.
- Não é clichê demais?
- Eu sou clichê demais pode se acostumar.
Pego nossos sorvetes e nos sentamos em um banquinho de frente para o lago.
- Me fala sobre você? Pergunto.
- O que quer saber? Não sou muito boa em falar de mim.
- Besteira, você é boa demais... Falo e vejo suas bochechas vermelhas.
- Porque não me fala de você. Ela contrapõe.
- Tudo bem, mais vou querer saber depois.
- É justo.
- Bem sabe que sou piloto...
- E tenente... Ela diz sorrindo.
- É, oficial da aeronáutica, meu pai era um oficial e a paixão por voar veio dele, entrei muito cedo, mais fiz parte das forças armadas. Ela arregala os olhos.
- Tipo combatente?
- Sim, estive em alguns campos de batalhas, participei de missões.
- Isso não é perigoso? Acabo sorrindo.
- Fui treinado para isso morena, consegui algumas medalhas por isso o título.
- Nossa... Ela rir.
- Quando vi você a primeira vez tinha certeza que era algum modelo ou cantor famoso.
- Porque?
- Primeiro a Male me disse que tinha um vip na minha cabine, isso acontece quando é alguém famoso, segundo olhe pra você não me faça te elogiar.
- Aí um elogio ao seu gato aqui não faz mal.
- Meu gato? Onde não vejo nenhum. Estreito os olhos pra ela que joga a cabeça pra traz em uma gargalhada gostosa e me aproximo sentado mesmo no banco e ponho a mão em sua cintura fazendo cócegas e ela grita.
- Pare aí meu Deus... Continua rindo, consegue levantar e corre.
- Fique aí preciso me recuperar.
Faço que não com a cabeça e vou em sua direção.
- Oh não, não, Ruggero.... Grita e corre, mais não vai longe porque alcanço rápido, jogo-a no meu ombro.
- Ruggero me põe no chão. Ela rir descontroladamente e entro na água.
Desço Karol que desliza pelo meu corpo mais gruda em mim com braços e pernas, seus olhos estão assustados.
- Eu não sei nadar. Ela dar de ombros e sorrio beijando seus lábios apertando seu corpo no meu.

Quando saimos Karol pega na bolsa uma toalha e estende no chão, me sento e a chamo para sentar, ela senta entre minhas pernas e abraço.

- E como era o Ruggero menino, aposto que era um pestinha.
- Não posso discordar, deixei minha mãe de cabelos brancos, meu pai nem tanto.
- Como ela é? Digo sua mãe, eu conheço seu pai.
- Ela era linda, a mulher mais amável e doce que eu já conheci.
- Era..oh meu Deus me desculpe eu...
- Está tudo bem morena, já faz bastante tempo e foi melhor assim, ela estava sofrendo muito.
- O que aconteceu?
- Câncer, mais tenho meu pai e ele tem a mim.
- É tão bonito essa amizade de vocês.
- E você como é com o seu?
- Eu não o conheci. Ela dar de ombros como se não fosse nada.
- Você não conhece seu pai?
- Não, e minha mãe nunca fala dele, todas as vezes que perguntei ela ficava triste então deixei pra lá.
- Você é filha única?
- Não, tenho um irmão mais velho Lino.
- Ele está com sua mãe?
- Não... Assim que apareceu a oportunidade ele saiu de casa, ele não suportaria viver com minha mãe, ela não é bem como posso dizer um exemplo de mãe, mais não quero falar dela.
- Então me fale de você, quero conhecer- lá saber do que gosta.
Seu corpo vibra e sei que está sorrindo.
- Até agora, gosto de ficar assim com você.
- Ótimo pois eu não deixarei você ir. Ela rir mais.

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